PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde anuncia reestruturação dos transportes marítimos
Praia, Cabo Verde (PANA) - O Governo de Cabo Verde vai fazer uma “profunda reestruturação” do setor dos transportes marítimos do arquipélago que vive presentemente sérios problemas, devido à inoperacionalidade de várias unidades da sua frota mercante, apurou a PANA, segunda-feira, de fonte oficial.
Neste momento, os cinco grandes navios que garantiam alguma normalidade no transporte da carga de grandes dimensões entre as ilhas estão todos fora de serviço, depois que os fortes ventos dos últimos dias neutralizaram os navios “Tarrafal” e “Pentalina B”.
Esta última embarcação, que se encontra encalhada, desde 05 de julho passado, nas imediações de uma praia da ilha de Santiago, era a única que prestava serviço no transporte de camiões, contentores e carga mais pesada.
Por isso, os operadores económicos ficaram sem alternativas para movimentar as mercadorias entre as ilhas.
Atualmente, estão em serviço apenas os ferries “Kriola” e “Liberdade”, da Cabo Verde Fast Ferry, com capacidade para transportar 164 passageiros e até 26 carros cada, e o navio “Mar d' Canal”, que só opera na linha Santo Antão-S.Vicente e oferece espaço para 450 passageiros e 60 carros.
No entanto, estes três navios não conseguem dar vazão ao transporte de cargas de grande volume.
A ministra cabo-verdiana das Infraestruturas e Economia Marítima, Sara Lopes, reconhece que, no país, há um “problema sério” a nível dos transportes marítimos e, por isso, novas medidas serão exigidas aos operadores com a reforma deste setor.
Neste sentido, ela anunciou que o Governo, com o financiamento do Banco Mundial (BM), vai reestruturar o setor para que a autoridade marítima seja “muito mais forte e com maior capacidade de intervenção”, uma vez que, segundo ela, existem navios velhos e armadores que não dão a devida atenção à manutenção e reparação das embarcações.
Sara Lopes revelou ainda que vai ser feita uma revisão ao Código Marítimo Portuário para fazer com que as autoridades passem a ser muito mais exigentes, quanto ao acesso e à permanência, na atividade, de meios de transportes marítimos com garantia de segurança para as vidas e bens.
A governante disse estarem a ser reforçadas as capacidades das Capitanias de Barlavento (norte) e Sotavento (sul) para que as autoridades marítimas possam agir com maior prontidão.
A nível da reforma do setor marítimo e portuário, o Governo pretende que algumas das áreas, nomeadamente os serviços de segurança marítima, pilotagem e reboque possam ser privatizadas para que o país possa ter empresas com meios suficientes para atuarem em caso de necessidade.
No que se refere ao Instituto Marítimo e Portuário (IMP), entidade que regula o setor, Sara Lopes assegurou que os inspetores têm que ser melhor preparados e capacitados, e que os processos de certificação dos armadores têm de ser muito mais exigentes.
A governante disse esperar que, daqui a menos de dois meses, uma equipa de consultores e especialistas esteja a trabalhar no IMP, com vista à sua capacitação e reorganização para poder trabalhar de forma mais eficiente e rigorosa com os operadores.
“Com a reforma que vamos fazer no setor marítimo, espero que tenhamos as ilhas servidas por operadores que estejam melhor organizados e não tenhamos recorrentemente esse tipo de situação”, frisou.
-0- PANA CS/IZ 16junho2014
Neste momento, os cinco grandes navios que garantiam alguma normalidade no transporte da carga de grandes dimensões entre as ilhas estão todos fora de serviço, depois que os fortes ventos dos últimos dias neutralizaram os navios “Tarrafal” e “Pentalina B”.
Esta última embarcação, que se encontra encalhada, desde 05 de julho passado, nas imediações de uma praia da ilha de Santiago, era a única que prestava serviço no transporte de camiões, contentores e carga mais pesada.
Por isso, os operadores económicos ficaram sem alternativas para movimentar as mercadorias entre as ilhas.
Atualmente, estão em serviço apenas os ferries “Kriola” e “Liberdade”, da Cabo Verde Fast Ferry, com capacidade para transportar 164 passageiros e até 26 carros cada, e o navio “Mar d' Canal”, que só opera na linha Santo Antão-S.Vicente e oferece espaço para 450 passageiros e 60 carros.
No entanto, estes três navios não conseguem dar vazão ao transporte de cargas de grande volume.
A ministra cabo-verdiana das Infraestruturas e Economia Marítima, Sara Lopes, reconhece que, no país, há um “problema sério” a nível dos transportes marítimos e, por isso, novas medidas serão exigidas aos operadores com a reforma deste setor.
Neste sentido, ela anunciou que o Governo, com o financiamento do Banco Mundial (BM), vai reestruturar o setor para que a autoridade marítima seja “muito mais forte e com maior capacidade de intervenção”, uma vez que, segundo ela, existem navios velhos e armadores que não dão a devida atenção à manutenção e reparação das embarcações.
Sara Lopes revelou ainda que vai ser feita uma revisão ao Código Marítimo Portuário para fazer com que as autoridades passem a ser muito mais exigentes, quanto ao acesso e à permanência, na atividade, de meios de transportes marítimos com garantia de segurança para as vidas e bens.
A governante disse estarem a ser reforçadas as capacidades das Capitanias de Barlavento (norte) e Sotavento (sul) para que as autoridades marítimas possam agir com maior prontidão.
A nível da reforma do setor marítimo e portuário, o Governo pretende que algumas das áreas, nomeadamente os serviços de segurança marítima, pilotagem e reboque possam ser privatizadas para que o país possa ter empresas com meios suficientes para atuarem em caso de necessidade.
No que se refere ao Instituto Marítimo e Portuário (IMP), entidade que regula o setor, Sara Lopes assegurou que os inspetores têm que ser melhor preparados e capacitados, e que os processos de certificação dos armadores têm de ser muito mais exigentes.
A governante disse esperar que, daqui a menos de dois meses, uma equipa de consultores e especialistas esteja a trabalhar no IMP, com vista à sua capacitação e reorganização para poder trabalhar de forma mais eficiente e rigorosa com os operadores.
“Com a reforma que vamos fazer no setor marítimo, espero que tenhamos as ilhas servidas por operadores que estejam melhor organizados e não tenhamos recorrentemente esse tipo de situação”, frisou.
-0- PANA CS/IZ 16junho2014