Agência Panafricana de Notícias

Cabo Verde aposta no aproveitamento de energia eólica

Praia- Cabo Verde (PANA) -- Cabo Verde ocupa o quinto lugar entre os países de África e do Médio Oriente que mais investem no aproveitamento da energia eólica, segundo dados publicados quarta-feira pelo Conselho Global da Energia Eólica em Bruxelas.
O Conselho Global da Energia Eólica precisa que o arquipélago tem capacidade para produzir 12 megawatts deste tipo de energia através de aerogeradores.
O Egipto, Marrocos, o Irão e a Tunísia são os países da região de África e do Médio Oriente que mais investem no aproveitamento da energia eólica, com potências na ordem de 430, 253, 91 e 54 megawatts, respectivamente.
Embora Cabo Verde não tenha investido em 2009 em novos equipamentos de produção de energia a partir do vento, o Governo do arquipélago assinou com um grupo de parceiros internacionais acordo em Dezembro passado com parceiros internacionais para a construção e a manutenção dos aerogeradores de quatro parques eólicos a serem instalados nas ilhas de Santiago, São Vicente, Sal e Boavista.
Trata-se de um investimento de 65 milhões de euros que tem como meta fazer com que os quatros parques eólicos possam assegurar, a partir de Abril ou Maio de 2011, 25 a 28 porcento das necessidades energéticas do arquipélago.
A criação dos parques eólicos enquadra-se no projecto de massificação da utilização de energias renováveis inscrito no programa do Governo para o período 2006/2011.
Tendo em conta a grande capacidade de produção de energia eólica de Cabo Verde, o propósito deste programa é reduzir a dependência externa de produtos petrolíferos para a produção de energia em Cabo Verde.
De acordo com fontes governamentais, a produção da energia eléctrica pelos parques eólicos na percentagem prevista (25 a 28 porcento) além de trazer benefícios para o meio ambiente, irá permitir também a Cabo Verde a venda do seu direito de emissão do dióxido de carbono, estimado em cerca de 50 mil toneladas.
A produção da energia solar é outra das apostas do Governo cabo-verdiano, que para o efeito obteve uma linha de crédito junto de Portugal, no valor de 100 milhões de euros, para a instalação de duas centrais nas ilhas de Santiago e do Maio, com uma potência instalada de 7,5 megawatts, que deverão ser as maiores de África.
Paralelamente, o Governo já assinou um contrato com uma empresa portuguesa para prestar assessoria com vista a criar e desenvolver um plano energético renovável no arquipélago.