PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde assinala 90º aniversário de nascimento de Amílcar Cabral
Praia, Cabo Verde (PANA) – O aniversário do fundador da nação cabo-verdiana, Amílcar Cabral, foi celebrado no fim de semana em Cabo Verde com um conjunto de atividades de cariz político e cultural, soube-se de fontes oficiais.
Por iniciativa conjunta da Fundação Amílcar Cabral e do Ministério da Cultura na cidade da Praia decorreram atividades para relembrar a figura do nacionalista que é, geralmente, considerado como o obreiro maior da luta política, diplomática e militar que conduziu às independências da Guiné-Bissau e de Cabo Verde.
As atividades tiveram início com uma romaria às campas dos combatentes da liberdade da pátria no cemitério da capital cabo-verdiana, a que se seguiu a abertura de uma exposição sobre Amílcar Cabral no monumento erguido em sua honra, no largo da Biblioteca Nacional, na cidade da Praia.
A abertura de um espaço, intitulado "Amílcar Cabral aos olhos das crianças", a exibição de um filme da cineasta Ana Ramos Lisboa, o lançamento de um ensaio sobre a biografia política do nacionalista, da autoria do Angolano Mário de Andrade, seguido de um evento musical no memorial fizeram parte do programa de que constou também o descerramento de uma placa na casa onde ele viveu em Ponta Belém, na cidade da Praia.
Amílcar Lopes Cabral nasceu a 12 de setembro de 1924 em Bafatá, na então Guiné Portuguesa (atual Guiné-Bissau), filho de pais cabo-verdianos. Aos oito anos de idade, a sua família mudou-se para Cabo Verde, estabelecendo-se em Santa Catarina (ilha de Santiago), onde passou sua infância e completou o ensino primário.
De seguida mudou-se com a mãe e os irmãos para Mindelo, em São Vicente, onde terminou o curso liceal em 1943. No ano seguinte, foi para a cidade de Praia, na ilha de Santiago, e começou a trabalhar na Imprensa Nacional e um ano depos obteve uma bolsa de estudos para o Instituto Superior de Agronomia 1, em Lisboa.
Após graduar-se em 1950, trabalhou por dois anos na Estação Agronómica de Santarém.
Contratado pelo Ministério do Ultramar como adjunto dos Serviços Agrícolas e Florestais da Guiné, regressou a Bissau em 1952.
Ele iniciou o seu trabalho na granja experimental de Pessube percorrendo grande parte do país durante o Recenseamento Agrícola de 1953 que lhe permitiu adquirir um conhecimento profundo da realidade social vigente.
As suas atividades políticas, iniciadas já em Portugal, reservam-lhe a antipatia do Governador da colónia, Melo e Alvim, que o obriga a emigrar para Angola, onde se uniu ao MPLA.
Em 1959, Amílcar Cabral, juntamente com Aristides Pereira, seu irmão Luís Cabral, Fernando Fortes, Júlio de Almeida e Elisée Turpin, para fundar clandestinamente o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
Quatro anos mais tarde, o PAIGC sai da clandestinidade ao estabelecer uma delegação na cidade de Conakry, capital da República da Guiné, país de onde foi partiu a 23 de janeiro de 1963 a luta armada contra a metrópole colonialista, com o ataque ao quartel de Tite, no sul da Guiné-Bissau.
Assassinado a 20 de janeiro de 1972, em Conakry, Amílcar Cabral continua a ser lembrado como um grande nacionalista, humanista, amante da liberdade e um dos mais brilhantes dirigentes da luta de libertação dos povos africanos contra o colonialismo.
-0- PANA CS/TON 14set2014
Por iniciativa conjunta da Fundação Amílcar Cabral e do Ministério da Cultura na cidade da Praia decorreram atividades para relembrar a figura do nacionalista que é, geralmente, considerado como o obreiro maior da luta política, diplomática e militar que conduziu às independências da Guiné-Bissau e de Cabo Verde.
As atividades tiveram início com uma romaria às campas dos combatentes da liberdade da pátria no cemitério da capital cabo-verdiana, a que se seguiu a abertura de uma exposição sobre Amílcar Cabral no monumento erguido em sua honra, no largo da Biblioteca Nacional, na cidade da Praia.
A abertura de um espaço, intitulado "Amílcar Cabral aos olhos das crianças", a exibição de um filme da cineasta Ana Ramos Lisboa, o lançamento de um ensaio sobre a biografia política do nacionalista, da autoria do Angolano Mário de Andrade, seguido de um evento musical no memorial fizeram parte do programa de que constou também o descerramento de uma placa na casa onde ele viveu em Ponta Belém, na cidade da Praia.
Amílcar Lopes Cabral nasceu a 12 de setembro de 1924 em Bafatá, na então Guiné Portuguesa (atual Guiné-Bissau), filho de pais cabo-verdianos. Aos oito anos de idade, a sua família mudou-se para Cabo Verde, estabelecendo-se em Santa Catarina (ilha de Santiago), onde passou sua infância e completou o ensino primário.
De seguida mudou-se com a mãe e os irmãos para Mindelo, em São Vicente, onde terminou o curso liceal em 1943. No ano seguinte, foi para a cidade de Praia, na ilha de Santiago, e começou a trabalhar na Imprensa Nacional e um ano depos obteve uma bolsa de estudos para o Instituto Superior de Agronomia 1, em Lisboa.
Após graduar-se em 1950, trabalhou por dois anos na Estação Agronómica de Santarém.
Contratado pelo Ministério do Ultramar como adjunto dos Serviços Agrícolas e Florestais da Guiné, regressou a Bissau em 1952.
Ele iniciou o seu trabalho na granja experimental de Pessube percorrendo grande parte do país durante o Recenseamento Agrícola de 1953 que lhe permitiu adquirir um conhecimento profundo da realidade social vigente.
As suas atividades políticas, iniciadas já em Portugal, reservam-lhe a antipatia do Governador da colónia, Melo e Alvim, que o obriga a emigrar para Angola, onde se uniu ao MPLA.
Em 1959, Amílcar Cabral, juntamente com Aristides Pereira, seu irmão Luís Cabral, Fernando Fortes, Júlio de Almeida e Elisée Turpin, para fundar clandestinamente o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
Quatro anos mais tarde, o PAIGC sai da clandestinidade ao estabelecer uma delegação na cidade de Conakry, capital da República da Guiné, país de onde foi partiu a 23 de janeiro de 1963 a luta armada contra a metrópole colonialista, com o ataque ao quartel de Tite, no sul da Guiné-Bissau.
Assassinado a 20 de janeiro de 1972, em Conakry, Amílcar Cabral continua a ser lembrado como um grande nacionalista, humanista, amante da liberdade e um dos mais brilhantes dirigentes da luta de libertação dos povos africanos contra o colonialismo.
-0- PANA CS/TON 14set2014