PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde acolhe XII conferência de chefes de Estado e de Governo da CPLP
Praia, Cabo Verde (PANA) – A ilha cabo-verdiana do Sal acolhe, a 17 e 18 de julho corrente, a XII conferência de chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), evento que marca a passagem da presidência da organização do Brasil para Cabo Verde, para os próximos dois anos.
Em declarações à imprensa, a propósito do evento, o chefe de Estado cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, defendeu que a presidência da CPLP por parte de Cabo Verde tem que se traduzir em avanços no domínio da mobilidade, mesmo que seja por segmentos.
Jorge Carlos Fonseca afirmou que Cabo Verde pretende “pôr ênfase num conjunto de temas e de questões, dar uma grande ênfase à questão da mobilidade, sabendo de antemão que Cabo Verde, querendo o máximo, tem noção que não se pode ter o máximo de uma só vez e de imediato”.
Escritores, artistas, agentes e bens culturais, agentes económicos, empresários, estudantes são alguns dos segmentos em que o Presidente cabo-verdiano quer “avanços e conquistas claras”.
O chefe de Estado ressalva, contudo, que, “sabendo de antemão que o que Cabo Verde pretenderia em tese pode não ter a adesão de todos os Estados-membros nessa medida”, o que se pretende é “uma declaração que se ajuste aos graus de adesão de cada país em relação à mobilidade, de forma a que cada país possa em cada período aderir a propostas de mobilidade mais ou menos avançadas”.
Cabo Verde pretende ainda “avanços no domínio da cooperação económica e empresarial, dar ênfase à economia do mar, a economia marítima, que tem a ver com os oceanos, com a economia azul”, mas também o que tem a ver com a cultura, tecnologia e inovação.
“É o que nós pretendemos que seja traduzido na presidência cabo-verdiana: uma CPLP mais dinâmica, mais mobilidade de pessoas, de agentes económicos, mais ênfase na problemática dos oceanos, uma preocupação com a difusão da língua portuguesa, uma solução mais eficiente para o IILP” (Instituto Internacional de Língua Portuguesa).
Também o ministro cabo-verdiano dos Negócios Estrangeiros, Luís Filipe Tavares, revelou que durante a XII conferência de chefes de Estado e de Governo da CPLP, Cabo Verde vai levar à cimeira "três grandes declarações" de acordo com o lema escolhido para a presidência cabo-verdiana (Pessoas, Cultura, Oceanos).
"Vamos apresentar uma declaração na área da mobilidade das pessoas, cujo conteúdo ainda estamos a negociar, mas que, de uma forma muito genérica, visa incentivar os Estados, com o secretário executivo e a presidência da CPLP, a fazer avançar o dossiê, a trabalhar para que haja mais circulação e mobilidade", explicou.
No domínio da cultura, o governante disse que a presidência cabo-verdiana dará "uma atenção muito particular" à promoção da língua portuguesa.
"Vamos levar algumas iniciativas para as Nações Unidas para um cada vez maior reconhecimento da língua portuguesa no quadro das organizações internacionais”, disse Luís Filipe Tavares, adiantando que “há várias organizações internacionais em que a língua portuguesa tem um caminho a fazer para se afirmar como língua de cultura e conhecimento e uma língua que federa povos, países, hábitos".
Cabo Verde irá ainda apresentar a proposta de criação de um mercado comum cultural e das artes no espaço lusófono, uma proposta que, segundo Luís Filipe Tavares, "já está muito avançada".
"Esta é uma área que podemos pôr em cima da mesa muito rapidamente, chegarmos a um acordo com os demais Estados-membros e fazer avançar", considerou.
Segundo o ministro, será ainda apresentada uma outra declaração na área da economia azul e da gestão dos oceanos.
"As alterações climáticas têm impactos negativos em vários dos países da CPLP, nomeadamente nos pequenos Estados insulares como Cabo Verde, e por isso vamos produzir uma declaração e depois haverá programas, projetos e ações concretas que serão desenvolvidos para darmos corpo a esse tema importante que são os oceanos", precisou.
"Se conseguirmos avançar muito bem nas três áreas que definimos, nomeadamente naquela que é para os cidadãos a mais importante, que é a que tem a ver com a mobilidade de pessoas e bens, estaremos a dar um grande contributo. Se avançarmos bem nesta área consideraremos a nossa presidência um sucesso", concluiu.
Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste são os Estados-membros da CPLP.
Na cimeira do Sal, vão ser acolhidos como observadores países como Andorra, França, Luxemburgo, Reino Unido, Itália, Argentina e provavelmente a Sérvia e o Chile, cujos dossiês estão em fase de conclusão para serem validados", disse o chefe da diplomacia cabo-verdiana.
Para Luís Filipe Tavares, o facto de a CPLP já ter mais observadores do que Estados-membros “é um sinal de vitalidade” da comunidade lusófona.
