PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde arboriza 23% cento de superfície
Praia, Cabo Verde (PANA) – As campanhas de plantação de árvores que vêm sendo realizadas em Cabo Verde, desde a independência nacional, há 40 anos, permitiram ao arquipélago dispor atualmente de 90 mil hectares de terreno arborizado, representando 23 porcento da superfície total do país estimada em quatro mil e 33 quilómetros quadrados.
Estes resultados foram anunciados quinta-feira por ocasião do Dia Mundial de Luta contra a Seca e Desertificação, que se assinala a 17 de junho, pelo focal nacional para a Convenção de Luta contra a Desertificação, Domingos Barros,
Ele indicou que, apesar do muito que já foi feito nesta matéria, a desertificação e a seca em Cabo Verde continuam a ser um desafio para o país, tendo em conta que a pouca queda pluviométrica não é ainda totalmente retida no solo.
A isso se junta também a degradação de solos por técnicas inadequadas dos camponeses que ainda persistem, como as queimadas que destroem matérias orgânicas, considerados “ouro” para a agricultura, disse.
O engenheiro florestal Domingos Barros sublinha que “o fenómeno da desertificação é um problema transversal em Cabo Verde que está situado na zona do Sahel, logo, a gestão sustentável dos recursos naturais é uma causa que deve ser abraçada por todos”.
Por isso, diz ele, “temos que continuar a lutar contra a degradação dos solos, reter a água, reforçar as capacidades humanas e institucionais, mobilizar mais água, sensibilizar os camponeses, entre outras ações para se fazer face à situação”.
A título de exemplo, Domingos Barros apontou o Programa de Ação Nacional de Luta Contra a Desertificação (PANLCD), que está há um ano alinhado com a Estratégia Decenal da Convenção 2008/2018, incidindo na restauração de ecossistemas degradados, na luta contra a pobreza, e na mobilização de recursos junto dos parceiros nacionais e internacionais, para a implementação da convenção.
Para o apoio na implementação deste programa de ação, foram elaborados dois documentos, sendo o Plano Nacional de Investimento Agrícola (PNIA) de 2010 e a Estratégia Financeira Integrada sobre a Gestão Sustentável das Terras.
No entender do especialista, Cabo Verde “sempre se preocupou” com a segurança alimentar e a luta contra a pobreza, resultando na construção de infraestruturas de conservação de solo e da mobilização de água.
Domingos Barros recordou, a propósito, que Cabo Verde criou, em 1995, o Órgão Nacional de Luta Contra a Desertificação que foi atualizado em 2012.
O engenheiro florestal assinalou também que Cabo Verde foi o segundo país do mundo, depois do México, e o primeiro em África a ratificar, em 1995, a Convenção das Nações Unidas de Luta Contra a Desertificação (CNULCD), adoptada a 17 de junho de 1994, em França, e que entrou em vigor em dezembro de 1996.
Ao declarar o Dia Mundial de Luta Contra a Desertificação e Seca em 1994, a Assembleia das Nações Unidas quis sublinhar que ambos os problemas têm dimensão mundial e que afetam todas as regiões do mundo, chamando a atenção para a necessidade de se desenvolver a cooperação internacional e sensibilizar a opinião pública para essa problemática.
De acordo com as Nações Unidas, a desertificação é “a degradação da terra nas regiões áridas, semiáridas e secas, resultante de vários fatores, entre eles as variações climáticas e as atividades humanas”, levando os ecossistemas a perderem a capacidade produtiva, o solo a ficar mais estéril, com erosão da fauna e da flora, e a extinção de algumas espécies.
-0- PANA CS/IZ 18junho2015
Estes resultados foram anunciados quinta-feira por ocasião do Dia Mundial de Luta contra a Seca e Desertificação, que se assinala a 17 de junho, pelo focal nacional para a Convenção de Luta contra a Desertificação, Domingos Barros,
Ele indicou que, apesar do muito que já foi feito nesta matéria, a desertificação e a seca em Cabo Verde continuam a ser um desafio para o país, tendo em conta que a pouca queda pluviométrica não é ainda totalmente retida no solo.
A isso se junta também a degradação de solos por técnicas inadequadas dos camponeses que ainda persistem, como as queimadas que destroem matérias orgânicas, considerados “ouro” para a agricultura, disse.
O engenheiro florestal Domingos Barros sublinha que “o fenómeno da desertificação é um problema transversal em Cabo Verde que está situado na zona do Sahel, logo, a gestão sustentável dos recursos naturais é uma causa que deve ser abraçada por todos”.
Por isso, diz ele, “temos que continuar a lutar contra a degradação dos solos, reter a água, reforçar as capacidades humanas e institucionais, mobilizar mais água, sensibilizar os camponeses, entre outras ações para se fazer face à situação”.
A título de exemplo, Domingos Barros apontou o Programa de Ação Nacional de Luta Contra a Desertificação (PANLCD), que está há um ano alinhado com a Estratégia Decenal da Convenção 2008/2018, incidindo na restauração de ecossistemas degradados, na luta contra a pobreza, e na mobilização de recursos junto dos parceiros nacionais e internacionais, para a implementação da convenção.
Para o apoio na implementação deste programa de ação, foram elaborados dois documentos, sendo o Plano Nacional de Investimento Agrícola (PNIA) de 2010 e a Estratégia Financeira Integrada sobre a Gestão Sustentável das Terras.
No entender do especialista, Cabo Verde “sempre se preocupou” com a segurança alimentar e a luta contra a pobreza, resultando na construção de infraestruturas de conservação de solo e da mobilização de água.
Domingos Barros recordou, a propósito, que Cabo Verde criou, em 1995, o Órgão Nacional de Luta Contra a Desertificação que foi atualizado em 2012.
O engenheiro florestal assinalou também que Cabo Verde foi o segundo país do mundo, depois do México, e o primeiro em África a ratificar, em 1995, a Convenção das Nações Unidas de Luta Contra a Desertificação (CNULCD), adoptada a 17 de junho de 1994, em França, e que entrou em vigor em dezembro de 1996.
Ao declarar o Dia Mundial de Luta Contra a Desertificação e Seca em 1994, a Assembleia das Nações Unidas quis sublinhar que ambos os problemas têm dimensão mundial e que afetam todas as regiões do mundo, chamando a atenção para a necessidade de se desenvolver a cooperação internacional e sensibilizar a opinião pública para essa problemática.
De acordo com as Nações Unidas, a desertificação é “a degradação da terra nas regiões áridas, semiáridas e secas, resultante de vários fatores, entre eles as variações climáticas e as atividades humanas”, levando os ecossistemas a perderem a capacidade produtiva, o solo a ficar mais estéril, com erosão da fauna e da flora, e a extinção de algumas espécies.
-0- PANA CS/IZ 18junho2015