PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde acompanha com “muita preocupação” crise política na Guiné-Bissau
Praia, Cabo Verde (PANA) – O Governo de Cabo Verde afirmou que está a acompanhar com “muita atenção e preocupação” a situação crise política vivida na Guiné-Bissau, onde o Presidente da República, José Mário Vaz, ameaça demitir o Governo do primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, soube a PANA na capital cabo-verdiana de fonte oficial.
Questinado pelos jornalistas durante um conferência de imprensa, sexta-feira na cidade da Praia, o ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Démis Lobo Almeida, frisou que o Governo faz votos para que se “preserve a estabilidade política e social” naquele país e que todas as instituições funcionem no quadro constitucional legal para que Guiné-Bissau, um país amigo e irmão de Cabo Verde, “possa ter todas as condições para continuar o seu caminho rumo ao desenvolvimento”.
A comunidade bissau-guineense radicada em Cabo Verde manifestou igualmente sexta-feira a sua preocupação com a crise política no seu país e que poderá levar à queda do Governo.
Em declarações à Rádio de Cabo Verde (RCV), o presidente da Associação dos Guineenses em Cabo Verde, Fernando Baldé, revelou que a comunidade pretende realizar uma marcha, na capital cabo-verdiana, no sentido de chamar a atenção dos governantes bissau-guinnenses para trabalharem no sentido de evitar que o seu país venha a entrar num novo ciclo de instabilidade.
Fernando Baldé disse esperar que o apelo da comunidade seja ouvido e levado em conta pelos governantes da Guiné-Bissau.
Na passada quarta-feira, o antigo Presidente de Cabo Verde, Pedro Pires, recomendou aos dirigentes guineenses que tenham "fé e paciência" na resolução de quaisquer divergências que possam existir entre eles na condução dos assuntos do Estado.
Na qualidade de único membro ainda vivo do Conselho Superior da Luta Armada que conduziu à independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde, Pedro Pires deslocou-se a Bissau a convite da Câmara Municipal para assistir às comemorações dos 56 anos do Massacre de Pindjiguiti, que desencadeou a luta de libertação.
Nesta estada em Bissau, Pedro Pires aproveitou para se encontrar com o Presidente bissau-guineense, José Mário Vaz, e com o primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, dirigentes
que têm assumido publicamente divergências na condução dos assuntos do Estado.
“Reuni-me separadamente com os dois e a minha mensagem é essa: Há duas coisas que nós não podemos perder: A fé, não no sentido religioso, mas a fé confiança, a fé de que tudo isso irá correr bem, a fé de que podemos ultrapassar todas as dificuldades. Uma outra qualidade que não podemos deixar de ter é a paciência”, disse Pedro Pires.
A situação política na Guiné-Bissau começou a complicar-se quando terça-feira fontes diplomáticas e observadores políticos admitiram que o Presidente da República estava a preparar-se para demitir o Executivo liderado por Domingos Simões Pereira.
O presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassamá, admitiu, após um encontro do chefe de Estado, que “o Governo está em perigo”.
Na quinta-feira, o primeiro-ministro da Guiné-Bissau anunciou que vai recorrer a todos os mecanismos legais para lutar contra a "intenção deliberada" do Presidente da República de derrubar o Governo.
“Há uma intenção deliberada de provocar uma crise para justificar a decisão de destituição do Governo”, referiu Simões Pereira numa declaração ao país feita no Palácio do Governo após reuniões com diplomatas e líderes partidários com assento no Parlamento.
O primeiro-ministro classificou a ação do Presidente como “uma falta grosseira de ponderação sobre as implicações e o alcance de tal medida para ordem interna e estabilidade”, após as eleições gerais de 2014, “além de ser um rude e traiçoeiro golpe à esperança que a todos tem animado”.
-0- PANA CS/TON 08agosto2015
Questinado pelos jornalistas durante um conferência de imprensa, sexta-feira na cidade da Praia, o ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Démis Lobo Almeida, frisou que o Governo faz votos para que se “preserve a estabilidade política e social” naquele país e que todas as instituições funcionem no quadro constitucional legal para que Guiné-Bissau, um país amigo e irmão de Cabo Verde, “possa ter todas as condições para continuar o seu caminho rumo ao desenvolvimento”.
A comunidade bissau-guineense radicada em Cabo Verde manifestou igualmente sexta-feira a sua preocupação com a crise política no seu país e que poderá levar à queda do Governo.
Em declarações à Rádio de Cabo Verde (RCV), o presidente da Associação dos Guineenses em Cabo Verde, Fernando Baldé, revelou que a comunidade pretende realizar uma marcha, na capital cabo-verdiana, no sentido de chamar a atenção dos governantes bissau-guinnenses para trabalharem no sentido de evitar que o seu país venha a entrar num novo ciclo de instabilidade.
Fernando Baldé disse esperar que o apelo da comunidade seja ouvido e levado em conta pelos governantes da Guiné-Bissau.
Na passada quarta-feira, o antigo Presidente de Cabo Verde, Pedro Pires, recomendou aos dirigentes guineenses que tenham "fé e paciência" na resolução de quaisquer divergências que possam existir entre eles na condução dos assuntos do Estado.
Na qualidade de único membro ainda vivo do Conselho Superior da Luta Armada que conduziu à independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde, Pedro Pires deslocou-se a Bissau a convite da Câmara Municipal para assistir às comemorações dos 56 anos do Massacre de Pindjiguiti, que desencadeou a luta de libertação.
Nesta estada em Bissau, Pedro Pires aproveitou para se encontrar com o Presidente bissau-guineense, José Mário Vaz, e com o primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, dirigentes
que têm assumido publicamente divergências na condução dos assuntos do Estado.
“Reuni-me separadamente com os dois e a minha mensagem é essa: Há duas coisas que nós não podemos perder: A fé, não no sentido religioso, mas a fé confiança, a fé de que tudo isso irá correr bem, a fé de que podemos ultrapassar todas as dificuldades. Uma outra qualidade que não podemos deixar de ter é a paciência”, disse Pedro Pires.
A situação política na Guiné-Bissau começou a complicar-se quando terça-feira fontes diplomáticas e observadores políticos admitiram que o Presidente da República estava a preparar-se para demitir o Executivo liderado por Domingos Simões Pereira.
O presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassamá, admitiu, após um encontro do chefe de Estado, que “o Governo está em perigo”.
Na quinta-feira, o primeiro-ministro da Guiné-Bissau anunciou que vai recorrer a todos os mecanismos legais para lutar contra a "intenção deliberada" do Presidente da República de derrubar o Governo.
“Há uma intenção deliberada de provocar uma crise para justificar a decisão de destituição do Governo”, referiu Simões Pereira numa declaração ao país feita no Palácio do Governo após reuniões com diplomatas e líderes partidários com assento no Parlamento.
O primeiro-ministro classificou a ação do Presidente como “uma falta grosseira de ponderação sobre as implicações e o alcance de tal medida para ordem interna e estabilidade”, após as eleições gerais de 2014, “além de ser um rude e traiçoeiro golpe à esperança que a todos tem animado”.
-0- PANA CS/TON 08agosto2015