PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde advoga serenidade e moderação no Burkina Faso
Praia, Cabo Verde (PANA) - O Governo de Cabo Verde apelou segunda-feira última às autoridades políticas e militares e aos cidadãos do Burkina Faso para darem prova de serenidade e moderação para evitar qualquer ato suscetível de dificultar ou pôr em causa uma solução da crise que afeta o seu país após a abdicação do Presidente Blaise Campaoré.
De acordo com um comunicado do Gabinete do Ministro das Relações Exteriores, a que a PANA teve acesso, o Executivo cabo-verdiano manifestou a sua “profunda preocupação” em relação à evolução da situação no Burkina Faso.
Expressou “toda a sua solidariedade ao povo irmão” daquele país, assim como “a disponibilidade para, no âmbito da União Africana e da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), contribuir para uma solução para o problema ora instalado”.
O Governo de Cabo Verde reafirma também “o princípio fundamental” por que sempre se norteou e segundo o qual “o acesso à titularidade dos órgãos de soberania só é legítimo e admissível se se processar com base e no pleno respeito pelo ordenamento constitucional vigente”.
As autoridades cabo-verdianas manifestam ainda o seu desejo de que o Burkina Faso “possa rapidamente retomar a senda da paz e da construção do progresso e possa, pelo livre exercício do poder de escolha pelos cidadãos, decidir sobre o seu próprio futuro”.
Entretanto, o exército do Burkina Faso reafirmou esta segunda-feira, num comunicado divulgado após conversações com a oposição, o seu compromisso de implementar um regime de transição consensual.
O comunicado refere ainda que “será criado um órgão de transição com todas as componentes adotadas por amplo consenso e com uma duração precisa".
O documento foi lido em conferência de imprensa por um militar, adjunto do novo homem forte do país, Yacouba Isaac Zida, escolhido sábado último pelo Exército para liderar o regime de transição, após o afastamento, sexta-feira última por uma revolta popular, do Presidente Blaise Compaoré.
"O poder não nos interessa. Preocupamo-nos com o interesse superior da nação que está no primeiro lugar", dizem os militares que assumiram o controlo da televisão e da principal praça de Ouagadougou, depois de terem reprimido uma manifestação que exige uma transição civil.
Um jovem foi morto a tiro perto das instalações da televisão, onde os militares disparavam para dispersar centenas de manifestantes, segundo o comunicado.
De acordo com a oposição, perto de 30 pessoas morreram na semana passada durante os protestos que levaram à demissão de Blaise Compaoré, após 27 anos no poder sem partilha.
o ex-chefe de Estado burkinabe e seus membros de família refugiaram-se na Côte d'Ivoire.
-0- PANA CS/DD 4nov2014
De acordo com um comunicado do Gabinete do Ministro das Relações Exteriores, a que a PANA teve acesso, o Executivo cabo-verdiano manifestou a sua “profunda preocupação” em relação à evolução da situação no Burkina Faso.
Expressou “toda a sua solidariedade ao povo irmão” daquele país, assim como “a disponibilidade para, no âmbito da União Africana e da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), contribuir para uma solução para o problema ora instalado”.
O Governo de Cabo Verde reafirma também “o princípio fundamental” por que sempre se norteou e segundo o qual “o acesso à titularidade dos órgãos de soberania só é legítimo e admissível se se processar com base e no pleno respeito pelo ordenamento constitucional vigente”.
As autoridades cabo-verdianas manifestam ainda o seu desejo de que o Burkina Faso “possa rapidamente retomar a senda da paz e da construção do progresso e possa, pelo livre exercício do poder de escolha pelos cidadãos, decidir sobre o seu próprio futuro”.
Entretanto, o exército do Burkina Faso reafirmou esta segunda-feira, num comunicado divulgado após conversações com a oposição, o seu compromisso de implementar um regime de transição consensual.
O comunicado refere ainda que “será criado um órgão de transição com todas as componentes adotadas por amplo consenso e com uma duração precisa".
O documento foi lido em conferência de imprensa por um militar, adjunto do novo homem forte do país, Yacouba Isaac Zida, escolhido sábado último pelo Exército para liderar o regime de transição, após o afastamento, sexta-feira última por uma revolta popular, do Presidente Blaise Compaoré.
"O poder não nos interessa. Preocupamo-nos com o interesse superior da nação que está no primeiro lugar", dizem os militares que assumiram o controlo da televisão e da principal praça de Ouagadougou, depois de terem reprimido uma manifestação que exige uma transição civil.
Um jovem foi morto a tiro perto das instalações da televisão, onde os militares disparavam para dispersar centenas de manifestantes, segundo o comunicado.
De acordo com a oposição, perto de 30 pessoas morreram na semana passada durante os protestos que levaram à demissão de Blaise Compaoré, após 27 anos no poder sem partilha.
o ex-chefe de Estado burkinabe e seus membros de família refugiaram-se na Côte d'Ivoire.
-0- PANA CS/DD 4nov2014