PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde acolhe seminário sobre nova geração de cientistas lusófonos
Praia, Cabo Verde (PANA) – A capital cabo-verdiana vai acolher, a 14 deste mês, um encontro dos ministros da Ciência e Tecnologia de Cabo Verde, Angola, Brasil e Portugal para criar uma nova geração de cientistas lusófonos, apurou a PANA, na cidade da Praia, de fonte oficial.
Para além das entidade governamentais, participarão também nesse encontro diversas instituições de fomento e provedoras de formação avançada, como a CAPES do Brasil, a Fundação Ciência e Tecnologia de Portugal, a Fundação Calouste Gulbenkian e a multinacional alemã MERCK.
Trata-se de uma iniciativa do Governo de Cabo Verde anunciada pelo ministro do Ensino Superior, Ciência e Inovação, António Correia e Silva, no ato da abertura da Jornada de Ciência e Estratégica Científica dos Docentes e Investigadores da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).
O governante cabo-verdiano assinalou, na ocasião, que toda esta mobilização internacional decorre do facto de o “marco zero” do desenvolvimento científico “não estar na publicação de um estatuto de investigador, mas sim na formação de cientistas e na constituição de uma comunidade nacional de pesquisadores”.
António Correia e Silva considera que, sem essa comunidade de pesquisadores, a participação de Cabo Verde em redes internacionais como as existentes na Macaronésia ou regiões insulares e ultraperiféricas da Europa estará condenada a ser sempre “marginal e independente”.
Neste sentido, indicou que os acordos celebrados com a China, a União Europeia, e, proximamente, com o Brasil, vão criar a possibilidade de os investigadores cabo-verdianos, universitários ou não, beneficiarem de bolsas de estágio científico.
Contudo, António Correia e Silva ressalvou que os programas de formação de cientistas não são a única componente da estratégia de capacitação do país para a ciência, pelo que ele considera necessário proceder à melhoraria das condições institucionais para que se possa desenvolver e realizar no seu seio o trabalho científico.
“A criação das universidades está sendo um ganho neste sentido, sobretudo, quando o estatuto vigente do professor deixa tempo e espaço para que, além das obrigações da docência, ele se dedique à investigação”, apontou.
A jornada de ciência e estratégica científica dos docentes e investigadores da Uni-CV tem como objetivo refletir sobre a organização da investigação e questões de qualidade, nomeadamente, evidenciar os constrangimentos atuais e os mecanismos que potenciam o desenvolvimento e a concretização dos projetos de investigação.
Com a realização da jornada a Uni-CV pretende também contribuir para o desenvolvimento profissional dos docentes, incentivar as boas práticas e colaboração intrainstitucional na academia em matéria de investigação.
A apresentação dos resultados do inquérito “Estado da ciência e estratégia científica da Uni-CV”, uma mesa redonda sobre a investigação externa sobre “Práticas universitárias e de outras instituições” e uma conferência alusiva ao tema “Os caminhos do financiamento: a organização interna, nacional e internacional”, figuram no programa do evento.
A atividade conta também com a presença de investigadores de Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
-0- PANA 04julho2014
Para além das entidade governamentais, participarão também nesse encontro diversas instituições de fomento e provedoras de formação avançada, como a CAPES do Brasil, a Fundação Ciência e Tecnologia de Portugal, a Fundação Calouste Gulbenkian e a multinacional alemã MERCK.
Trata-se de uma iniciativa do Governo de Cabo Verde anunciada pelo ministro do Ensino Superior, Ciência e Inovação, António Correia e Silva, no ato da abertura da Jornada de Ciência e Estratégica Científica dos Docentes e Investigadores da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).
O governante cabo-verdiano assinalou, na ocasião, que toda esta mobilização internacional decorre do facto de o “marco zero” do desenvolvimento científico “não estar na publicação de um estatuto de investigador, mas sim na formação de cientistas e na constituição de uma comunidade nacional de pesquisadores”.
António Correia e Silva considera que, sem essa comunidade de pesquisadores, a participação de Cabo Verde em redes internacionais como as existentes na Macaronésia ou regiões insulares e ultraperiféricas da Europa estará condenada a ser sempre “marginal e independente”.
Neste sentido, indicou que os acordos celebrados com a China, a União Europeia, e, proximamente, com o Brasil, vão criar a possibilidade de os investigadores cabo-verdianos, universitários ou não, beneficiarem de bolsas de estágio científico.
Contudo, António Correia e Silva ressalvou que os programas de formação de cientistas não são a única componente da estratégia de capacitação do país para a ciência, pelo que ele considera necessário proceder à melhoraria das condições institucionais para que se possa desenvolver e realizar no seu seio o trabalho científico.
“A criação das universidades está sendo um ganho neste sentido, sobretudo, quando o estatuto vigente do professor deixa tempo e espaço para que, além das obrigações da docência, ele se dedique à investigação”, apontou.
A jornada de ciência e estratégica científica dos docentes e investigadores da Uni-CV tem como objetivo refletir sobre a organização da investigação e questões de qualidade, nomeadamente, evidenciar os constrangimentos atuais e os mecanismos que potenciam o desenvolvimento e a concretização dos projetos de investigação.
Com a realização da jornada a Uni-CV pretende também contribuir para o desenvolvimento profissional dos docentes, incentivar as boas práticas e colaboração intrainstitucional na academia em matéria de investigação.
A apresentação dos resultados do inquérito “Estado da ciência e estratégia científica da Uni-CV”, uma mesa redonda sobre a investigação externa sobre “Práticas universitárias e de outras instituições” e uma conferência alusiva ao tema “Os caminhos do financiamento: a organização interna, nacional e internacional”, figuram no programa do evento.
A atividade conta também com a presença de investigadores de Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
-0- PANA 04julho2014