Agência Panafricana de Notícias

CPJ pede inquérito sobre morte de jornalista somalí

Nairobi, Quénia (PANA) - O Comité para a Proteção de Jornalistas (CPJ) instou as autoridades somalís a fazer investigações minuciosas e julgar os autores da morte, a 21 de outubro último, do jornalista Mohamed Mohamud "Turyare", que sucumbiu aos seus ferimentos.

Num comunicado transmitido à PANA terça-feira em Nova Iorque, o CPJ, sediado em Nova Iorque, nota que Mohamed, de 22 anos de idade, repórter e editor de um site web para a rede Shabelle Media Network, foi morto por homens não identificados no bairro de Hawo Tako, no distrito de Wadajir, em Mogadíscio (capital somalí).

Ele estava hospitalizado para uma intervenção cirúrgica no abdomen, e morreu por volta das 20:30 locais.

Três outros jornalistas da Shabelle Media Network foram mortos no início deste ano, lembrou o CPJ.

Em janeiro passado, homens não identificados mataram Hassan Osman Abdi, antigo diretor da Shabelle, três meses antes da morte de Mahad Sald Adan, correspondente da Shabelle há 20 anos, vítima de disparos feitos por três agressores desconhecidos perto da sua casa.

Em maio deste ano, quatro homens armados mataram o apresentador e produtor da Shabelle, Ahmed Addow Anshur, num mercado de Mogadíscio.

"Deploramos a morte de Mohamed Mohamud "Turaye" e apresentamos as nossas condolências à sua família, aos seus amigos e colegas", declara Tom Rhodes, consultor do CPJ para a África Oriental.

"Este ano é o mais funesto para os jornalistas somalís. Esta taxa de mortalalidade recorde sublinha a urgência para as autoridades agirem para garantir a segurança na Somália, particularmente na capital", inistiu.

Segundo o CPJ, pelo menos 10 outros jornalistas foram mortos na Somália em 2012, o que o faz o pior ano para a imprensa neste país do Corno de África.

O CPJ considera a Somália como o pior país para a imprensa em África e o segundo no mundo.

-0- PANA SEG/NFB/JSG/MAR/IZ 30out2012