PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
CUA responsabilizada pelo fracasso de acordo sobre Governo de União
Addis Abeba- Etiópia (PANA)-- A Comissão da União Africana (CUA) é responsável pela falta de entendimento entre os dirigentes africanos sobre as modalidades da formação de um Governo de União no final da sua XXII cimeira em Addis Abeba, segundo alguns delegados à reunião.
No entender desses delegados, não era possível conseguir um acordo de um dia por outro.
"Era preciso antes mudar o sistema para fazer da Comissão uma Autoridade, mas o problema era a ausência de documentos detalhados sobre a emenda da Acta Constitutiva da UA, o que obrigou os dirigentes a pedir uma emenda", disse à PANA quarta-feira uma fonte ministerial.
Os chefes de Estado africanos prolongaram as suas discussões até às primeiras horas desta quarta-feira sobre as modalidades de criação de um Governo da União, começando pela transformação da CUA em Autoridade da União dentro de seis meses antes de se criar um governo federal que terá por mandato coordenar as questões transfronteiriças relativas à África.
O Presidente da CUA, Jean Ping, disse à imprensa que os dirigentes africanos aceitaram o princípio da criação da Autoridade da UA, mas que não houve um entendimento sobre as modalidades da sua criação, o que levou ao adiamento da cerimónia de encerramento do encontro.
Enquanto que os dirigentes africanos estão confrontados pela falta de clareza no que diz respeito à transformação da CUA em Autoridade e pediram para a Comissão sugerir meios para se encontrar soluções, o presidente da UA, Muamar Kadafi, insistiu para que fosse alcançado um acordo conducente ao lançamento da Autoridade.
"Rejeitamos este acordo de criar um Governo ou uma autoridade sem poder de governar.
Não é possível criar um Governo cujo mandato apresenta fraquezas", disse um responsável do Governo queniano, que considerou o projecto de documento sobre o Governo da União de "farsa", indicando que os chefes de Estado exigiam uma emenda à Acta Constitutiva e pediam mais tempo para consultar os seus Parlamentos sobre a formação da Autoridade da UA.
"Um acordo não pôde passar devido à pressa de encontrar uma solução.
Muitas vezes as pessoas se precipitam e fracassam à saída", disse à PANA um diplomata camaronês, explicando que a CUA não elaborou os detalhes da transformação da Comissão numa Autoridade nem detalhes sobre as reformas jurídicas.
Os chefes de Estado africanos retiraram-se para uma sala enquanto que os seus ministros dos Negócios Estrangeiros, que compõem o Conselho Executivo, se reuniam para analisar os detalhes da transformação das pastas actuais da Comissão em 14 ministérios, que serão dirigidos por secretários.
No entanto, as divergências foram mais profundas durante esta sessão à porta fechada, tendo as discussões sobre a representação de África a nível do Conselho de Segurança da ONU e a questão palestina sido os pontos cruciais.
"A questão de um assento permanente para a África a nível do Conselho de Segurança e a questão palestina prolongaram as discussões e levaram a um desacordo", disse à PANA um delegado etíope.
Os dirigentes africanos deixaram a sala da reunião por volta das duas 02h30 da madrugada de quarta-feira (23h30 GMT) e decidiram reunir-se de novo por volta das 10 horas da manhã (07h00 GMT) mas, a duas horas da reunião, apenas o líder líbio e quatro outros chefes de Estado tinham chegado ao local das negociações.
"Os políticos não consideraram os mecanismos jurídicos da criação da Autoridade.
O problema provém da própria Comissão.
Não preparou as modalidades desta transformação", disse o delegado camaronês insistindo que "os políticos não previram as consequências jurídicas".
No entender desses delegados, não era possível conseguir um acordo de um dia por outro.
"Era preciso antes mudar o sistema para fazer da Comissão uma Autoridade, mas o problema era a ausência de documentos detalhados sobre a emenda da Acta Constitutiva da UA, o que obrigou os dirigentes a pedir uma emenda", disse à PANA quarta-feira uma fonte ministerial.
Os chefes de Estado africanos prolongaram as suas discussões até às primeiras horas desta quarta-feira sobre as modalidades de criação de um Governo da União, começando pela transformação da CUA em Autoridade da União dentro de seis meses antes de se criar um governo federal que terá por mandato coordenar as questões transfronteiriças relativas à África.
O Presidente da CUA, Jean Ping, disse à imprensa que os dirigentes africanos aceitaram o princípio da criação da Autoridade da UA, mas que não houve um entendimento sobre as modalidades da sua criação, o que levou ao adiamento da cerimónia de encerramento do encontro.
Enquanto que os dirigentes africanos estão confrontados pela falta de clareza no que diz respeito à transformação da CUA em Autoridade e pediram para a Comissão sugerir meios para se encontrar soluções, o presidente da UA, Muamar Kadafi, insistiu para que fosse alcançado um acordo conducente ao lançamento da Autoridade.
"Rejeitamos este acordo de criar um Governo ou uma autoridade sem poder de governar.
Não é possível criar um Governo cujo mandato apresenta fraquezas", disse um responsável do Governo queniano, que considerou o projecto de documento sobre o Governo da União de "farsa", indicando que os chefes de Estado exigiam uma emenda à Acta Constitutiva e pediam mais tempo para consultar os seus Parlamentos sobre a formação da Autoridade da UA.
"Um acordo não pôde passar devido à pressa de encontrar uma solução.
Muitas vezes as pessoas se precipitam e fracassam à saída", disse à PANA um diplomata camaronês, explicando que a CUA não elaborou os detalhes da transformação da Comissão numa Autoridade nem detalhes sobre as reformas jurídicas.
Os chefes de Estado africanos retiraram-se para uma sala enquanto que os seus ministros dos Negócios Estrangeiros, que compõem o Conselho Executivo, se reuniam para analisar os detalhes da transformação das pastas actuais da Comissão em 14 ministérios, que serão dirigidos por secretários.
No entanto, as divergências foram mais profundas durante esta sessão à porta fechada, tendo as discussões sobre a representação de África a nível do Conselho de Segurança da ONU e a questão palestina sido os pontos cruciais.
"A questão de um assento permanente para a África a nível do Conselho de Segurança e a questão palestina prolongaram as discussões e levaram a um desacordo", disse à PANA um delegado etíope.
Os dirigentes africanos deixaram a sala da reunião por volta das duas 02h30 da madrugada de quarta-feira (23h30 GMT) e decidiram reunir-se de novo por volta das 10 horas da manhã (07h00 GMT) mas, a duas horas da reunião, apenas o líder líbio e quatro outros chefes de Estado tinham chegado ao local das negociações.
"Os políticos não consideraram os mecanismos jurídicos da criação da Autoridade.
O problema provém da própria Comissão.
Não preparou as modalidades desta transformação", disse o delegado camaronês insistindo que "os políticos não previram as consequências jurídicas".