PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cabo Verde aceita receber prisioneiro de Guantánamo
Praia- Cabo Verde (PANA) -- O Governo de Cabo Verde aceitou, por razões humanitárias, o pedido dos Estados Unidos para receber um prisioneiro da base norte-americana de Guantánamo, em Cuba, soube a PANA sexta-feira na Praia de fonte oficial.
O primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, confirmou, em declarações ao semanário local "A Semana", a aceitação por parte do seu Governo do pedido feito pelas autoridades norte-americanas, após longos meses de negociações com as autoridades cabo-verdianas.
"Depois de devidamente analisado e mediante determinadas garantias, no quadro da nossa política humanitária, confirmo que Cabo Verde vai receber um dos presos de Guantánamo", disse o chefe do Governo cabo-verdiano.
Segundo o jornal, o prisioneiro é um cidadão da Síria, com mais de 50 anos, apreendido durante ações militares dos Estados Unidos - ainda no tempo da administração de George W.
Bush.
"Para todos os efeitos, trata-se de uma pessoa de uma certa idade, com alguns problemas de saúde, que não representa qualquer perigo para a nossa segurança interna e externa", explicou José Maria Neves.
O chefe do Governo cabo-verdiano adiantou que, antes de dar uma resposta aos Estados Unidos, o seu gabinete tratou do assunto com várias outras entidades, nomeadamente os demais órgãos de soberania, os partidos políticos da oposição com assento parlamentar (MPD e UCID) e as igrejas.
"Há um amplo consenso sobre a questão", assegurou, pelo que ele diz acreditar que tal procedimento não deixa espaço para "jogadas de arremesso político".
José Maria Neves refuta liminarmente a ideia de que este seja o preço a pagar por Cabo Verde ter sido eleito, pela segunda vez, para beneficiar de um novo pacote do Millenium Challenge Account (MCA), um programa de ajuda aos países em desenvolvimento posto de pé no tempo da administração do Presidente George W.
Bush.
"Se Cabo Verde quer ser ator da política internacional, nomeadamente em questões de segurança e de combate a todas as formas de criminalidade organizada, como é nossa vontade, a sua participação contempla todas as dimensões dessa política mundial", sublinhou.
Esta não é, no entanto, a primeira vez que Cabo Verde aceita receber no seu território indivíduos supostamente envolvidos em actos terroristas em países terceiros.
Nos anos 80, o Governo cabo-verdiano de então autorizou a vinda de vários indivíduos pertencentes ao grupo terrorista ETA, mediante um acordo com o Governo da Espanha.
O primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, confirmou, em declarações ao semanário local "A Semana", a aceitação por parte do seu Governo do pedido feito pelas autoridades norte-americanas, após longos meses de negociações com as autoridades cabo-verdianas.
"Depois de devidamente analisado e mediante determinadas garantias, no quadro da nossa política humanitária, confirmo que Cabo Verde vai receber um dos presos de Guantánamo", disse o chefe do Governo cabo-verdiano.
Segundo o jornal, o prisioneiro é um cidadão da Síria, com mais de 50 anos, apreendido durante ações militares dos Estados Unidos - ainda no tempo da administração de George W.
Bush.
"Para todos os efeitos, trata-se de uma pessoa de uma certa idade, com alguns problemas de saúde, que não representa qualquer perigo para a nossa segurança interna e externa", explicou José Maria Neves.
O chefe do Governo cabo-verdiano adiantou que, antes de dar uma resposta aos Estados Unidos, o seu gabinete tratou do assunto com várias outras entidades, nomeadamente os demais órgãos de soberania, os partidos políticos da oposição com assento parlamentar (MPD e UCID) e as igrejas.
"Há um amplo consenso sobre a questão", assegurou, pelo que ele diz acreditar que tal procedimento não deixa espaço para "jogadas de arremesso político".
José Maria Neves refuta liminarmente a ideia de que este seja o preço a pagar por Cabo Verde ter sido eleito, pela segunda vez, para beneficiar de um novo pacote do Millenium Challenge Account (MCA), um programa de ajuda aos países em desenvolvimento posto de pé no tempo da administração do Presidente George W.
Bush.
"Se Cabo Verde quer ser ator da política internacional, nomeadamente em questões de segurança e de combate a todas as formas de criminalidade organizada, como é nossa vontade, a sua participação contempla todas as dimensões dessa política mundial", sublinhou.
Esta não é, no entanto, a primeira vez que Cabo Verde aceita receber no seu território indivíduos supostamente envolvidos em actos terroristas em países terceiros.
Nos anos 80, o Governo cabo-verdiano de então autorizou a vinda de vários indivíduos pertencentes ao grupo terrorista ETA, mediante um acordo com o Governo da Espanha.