PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde acompanha com “muita atenção” situação na Grécia
Praia, Cabo Verde (PANA) - O Governo cabo-verdiano está a acompanhar com “muita atenção” a situação na Grécia, na sequência da vitória do ‘Não’ no referendo de domingo e suas eventuais repercussões numa crise do euro, moeda à qual o escudo cabo-verdiano está ligado por uma paridade fixa, declarou o primeiro-ministro José Maria Neves.
Neves falava segunda-feira a jornalstas na localidade de Rui Vaz, no município de São Domingos, onde participou na abertura de um encontro sobre a Reforma da Administração Pública.
Adiantou que o Governo cabo-verdiano ainda não tem todas as informações sobre os desdobramentos dos resultados do referendo, mas frisou que, neste momento, "a bola está do lado do Governo grego que tem que apresentar propostas para evitar que o país entre em falência total".
“Poderá ser um grande problema para a Grécia e eventualmente para a Zona Euro e para as economias que estão umbilicalmente ligadas a ela, como é o caso de Cabo Verde”, anotou.
José Maria Neves disse estar ciente de que, pelas conversas que tem tido com dirigentes europeus, a UE tomará as melhores decisões sobre a matéria e não haverá problemas com o euro.
O chefe do Governo cabo-verdiano reconheceu que “poderá haver, neste primeiro momento, alguma desvalorização do euro, mas estamos a contar que a moeda europeia será revalorizada e defendida pelo sistema financeiro europeu".
Ele disse acreditar que, por haver muitos interesses em jogo, não só dos países da UE mas também, por exemplo, da China, que nos últimos anos terá investido muitas das suas disponibilidades líquidas sobre o exterior em euros, "todos estarão interessados em proteger o euro e em garantir que não haja uma crise financeira na Zona Euro".
A moeda cabo-verdiana esteve, desde meados de 1998 e até à criação do euro, indexada ao escudo português em resultado de um acordo de cooperação cambial com Portugal que garantia a convertibilidade a uma paridade fixa em escudos portugueses.
O pacto criava igualmente uma linha de crédito com a finalidade de reforçar as reservas cambiais de Cabo Verde, com uma cotação fixa em relação ao escudo português de 0,55 escudos cabo-verdianos (CVE).
O CVE está atualmente indexado ao euro, o que significa que a sua cotação em relação a outras moedas depende da variação cambial desta última. A sua cotação fixa é de 110,265 escudos cabo-verdianos por euro.
No domingo, 05, os Gregos foram às urnas decidir se aceitavam as propostas dos credores num referendo que serviu de teste ao Governo da Grécia.
O 'Não'` às propostas dos credores obteve 61,31 porcento, segundo números definitivos divulgados segunda-feira pelo Ministério do Interior grego.
Com a totalidade dos votos contados, o 'Sim' foi a escolha de apenas 38,69 porcento dos votantes gregos, enquanto 5,80 porcento dos votos foram considerados brancos ou nulos.
A abstenção foi de 37,5 porcento, num universo de quase 10 milhões de eleitores, de acordo com os mesmos dados.
Na sequência dos resultados do referendo, o ministro grego das Finanças, Yanis Varoufakis, decidiu demitir-se, no mesmo dia, a pedido do primeiro-ministro.
Para o final do dia, estava agendado um encontro entre França e Alemanha para discutir sobre a crise atual, antes de uma cimeira extraordinária da Zona Euro, terça-feira, antecedida de uma reunião do Eurogrupo.
-0- PANA CS/IZ 07julho2015
Neves falava segunda-feira a jornalstas na localidade de Rui Vaz, no município de São Domingos, onde participou na abertura de um encontro sobre a Reforma da Administração Pública.
Adiantou que o Governo cabo-verdiano ainda não tem todas as informações sobre os desdobramentos dos resultados do referendo, mas frisou que, neste momento, "a bola está do lado do Governo grego que tem que apresentar propostas para evitar que o país entre em falência total".
“Poderá ser um grande problema para a Grécia e eventualmente para a Zona Euro e para as economias que estão umbilicalmente ligadas a ela, como é o caso de Cabo Verde”, anotou.
José Maria Neves disse estar ciente de que, pelas conversas que tem tido com dirigentes europeus, a UE tomará as melhores decisões sobre a matéria e não haverá problemas com o euro.
O chefe do Governo cabo-verdiano reconheceu que “poderá haver, neste primeiro momento, alguma desvalorização do euro, mas estamos a contar que a moeda europeia será revalorizada e defendida pelo sistema financeiro europeu".
Ele disse acreditar que, por haver muitos interesses em jogo, não só dos países da UE mas também, por exemplo, da China, que nos últimos anos terá investido muitas das suas disponibilidades líquidas sobre o exterior em euros, "todos estarão interessados em proteger o euro e em garantir que não haja uma crise financeira na Zona Euro".
A moeda cabo-verdiana esteve, desde meados de 1998 e até à criação do euro, indexada ao escudo português em resultado de um acordo de cooperação cambial com Portugal que garantia a convertibilidade a uma paridade fixa em escudos portugueses.
O pacto criava igualmente uma linha de crédito com a finalidade de reforçar as reservas cambiais de Cabo Verde, com uma cotação fixa em relação ao escudo português de 0,55 escudos cabo-verdianos (CVE).
O CVE está atualmente indexado ao euro, o que significa que a sua cotação em relação a outras moedas depende da variação cambial desta última. A sua cotação fixa é de 110,265 escudos cabo-verdianos por euro.
No domingo, 05, os Gregos foram às urnas decidir se aceitavam as propostas dos credores num referendo que serviu de teste ao Governo da Grécia.
O 'Não'` às propostas dos credores obteve 61,31 porcento, segundo números definitivos divulgados segunda-feira pelo Ministério do Interior grego.
Com a totalidade dos votos contados, o 'Sim' foi a escolha de apenas 38,69 porcento dos votantes gregos, enquanto 5,80 porcento dos votos foram considerados brancos ou nulos.
A abstenção foi de 37,5 porcento, num universo de quase 10 milhões de eleitores, de acordo com os mesmos dados.
Na sequência dos resultados do referendo, o ministro grego das Finanças, Yanis Varoufakis, decidiu demitir-se, no mesmo dia, a pedido do primeiro-ministro.
Para o final do dia, estava agendado um encontro entre França e Alemanha para discutir sobre a crise atual, antes de uma cimeira extraordinária da Zona Euro, terça-feira, antecedida de uma reunião do Eurogrupo.
-0- PANA CS/IZ 07julho2015