Cabo Verde acolhe Conferência Económica e Cimeira dos Chefes de Estado Africanos
Praia, Cabo Verde (PANA) – A ilha cabo-verdiana do Sal vai acolhe, de 02 a 04 de dezembro próximo, a Conferência Económica para a África e uma Cimeira dos Chefes de Estados Africanos sobre o financiamento do desenvolvimento no continente, apurou a PANA, terça-feira, de fonte oficial.
Trata-se de um evento co-organizado pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), pela Comissão Económica da União Africana e pelo PNUD, com apoio das Nações Unidas e forte patrocínio do Governo e do Presidente da República de Cabo Verde, José Maria Neves.
Esta informação foi avançada à imprensa pelo vice-primeiro-ministro e ministro da Finanças, Olavo Correia, e pela coordenadora do Sistema das Nações Unidas em Cabo Verde, Ana Graça, à saída de um encontro com o novo Chefe de Estado cabo-verdiano que “já se prontificou a dar toda a colaboração para que o colóquio seja um sucesso e que Cabo Verde continue a despontar como um espaço para grandes conferências internacionais”.
Conforme Olavo Correia, a Conferencia “será um momento extraordinariamente importante e oportuno, sobretudo no contexto da pandemia da covid-19 e do pós-covid”, uma vez que permitir debater “os desafios do financiamento do desenvolvimento em África”, como se podem mobilizar mais recursos endógenos, ter uma máquina fiscal mais moderna, mais eficiente e mais capaz de mobilizar os recursos de que os países africanos precisam.
A Conferência, acrescentou, vai debater, igualmente, as formas de utilizar as novas tecnologias de informação e comunicação (TIC) na modernização dos sistemas fiscais em África, assim como os métodos para a criação das condições para aumentar a base tributária africana, combatendo a fuga, a fraude e a evasão fiscal.
A Conferência, adiantou o governante cabo-verdiano, vai ainda debater o módulo “como mobilizar os investimentos internacionais, públicos ou privados, para serem canalizados para o financiamento do desenvolvimento em África, face às novas modalidades que se abrem hoje no mundo, sobretudo tendo em conta a redução, cada vez mais, da ajuda pública, mais o aumento de janela de financiamento para o sector privado”.
O financiamento inclusivo foi apresentado à imprensa por Olavo Correia como o terceiro pilar, por forma a descobrir formas de financiar o desenvolvimento numa lógica de inclusão do ponto de vista social, regional, do género, baseada na sustentabilidade, numa economia verde, azul, digital e sustentável.
“Estamos no momento certo e será no lugar certo, em Cabo Verde, na ilha do Sal. Nós temos todo o orgulho em sediarmos esta conferência para que o continente africano possa debater os desafios do financiamento para os nossos países”, regozijou-se.
O governante lembrou que o fórum surge depois de Cabo Verde ter organizado conferências sobre o turismconferência, o que, atestou, permite ao país fazer parte do debate que se vai realizar sobre questões relacionadas com o continente africano e o mundo.
A importância da agenda dos países insulares, no âmbito do contexto da recuperação e resposta à pandemia da covid19, sobretudo no que Cabo Verde está a ter em termos de uma liderança regional no Atlântico, no Índico e no mar do sul da China, insere-se ainda no trabalho desta conferência, que de acordo com Ana Graça, vai debater soluções específicas para os Estados insulares.
A representante onusina recordou que se trata de uma discussão que está a ter lugar ao nível global, no seio das Nações Unidas, para que seja dada mais atenção ao financiamento e às questões das vulnerabilidades dos Estados insulares, assim como a nível regional.
-0- PANA CS/DD 17novembro2021