PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde alerta para praga vegetal "mais devastadora" no seu território
Praia, Cabo Verde (PANA) – O ministério de Agricultura e Ambiente (MAA) lançou neste fim de semana um alerta aos agricultores para tomarem medidas que possam evitar a propagação de uma alegada praga “muito mais devastadora e preocupante”, em Cabo Verde.
De acordo com o Governo, trata-se de lagarta-de-cartucho-de-milho, ou, cientificamente, “spodoptera frugiperda”.
No decorrer de uma conferência de imprensa, na cidade da Praia, pelo diretor-geral da Agricultura e Ambiente, José Teixeira, e a presidente do Instituto Nacional de Investigação e Desenvolvimento Agrário (INIDA), Ângela Moreno, disseram que Cabo Verde enfrenta o surgimento de "uma nova praga muito mais devastadora e preocupante".
Declaram que, este ano, vão surgir os habituais biodegradadores que normalmente aparecem durante o período das chuvas.
Ao abordar a campanha agrícola e fitossanitária, que inclui o seguimento e avaliação do ano agrícola 2016-2017, Jossé Texeira explicou que, para o controlo dessa praga, o Governo, em articulação com parceiros internacionais, nomeadamente a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EmBrapa), criou um “task-force” e elaborou um plano de ação para o efeito.
O diretor-geral da Agricultura e Ambiente anunciou que, logo depois de receber esta informação, o Ministério do Ambiente e Agricultura solicitou um encontro com o chefe da Divisão da FAO para assuntos ligados à proteção vegetal a quem informou sobre a situação.
No finl do encontro, o Governo recebeu toda a garantia da FAO de ajudar o arquipélago a vencer este desafio que é também regional.
Por sua vez, a presidente do INIDA falou do surgimento da “suposta desconfiança” de que há uma nova praga no país, mas fez questão de realçar que a mesma será confirmada ou não, nos próximos dias.
“Ela tem sido uma das pragas muito tímida a nível mundial, sobretudo nas Américas. Surgiu no continente americano e hoje quase todos os países deste continente sofrem com esta praga”, que, segundo ela, “chegou a África em 2016, tendo sido detetado pela primeira vez na Nigéria”.
Ângela Moreno adiantou que o Ministério está em contacto com outras instituições africanas com competência para declarar se Cabo Verde tem ou não a essa praga.
“De todas as formas, as caraterísticas são completamente iguais ou muito parecidas e brevemente, poderemos confirmar, absolutamente, se já temos ou não esta praga”, precisou.
Para essa especialista, este flagelo é “inquietante”, uma vez que, frisou, ataca as plantas do princípio até ao fim, ou seja, desde o crescimento, à floração até à fortificação.
Avançou que, caso se confirmem as suspeitas, o flagelo causará “sérios danos”.
Advertiu que, este ano, as preocupações das autoridades fitossanitárias serão redobradas, visto que, prosseguiu, a lagarta-de-cartucho-de-milho é uma praga que gosta muito do milho e, em Cabo Verde, esta cultura é muito atacada por outros tipos de insetos.
Os municípios de Ribeira Grande, nas ilhas de Santo Antão, São Domingos, Calheta, São Miguel, São Lourenço dos Órgãos e Santa Catarina, na ilha de Santiago, são algumas das localidades onde há suspeita da existência da “Spodóptera frugiperda”, conhecida também como “chenille légionnaire”, uma praga que ataca mais de 100 plantas pertencentes a mais de 27 espécies diferentes, sobretudo durante a noite.
-0- PANA CS/DD 15julho2017
De acordo com o Governo, trata-se de lagarta-de-cartucho-de-milho, ou, cientificamente, “spodoptera frugiperda”.
No decorrer de uma conferência de imprensa, na cidade da Praia, pelo diretor-geral da Agricultura e Ambiente, José Teixeira, e a presidente do Instituto Nacional de Investigação e Desenvolvimento Agrário (INIDA), Ângela Moreno, disseram que Cabo Verde enfrenta o surgimento de "uma nova praga muito mais devastadora e preocupante".
Declaram que, este ano, vão surgir os habituais biodegradadores que normalmente aparecem durante o período das chuvas.
Ao abordar a campanha agrícola e fitossanitária, que inclui o seguimento e avaliação do ano agrícola 2016-2017, Jossé Texeira explicou que, para o controlo dessa praga, o Governo, em articulação com parceiros internacionais, nomeadamente a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EmBrapa), criou um “task-force” e elaborou um plano de ação para o efeito.
O diretor-geral da Agricultura e Ambiente anunciou que, logo depois de receber esta informação, o Ministério do Ambiente e Agricultura solicitou um encontro com o chefe da Divisão da FAO para assuntos ligados à proteção vegetal a quem informou sobre a situação.
No finl do encontro, o Governo recebeu toda a garantia da FAO de ajudar o arquipélago a vencer este desafio que é também regional.
Por sua vez, a presidente do INIDA falou do surgimento da “suposta desconfiança” de que há uma nova praga no país, mas fez questão de realçar que a mesma será confirmada ou não, nos próximos dias.
“Ela tem sido uma das pragas muito tímida a nível mundial, sobretudo nas Américas. Surgiu no continente americano e hoje quase todos os países deste continente sofrem com esta praga”, que, segundo ela, “chegou a África em 2016, tendo sido detetado pela primeira vez na Nigéria”.
Ângela Moreno adiantou que o Ministério está em contacto com outras instituições africanas com competência para declarar se Cabo Verde tem ou não a essa praga.
“De todas as formas, as caraterísticas são completamente iguais ou muito parecidas e brevemente, poderemos confirmar, absolutamente, se já temos ou não esta praga”, precisou.
Para essa especialista, este flagelo é “inquietante”, uma vez que, frisou, ataca as plantas do princípio até ao fim, ou seja, desde o crescimento, à floração até à fortificação.
Avançou que, caso se confirmem as suspeitas, o flagelo causará “sérios danos”.
Advertiu que, este ano, as preocupações das autoridades fitossanitárias serão redobradas, visto que, prosseguiu, a lagarta-de-cartucho-de-milho é uma praga que gosta muito do milho e, em Cabo Verde, esta cultura é muito atacada por outros tipos de insetos.
Os municípios de Ribeira Grande, nas ilhas de Santo Antão, São Domingos, Calheta, São Miguel, São Lourenço dos Órgãos e Santa Catarina, na ilha de Santiago, são algumas das localidades onde há suspeita da existência da “Spodóptera frugiperda”, conhecida também como “chenille légionnaire”, uma praga que ataca mais de 100 plantas pertencentes a mais de 27 espécies diferentes, sobretudo durante a noite.
-0- PANA CS/DD 15julho2017