Cabo Verde acolhe reunião de ministros das Finanças da CEDEAO
Praia, Cabo Verde (PANA) - Uma reunião dos ministros das Finanças dos países-membros da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) realiza-se esta quinta-feira na cidade da Praia, apurou a PANA de fonte segura.
O fórum inscreve-se no quadro da 10.ª assembleia-geral extraordinária do Banco de Investimento e Desenvolvimento da CEDEAO (BIDC), anunciou o vice-primeiro-ministro de Cabo Verde, Olavo Correia, cumulativamente ministro das Finanças e presidente do conselho de governadores do BIDC.
Trata-se, acrescentou, de uma reunião que permitirá abordar atividades da instituição e traçar ações estratégicas para os próximos tempos.
O BIDC é uma instituição financeira regional de investimento e desenvolvimento com sede em Lomé, no Togo.
Dele fazem parte os 15 Estados-membros da CEDEAO, designadamente Benin, Burkina Faso, Cabo Verde, Côte d’Ivoire, Gâmbia, Gana, Guiné Conakry, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo.
A instituição financia projetos e programas de desenvolvimento nos setores de infraestruturas e serviços básicos, do desenvolvimento rural e do ambiente, da indústria e serviços sociais, através de empréstimos a longo, médio e curto prazos, participações societárias, linhas de crédito, refinanciamentos, operações de engenharia financeira e serviços relacionados.
De visita à capital cabo-verdiana, em maio último, o presidente do Conselho de Administração do BIDC, George Agyekum Donkor, disse, em conferência de imprensa, pretender instalar em Cabo Verde um centro que permita à instituição continuar a funcionar em caso de desastre.
“Vamos embarcar todos os equipamentos para a Praia e, em breve, instalar este centro no país”, anunciou o presidente do Conselho de Administração do BIDC, acrescentou.
Sem avançar o volume do investimento previsto, o responsável adiantou que a instalação deste centro de recuperação de desastres em Cabo Verde, habitual em grandes instituições, visa permitir ao BIDC continuar a funcionar caso ocorra “algum evento” ou desastre.
“É um bom sinal que Cabo Verde tem condições pela sua estabilidade, segurança, pelas competências e investimentos em recursos humanos. Temos condições para o funcionamento deste centro do serviço, um espaço de segurança tecnológica para todo o continente africano”, regozijou-se Olavo Correia, nessa ocasião.
George Agyekum Donkor recordou que o BIDC tem atualmente 3.200.000.000 dólares americanos de financiamentos atribuídos a vários setores dos países da África Ocidental, sendo mais de 60 por cento no setor privado.
Garantiu que a verba está disponível para apoiar projetos em várias áreas em Cabo Verde, através de linhas de financiamento aos bancos ou diretamente a empresas, quando acima de 10.000.000 dólares americanos.
Em Cabo Verde, o BIDC conta com cerca de 10.000.000 euros de projetos financiados, um montante que, para Olavo Correia, ainda é reduzido.
“Estamos a trabalhar para aumentar a carteira de investimentos do banco em Cabo Verde, não só para projetos públicos ou projetos em parceria público-privada, mas para projetos privados, que devem ser bem montados para apresentar ao banco para financiamento. E, neste meu mandato, tudo farei para que o banco possa aumentar a sua carteira de investimentos em Cabo Verde, quer para o setor público, quer para o setor privado”, afirmou o governante cabo-verdiano.
-0- PANA CS/DD 26out2022