"Acredito que esta dinâmica vai trazer uma nova vida à organização. Esta presidência de Cabo Verde pode ser um momento de viragem numa perspetiva da consolidação da CPLP", acrescentou.
-0- PANA CS/IZ 15jul2018
Em declarações à imprensa, a propósito do evento, o chefe de Estado cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, defendeu que a presidência da CPLP por parte de Cabo Verde tem que se traduzir em avanços no domínio da mobilidade, mesmo que seja por segmentos.
Jorge Carlos Fonseca afirmou que Cabo Verde pretende “pôr ênfase num conjunto de temas e de questões, dar uma grande ênfase à questão da mobilidade, sabendo de antemão que Cabo Verde, querendo o máximo, tem noção que não se pode ter o máximo de uma só vez e de imediato”.
Escritores, artistas, agentes e bens culturais, agentes económicos, empresários, estudantes são alguns dos segmentos em que o Presidente cabo-verdiano quer “avanços e conquistas claras”.
O chefe de Estado ressalva, contudo, que, “sabendo de antemão que o que Cabo Verde pretenderia em tese pode não ter a adesão de todos os Estados-membros nessa medida”, o que se pretende é “uma declaração que se ajuste aos graus de adesão de cada país em relação à mobilidade, de forma a que cada país possa em cada período aderir a propostas de mobilidade mais ou menos avançadas”.
Cabo Verde pretende ainda “avanços no domínio da cooperação económica e empresarial, dar ênfase à economia do mar, a economia marítima, que tem a ver com os oceanos, com a economia azul”, mas também o que tem a ver com a cultura, tecnologia e inovação.
“É o que nós pretendemos que seja traduzido na presidência cabo-verdiana: uma CPLP mais dinâmica, mais mobilidade de pessoas, de agentes económicos, mais ênfase na problemática dos oceanos, uma preocupação com a difusão da língua portuguesa, uma solução mais eficiente para o IILP” (Instituto Internacional de Língua Portuguesa).
Também o ministro cabo-verdiano dos Negócios Estrangeiros, Luís Filipe Tavares, revelou que durante a XII conferência de chefes de Estado e de Governo da CPLP, Cabo Verde vai levar à cimeira "três grandes declarações" de acordo com o lema escolhido para a presidência cabo-verdiana (Pessoas, Cultura, Oceanos).
"Vamos apresentar uma declaração na área da mobilidade das pessoas, cujo conteúdo ainda estamos a negociar, mas que, de uma forma muito genérica, visa incentivar os Estados, com o secretário executivo e a presidência da CPLP, a fazer avançar o dossiê, a trabalhar para que haja mais circulação e mobilidade", explicou.
No domínio da cultura, o governante disse que a presidência cabo-verdiana dará "uma atenção muito particular" à promoção da língua portuguesa.
"Vamos levar algumas iniciativas para as Nações Unidas para um cada vez maior reconhecimento da língua portuguesa no quadro das organizações internacionais”, disse Luís Filipe Tavares, adiantando que “há várias organizações internacionais em que a língua portuguesa tem um caminho a fazer para se afirmar como língua de cultura e conhecimento e uma língua que federa povos, países, hábitos".
Cabo Verde irá ainda apresentar a proposta de criação de um mercado comum cultural e das artes no espaço lusófono, uma proposta que, segundo Luís Filipe Tavares, "já está muito avançada".
"Esta é uma área que podemos pôr em cima da mesa muito rapidamente, chegarmos a um acordo com os demais Estados-membros e fazer avançar", considerou.
Segundo o ministro, será ainda apresentada uma outra declaração na área da economia azul e da gestão dos oceanos.
"As alterações climáticas têm impactos negativos em vários dos países da CPLP, nomeadamente nos pequenos Estados insulares como Cabo Verde, e por isso vamos produzir uma declaração e depois haverá programas, projetos e ações concretas que serão desenvolvidos para darmos corpo a esse tema importante que são os oceanos", precisou.
"Se conseguirmos avançar muito bem nas três áreas que definimos, nomeadamente naquela que é para os cidadãos a mais importante, que é a que tem a ver com a mobilidade de pessoas e bens, estaremos a dar um grande contributo. Se avançarmos bem nesta área consideraremos a nossa presidência um sucesso", concluiu.
Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste são os Estados-membros da CPLP.
Na cimeira do Sal, vão ser acolhidos como observadores países como Andorra, França, Luxemburgo, Reino Unido, Itália, Argentina e provavelmente a Sérvia e o Chile, cujos dossiês estão em fase de conclusão para serem validados", disse o chefe da diplomacia cabo-verdiana.
Para Luís Filipe Tavares, o facto de a CPLP já ter mais observadores do que Estados-membros “é um sinal de vitalidade” da comunidade lusófona.
"Acredito que esta dinâmica vai trazer uma nova vida à organização. Esta presidência de Cabo Verde pode ser um momento de viragem numa perspetiva da consolidação da CPLP", acrescentou.
-0- PANA CS/IZ 15jul2018