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Cabo Verde acredita no crescimento do PIB a 7%

Praia, Cabo Verde (PANA) – O Governo de Cabo  Verde considera que os mais recentes dados sobre as Contas Nacionais mostram que é possível que o país cresça a sete por cento, tal como definiu no início da legislatura, em 2016, apurou a PANA de fonte oficial.

Numa primeira reação aos números apurados, o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, congratulou-se com o crescimento de 7,6 por cento, no último trimestre de 2018, e a estimativa do crescimento anual de 5,5 por cento, no ano passado.

“Os dados mostram em como é possível que o país cresça a sete por cento, porque estamos a crescer a esse nível hoje com todos os problemas que temos a nível dos transportes aéreos, transportes, marítimos, financiamento ambiente de negócios. Se conseguirmos desbloquear esses setores, para chegar aos sete por cento, vai ser muito fácil”, disse.

O governante reiterou que, se todos trabalharem, Cabo Verde conseguirá crescer a esse nível  e assim duplicar o rendimento per-capita numa década.

“São dados positivos, mas ainda não estamos contentes. Temos de continuar a trabalhar e a fazer mais e melhor e mais rápido pelo que Cabo Verde e todos os Cabo-verdianos estão convidados a entrar nesse barco da mudança, da reforma e da aceleração da dinâmica e crescimento económico por forma a que todos possam viver melhor em todas as ilhas”, acrescentou.

Dados das contas nacionais divulgados sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mostraram que, no último trimestre de 2018, o Produto Interno Bruto (PIB) registou, em termos homólogos, um aumento de 7,6 por cento, em volume.

Esta evolução, de acordo com a mesma fonte, resultou do maior contributo das despesas do consumo das famílias, do investimento e das exportações.

Do lado da oferta, o Valor Acrescentado Bruto (VAB) a preços de base apresentou uma evolução homóloga positiva de 4,7 porcento, e os impostos líquidos de subsídios em 24,3 por cento.

Do acumulado dos trimestres, as atividades que mais se destacaram para o crescimento verificado foram as das Pesca, Indústria Transformadora, Eletricidade e Água, Comércio, Serviços Financeiros e Seguros, Administração Pública e os Impostos líquidos dos subsídios sobre os produtos.

Do lado da despesa, o crescimento do PIB deve-se fundamentalmente ao aumento da exportação e do investimento.

As Exportações de Bens e Serviços, em volume, registaram no quarto trimestre uma variação homóloga de 6,2 porcento.

Já o VAB (Valor Acrescentado Bruto) do ramo da Agricultura diminuiu 10,2 por cento, no quarto trimestre de 2018, contribuindo assim, negativamente (-0,4%), na variação total do crescimento do PIB.

O VAB do ramo da Indústria Transformadora registou um aumento de 5,6 por cento, contra 19,6 por cento no terceiro trimestre de 2018, contribuindo com 0,3 pontos percentuais para a variação total do crescimento do PIB.

No VAB do ramo da Construção, verificou-se um aumento de 4,1 por cento, no quarto trimestre, tendo uma contribuição de 0,6 pontos percentuais na variação total do crescimento do PIB.

Por seu turno, o VAB do ramo do Comércio apresentou, no quarto trimestre de 2018, uma variação homóloga de 9,2 por cento, em volume, contra 10,3 porcento no trimestre anterior, contribuindo para a variação homóloga do PIB em 0,7 pontos percentuais.

-0- PANA CS/IZ 02abril2019