PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde acolhe seminário sobre perspetivas para África Subsariana
Praia, Cabo Verde (PANA) - Um seminário sobre as perspetivas regionais para a África Subsariana decorre esta segunda-feira na cidade da praia, sob a égide do ministério das Finanças de Cabo verde, soube a PANA de fonte segura.
Durante o evento, o Fundo Monetário Internacional (FMI) vai apresentar um relatório sobre as "Perspetivas Regionais para a África Subsariana”, de acordo com a fonte.
A apresentação do documento será feita pelos representantes do FMI em Cabo Verde no âmbito da missão de seguimento das políticas macroeconómicas, bem como das projeções do país.
Segundo este documento, o Produto Interno Bruto (PIB) da região cresceu 1,4 porcento em 2016, sendo considerado o pior resultado alcançado em 20 anos.
No ano passado, o crescimento desacelerou em cerca de dois terços dos países da região, ou seja apenas 1,5 porcento, o que representa 83 porcento do PIB regional.
Em 2015, o crescimento foi de três porcento, um pouco abaixo da média de 6,8 porcento atingidos entre 2003 e 2008. A seca na África Austral e a queda do preço das commodities, aliadas ao défice orçamental em alguns países, favoreceram este cenário, indica o documento.
O documento acrescenta que os problemas económicos enfrentados pelos países da região poderão afetar o crescimento neste ano.
Por conseguinte, o FMI considera que a dinâmica de crescimento na África Subsariana vai manter-se frágil em 2017, tendo como ponto de partida avaliações e perspetivas dos últimos anos.
Para o ano de 2017, espera-se por um aumento de 2,6 porcento, que será impulsionado em grande medida por fatores específicos de três países, designadamente a recuperação da produção de petróleo na Nigéria, o aumento das despesas públicas antes das eleições em Angola e o desaparecimento dos efeitos da seca na África do Sul, combinado com algumas melhorias nas trocas comerciais.
O destaca também que “a trajetória da dívida está claramente numa perspectiva ascendente, com mais de 50 porcento do valor do PIB em muitos países”, como Cabo Verde ou Moçambique.
O relatório dá conta de uma dívida pública em Moçambique avaliada em 115,2 porcento do PIB no final de 2016, mas que deverá descer para 106,9 porcento e 103,6 porcento em 2017 e 2018.
Este valor do rácio da dívida face à riqueza do país só é superado por Cabo Verde, que apresenta valores de 134,7 porcento este ano e 133 porcento em 2018, mais do triplo da média da África subsariana, que é de 44,6 porcento.
-0- PANA CS/DD 26junho2017
Durante o evento, o Fundo Monetário Internacional (FMI) vai apresentar um relatório sobre as "Perspetivas Regionais para a África Subsariana”, de acordo com a fonte.
A apresentação do documento será feita pelos representantes do FMI em Cabo Verde no âmbito da missão de seguimento das políticas macroeconómicas, bem como das projeções do país.
Segundo este documento, o Produto Interno Bruto (PIB) da região cresceu 1,4 porcento em 2016, sendo considerado o pior resultado alcançado em 20 anos.
No ano passado, o crescimento desacelerou em cerca de dois terços dos países da região, ou seja apenas 1,5 porcento, o que representa 83 porcento do PIB regional.
Em 2015, o crescimento foi de três porcento, um pouco abaixo da média de 6,8 porcento atingidos entre 2003 e 2008. A seca na África Austral e a queda do preço das commodities, aliadas ao défice orçamental em alguns países, favoreceram este cenário, indica o documento.
O documento acrescenta que os problemas económicos enfrentados pelos países da região poderão afetar o crescimento neste ano.
Por conseguinte, o FMI considera que a dinâmica de crescimento na África Subsariana vai manter-se frágil em 2017, tendo como ponto de partida avaliações e perspetivas dos últimos anos.
Para o ano de 2017, espera-se por um aumento de 2,6 porcento, que será impulsionado em grande medida por fatores específicos de três países, designadamente a recuperação da produção de petróleo na Nigéria, o aumento das despesas públicas antes das eleições em Angola e o desaparecimento dos efeitos da seca na África do Sul, combinado com algumas melhorias nas trocas comerciais.
O destaca também que “a trajetória da dívida está claramente numa perspectiva ascendente, com mais de 50 porcento do valor do PIB em muitos países”, como Cabo Verde ou Moçambique.
O relatório dá conta de uma dívida pública em Moçambique avaliada em 115,2 porcento do PIB no final de 2016, mas que deverá descer para 106,9 porcento e 103,6 porcento em 2017 e 2018.
Este valor do rácio da dívida face à riqueza do país só é superado por Cabo Verde, que apresenta valores de 134,7 porcento este ano e 133 porcento em 2018, mais do triplo da média da África subsariana, que é de 44,6 porcento.
-0- PANA CS/DD 26junho2017