PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde aproxima-se dos BRIC
Praia, Cabo Verde (PANA) – Cabo Verde pretende, nos próximos tempos, levar a cabo uma aproximação “muito forte” com os chamados BRICS (Brasil, Rússia, Índia e China), com a aposta em novas áreas de cooperação como o investimento privado direto, apurou a PANA terça-feira de fonte oficial.
A informação foi prestada pelo ministro cabo-verdianos das Relações Exteriores, Jorge Borges, quando falava na abertura de um encontro com os embaixadores e representantes consulares de Cabo Verde no estrangeiro.
Explicou que esta é uma das prioridades no domínio da política diplomática que visa fundamentalmente consolidar a cooperação com os BRICS e países asiáticos, entre os quais a China e o Japão.
O chefe da diplomacia cabo-verdiana sublinhou que, para além do reforço da cooperação tradicional, Cabo Verde vai colocar tónica naquilo que pensa ser importante que, a seu ver, é uma aproximação muito forte com novas economias emergentes.
O país quer “fundamentalmente consolidar uma ação que fizemos no ano passado e que é dirigida aos países do continente asiático”, frisou.
Jorge Borges disse a jornalistas que, com o Japão, Cabo Verde tem em vista ações práticas de cooperação, principalmente no domínio da energia e da mobilização da água.
No entanto, acrescentou, o país quer também, aproveitando a visita que o seu secretário de Estado para os Recursos Marinhos efetua esta semana àquele país, apostar noutras áreas como o investimento privado direto.
O governante sublinhou que Cabo Verde tem tido uma forte cooperação com o Japão, mas que também pensa reforçar a cooperação com a Singapura e a Coreia do Sul, "dois países que vão estar connosco agora até à próxima semana".
Na ótica de Jorge Borges, o que pode vir a ser uma novidade em termos de política externa cabo-verdiana é o reforço da cooperação com a Austrália, um país cuja experiência seria "importante" para Cabo Verde debelar as suas vulnerabilidades, principalmente nos domínios dos oceanos e das mudanças climáticas.
Sobre a diplomacia económica, o chefe da diplomacia de Cabo Verde afiançou que todos terão que trabalhar para tirar proveito daquilo que o Governo tem vindo a fazer, no sentido de abrir e criar condições, ou seja, facilitar o ambiente de negócios.
“O que temos que fazer é reforçar e manter essa credibilidade de Cabo Verde, a fim de garantir a segurança e a estabilidade também no país”, disse o diplomata cabo-verdiano.
No entanto, Jorge Borges reconhece que, para tirar partido desta nova componente da política externa cabo-verdiana, é precisa uma “atenção muito particular e especial”, uma vez que, prosseguiu, a questão do investimento externo, das exportações e da internacionalização das empresas nacionais implica trabalhar para se estabelecer uma série de acordos e convenções.
A título de exemplo, ele apontou o facto de, neste momento, Cabo Verde estar a exportar para a União Europeia produtos do pescado, representando quase 80 porcento das exportações nacionais.
Jorge Borges considerou que isto só foi possível porque, a nível da diplomacia internacional, o arquipélago cabo-verdiano conseguiu beneficiar do acordo SPG Plus, para cujo acesso foi necessário negociar e aderir a 27 convenções internacionais.
-0- PANA CS/DD 13maio2014
A informação foi prestada pelo ministro cabo-verdianos das Relações Exteriores, Jorge Borges, quando falava na abertura de um encontro com os embaixadores e representantes consulares de Cabo Verde no estrangeiro.
Explicou que esta é uma das prioridades no domínio da política diplomática que visa fundamentalmente consolidar a cooperação com os BRICS e países asiáticos, entre os quais a China e o Japão.
O chefe da diplomacia cabo-verdiana sublinhou que, para além do reforço da cooperação tradicional, Cabo Verde vai colocar tónica naquilo que pensa ser importante que, a seu ver, é uma aproximação muito forte com novas economias emergentes.
O país quer “fundamentalmente consolidar uma ação que fizemos no ano passado e que é dirigida aos países do continente asiático”, frisou.
Jorge Borges disse a jornalistas que, com o Japão, Cabo Verde tem em vista ações práticas de cooperação, principalmente no domínio da energia e da mobilização da água.
No entanto, acrescentou, o país quer também, aproveitando a visita que o seu secretário de Estado para os Recursos Marinhos efetua esta semana àquele país, apostar noutras áreas como o investimento privado direto.
O governante sublinhou que Cabo Verde tem tido uma forte cooperação com o Japão, mas que também pensa reforçar a cooperação com a Singapura e a Coreia do Sul, "dois países que vão estar connosco agora até à próxima semana".
Na ótica de Jorge Borges, o que pode vir a ser uma novidade em termos de política externa cabo-verdiana é o reforço da cooperação com a Austrália, um país cuja experiência seria "importante" para Cabo Verde debelar as suas vulnerabilidades, principalmente nos domínios dos oceanos e das mudanças climáticas.
Sobre a diplomacia económica, o chefe da diplomacia de Cabo Verde afiançou que todos terão que trabalhar para tirar proveito daquilo que o Governo tem vindo a fazer, no sentido de abrir e criar condições, ou seja, facilitar o ambiente de negócios.
“O que temos que fazer é reforçar e manter essa credibilidade de Cabo Verde, a fim de garantir a segurança e a estabilidade também no país”, disse o diplomata cabo-verdiano.
No entanto, Jorge Borges reconhece que, para tirar partido desta nova componente da política externa cabo-verdiana, é precisa uma “atenção muito particular e especial”, uma vez que, prosseguiu, a questão do investimento externo, das exportações e da internacionalização das empresas nacionais implica trabalhar para se estabelecer uma série de acordos e convenções.
A título de exemplo, ele apontou o facto de, neste momento, Cabo Verde estar a exportar para a União Europeia produtos do pescado, representando quase 80 porcento das exportações nacionais.
Jorge Borges considerou que isto só foi possível porque, a nível da diplomacia internacional, o arquipélago cabo-verdiano conseguiu beneficiar do acordo SPG Plus, para cujo acesso foi necessário negociar e aderir a 27 convenções internacionais.
-0- PANA CS/DD 13maio2014