PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde acolhe ateliê sobre estratégia de trabalho decente para África
Praia, Cabo Verde (PANA) – um ateliê regional, promovido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) com o objetivo de proceder à validação de uma estratégia de trabalho decente para o continente africano, inicia-se esta segunda-feira, 27, apurou a PANA de fonte segura.
Conforme a representação da OIT em Cabo Verde, o encontro de dois dias, sob o lema “O Trabalho decente nos países de rendimento médio: uma estratégia para África”, para além da validação da estratégia de intervenção, visa também mobilizar recursos desenvolvidas pelo Escritório Regional da organização para África.
Neste fórum, a ser aberto pelo primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, estarão presentes o subdiretor-geral da OIT e diretor regional para África, Aeneas Chuma, o secretário-geral da Organização da Unidade Sindical Africana, Mezhoud Arezki, e a coordenadora residente do Sistema das Nações Unidas em Cabo Verde, Ulrika Richardson.
O evento, a ser igualmente presenciado por representantes de governos, por trabalhadores e por organizações de empregadores de 15 países de rendimento médio em África, é um iniciativa inserida no âmbito da cooperação sul-sul.
O ateliê aproveita a experiência de Cabo Verde e a facilidade da transferência de conhecimentos e boas práticas entre os Estados membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesaa (CPLP).
A OIT realça o fato de 26 dos 54 países africanos terem já sido classificados como países de rendimento médio, correspondendo a 28 e 55 porcento da área do continente africano, mas também a 56 porcento da sua população.
“A percentagem média dos cidadãos desses países que vivem abaixo do limiar de pobreza é de 38,6 porcento, ligeiramente inferior à taxa média de pobreza continente que é de 44 porcento”, disse a OIT.
Em 2014, os países classificados como sendo de rendimento médio geraram um Produto Interno Bruto (PIB) combinado de 2,2 triliões de dólares (a preços correntes) ou seja 89 porcento da receita bruta do continente.
Nos países de rendimento médio em África, a média do PIB por habitante elevou-se a quatro mil e 58 dólares americanos, um dado a ter em conta no conjunto do continente africano em que o valor se situa a volta de dois mil 200 dólares americanos.
Entretanto, o panorama Mundial Social e de Empregos da OIT alerta que, se não houver progresso na criação de trabalho de qualidade, não será possível erradicar a pobreza em todas as suas formas, meta que representa o objetivo 1 da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
Nesse seu relatório, a OIT afirmou ainda que a economia global está a mostrar novos sinais de enfraquecimento e que o resultado é mais de meio ponto percentual menor do que o previsto anteriormente.
Perante este panorama, a organização acredita que os desafios sobre a matéria passam pela proteção social, pois, seria impossível acabar-se com a pobreza sem se investir no trabalho decente, na renda remunerada e na renda proveniente do salário.
-0- PANA CS/DD 27junho2016
Conforme a representação da OIT em Cabo Verde, o encontro de dois dias, sob o lema “O Trabalho decente nos países de rendimento médio: uma estratégia para África”, para além da validação da estratégia de intervenção, visa também mobilizar recursos desenvolvidas pelo Escritório Regional da organização para África.
Neste fórum, a ser aberto pelo primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, estarão presentes o subdiretor-geral da OIT e diretor regional para África, Aeneas Chuma, o secretário-geral da Organização da Unidade Sindical Africana, Mezhoud Arezki, e a coordenadora residente do Sistema das Nações Unidas em Cabo Verde, Ulrika Richardson.
O evento, a ser igualmente presenciado por representantes de governos, por trabalhadores e por organizações de empregadores de 15 países de rendimento médio em África, é um iniciativa inserida no âmbito da cooperação sul-sul.
O ateliê aproveita a experiência de Cabo Verde e a facilidade da transferência de conhecimentos e boas práticas entre os Estados membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesaa (CPLP).
A OIT realça o fato de 26 dos 54 países africanos terem já sido classificados como países de rendimento médio, correspondendo a 28 e 55 porcento da área do continente africano, mas também a 56 porcento da sua população.
“A percentagem média dos cidadãos desses países que vivem abaixo do limiar de pobreza é de 38,6 porcento, ligeiramente inferior à taxa média de pobreza continente que é de 44 porcento”, disse a OIT.
Em 2014, os países classificados como sendo de rendimento médio geraram um Produto Interno Bruto (PIB) combinado de 2,2 triliões de dólares (a preços correntes) ou seja 89 porcento da receita bruta do continente.
Nos países de rendimento médio em África, a média do PIB por habitante elevou-se a quatro mil e 58 dólares americanos, um dado a ter em conta no conjunto do continente africano em que o valor se situa a volta de dois mil 200 dólares americanos.
Entretanto, o panorama Mundial Social e de Empregos da OIT alerta que, se não houver progresso na criação de trabalho de qualidade, não será possível erradicar a pobreza em todas as suas formas, meta que representa o objetivo 1 da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
Nesse seu relatório, a OIT afirmou ainda que a economia global está a mostrar novos sinais de enfraquecimento e que o resultado é mais de meio ponto percentual menor do que o previsto anteriormente.
Perante este panorama, a organização acredita que os desafios sobre a matéria passam pela proteção social, pois, seria impossível acabar-se com a pobreza sem se investir no trabalho decente, na renda remunerada e na renda proveniente do salário.
-0- PANA CS/DD 27junho2016