PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde acolhe centro de proteção e segurança marítima no Golfo da Guiné
Praia, Cabo Verde (PANA) – Cabo Verde está disponível para acolher um dos centros de coordenação e vigilância marítima na sub-região do Golfo da Guiné, contando, para o efeito, com o apoio técnico e financeiro de parceiros internacionais para a sua montagem, apurou a PANA sábado de fonte oficial na cidade da Praia.
A disponibilidade cabo-verdiana foi manifestada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros e da Defesa, Luís Filipe Tavares, no decorrer da segunda reunião anual do grupo G7 ++ Amigos do Golfo da Guiné (G7++FoGG), realizada no último fim de semana, na capital cabo-verdiana.
"Cabo Verde disponibiliza-se para alojar o centro multinacional de coordenação marítima da zona G (Cabo Verde, Senegal Guiné-Bissau e Gâmbia), desde que a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e os parceiros internacionais se comprometam a ajudar na sua operacionalização, disponibilizando os apoios técnicos e financeiros necessários", disse o governante cabo-verdiano.
Em declarações aos jornalistas Luís Filipe Tavares sublinhou que não existe "nenhum outro sítio mais adequado para acolher um centro desta importância", destacando a localização geoestratégica e estabilidade do país.
Por sua vez, o ministro da Defesa de Portugal, país que assume a presidência do G7++FoGG, sublinhou a "circunstância muito feliz" de Cabo Verde ter assumido o compromisso de acolher o centro, considerando que se trata de uma decisão de "enorme visão e sentido estratégico".
"Envolve muitos meios materiais, recursos humanos, meios navais e Portugal mostrou a disponibilidade plena para, à luz das suas possibilidades, contribuir para que Cabo Verde possa desempenhar um trabalho importantíssimo nesta área, que envolve uma questão de segurança e defesa ao nível global", disse o ministro da Defesa português.
A reunião do grupo juntou na cidade a Praia técnicos de alto nível dos países membros para fazer o ponto de situação sobre a segurança na sub-região africana. Participaram também representantes de países da sub-região como a Nigéria, Togo e Côte d’Ivoire, além de organizações como a CEDEAO e a União Africana.
O grupo do G7++FoGG é composto por Itália, Alemanha, Canadá, Estados Unidos, Japão, Reino Unido, França, Bélgica, Brasil (observador), Coreia do Sul, Dinamarca, Espanha, Noruega, Países Baixos, Portugal, Suíça, União Europeia, Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime e Interpol.
O grupo, que inicialmente previa a cooperação em matéria de segurança marítima e o combate à pirataria, alargou o seu âmbito a questões como a pesca ilegal, ao ambiente e ao tráfico de droga, com a passagem pela região das rotas da América Latina para a Europa.
Segundo o Gabinete Marítimo Internacional, no primeiro semestre de 2016 registaram-se na região do Golfo da Guiné 52 atos de pirataria e assaltos à mão armada, números considerados preocupantes, mas abaixo dos 54 registados nos primeiros três meses de 2015.
Os incidentes envolvem o roubo do conteúdo dos navios, mas também do combustível, assim como de pequenas embarcações em ancoradouros e sequestros de tripulações.
-0- PANA CS/IZ 04dez2016
A disponibilidade cabo-verdiana foi manifestada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros e da Defesa, Luís Filipe Tavares, no decorrer da segunda reunião anual do grupo G7 ++ Amigos do Golfo da Guiné (G7++FoGG), realizada no último fim de semana, na capital cabo-verdiana.
"Cabo Verde disponibiliza-se para alojar o centro multinacional de coordenação marítima da zona G (Cabo Verde, Senegal Guiné-Bissau e Gâmbia), desde que a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e os parceiros internacionais se comprometam a ajudar na sua operacionalização, disponibilizando os apoios técnicos e financeiros necessários", disse o governante cabo-verdiano.
Em declarações aos jornalistas Luís Filipe Tavares sublinhou que não existe "nenhum outro sítio mais adequado para acolher um centro desta importância", destacando a localização geoestratégica e estabilidade do país.
Por sua vez, o ministro da Defesa de Portugal, país que assume a presidência do G7++FoGG, sublinhou a "circunstância muito feliz" de Cabo Verde ter assumido o compromisso de acolher o centro, considerando que se trata de uma decisão de "enorme visão e sentido estratégico".
"Envolve muitos meios materiais, recursos humanos, meios navais e Portugal mostrou a disponibilidade plena para, à luz das suas possibilidades, contribuir para que Cabo Verde possa desempenhar um trabalho importantíssimo nesta área, que envolve uma questão de segurança e defesa ao nível global", disse o ministro da Defesa português.
A reunião do grupo juntou na cidade a Praia técnicos de alto nível dos países membros para fazer o ponto de situação sobre a segurança na sub-região africana. Participaram também representantes de países da sub-região como a Nigéria, Togo e Côte d’Ivoire, além de organizações como a CEDEAO e a União Africana.
O grupo do G7++FoGG é composto por Itália, Alemanha, Canadá, Estados Unidos, Japão, Reino Unido, França, Bélgica, Brasil (observador), Coreia do Sul, Dinamarca, Espanha, Noruega, Países Baixos, Portugal, Suíça, União Europeia, Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime e Interpol.
O grupo, que inicialmente previa a cooperação em matéria de segurança marítima e o combate à pirataria, alargou o seu âmbito a questões como a pesca ilegal, ao ambiente e ao tráfico de droga, com a passagem pela região das rotas da América Latina para a Europa.
Segundo o Gabinete Marítimo Internacional, no primeiro semestre de 2016 registaram-se na região do Golfo da Guiné 52 atos de pirataria e assaltos à mão armada, números considerados preocupantes, mas abaixo dos 54 registados nos primeiros três meses de 2015.
Os incidentes envolvem o roubo do conteúdo dos navios, mas também do combustível, assim como de pequenas embarcações em ancoradouros e sequestros de tripulações.
-0- PANA CS/IZ 04dez2016