PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
CPJ pede inquérito sobre morte de jornalista em Madagáscar
Nova Iorque- Estados Unidos (PANA) -- As autoridades malgaxes devem julgar os membros da Guarda Presidencial responsáveis pela morte, sábado último, dum jornalista que cobria uma manifestação antigovernamental em Antananarivo, a capital da Grande Ilha do Oceano Índico, estima o Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ).
Num comunicado transmitido quarta-feira à PANA, o CPJ declara que o homem morto, Ando Ratovonirina, de 26 anos de idade, era jornalista e operador de câmara da cadeia privada Radiotelevisão Analamanga (RTS).
Ele foi morto com um tiro na cabeça depois de os militares malgaxes terem disparado contra manifestantes desarmados da oposição que se dirigiam para o Palácio Presidencial, segundo testemunhas.
Ratovonirina tinha um micro na mão e tomava notas no seu bloco, segundo o repórter Mirindra Raparivelo, que filmava a cena para a estação.
Raparivelo lembra-se ainda do barulho dos tiros e do cheiro de pólvora quando se arrastava para sair indemne deste ataque, precisa o comunicado, acrescentando que Ratovonirina é o primeiro jornalista abatido no exercício das suas funções em Madagáscar desde que o CPJ começou a sua documentação pormenorizada sobre as mortes de jornalistas em 1992.
"Estamos chocados pela morte de Ando Ratovonirina e apresentamos as nossas sentidas condolências à sua família e aos seus colegas", declarou o director do CPJ para a Secção África, Tom Rhodes, que estima que o Governo do Presidente malgaxe, Marc Ravalomanana, deve "imediatamente" investigar sobre este homicídio perpetrado por membros da Guarda Presidencial e fazer com que os responsáveis respondam pelos seus actos.
Pelo menos 25 pessoas morreram e 166 outras ficaram feridas nos tiroteios, segundo a agência Associated Press, embora os jornalistas tenham declarado que o número de vítimas seria mais elevado.
A ministra malgaxe da Defesa demitiu-se para protestar contra estes tiroteios, ao passo que as Nações Unidas apelaram para a instalação dum "processo equitativo para julgar os responsáveis".
Por outro lado, o director da RTA, Andry Raveloson, declarou ao CPJ que Ratovonirina se distinguiu pela sua paixão pelo jornalismo desde que começou a trabalhar na estação em Outubro de 2008.
"Ele acabava de terminar os seus estudos em comunicação na Universidade e queria praticar a profissão", disse Raveloson, sublinhando que o jovem jornalista, cujas exéquias estão previstas para esta quarta-feira, trabalhou igualmente para um jornal local antes de integrar a RTA.
As manifestações de sábado passado decorreram no quadro dum braço-de- ferro entre o Presidente Ravalomanana e o seu adversário Andry Rajoelina, presidente da Câmara Municipal de Antananarivo.
Rajoelina, um político de 34 anos de idade com tom contestatário, acusa o Presidente Ravalomanana de má gestão e exige a sua demissão.
O opositor malgaxe foi até se autoproclamar Presidente e instalar um Governo paralelo.
Em Janeiro último, manifestantes da oposição malgaxe incendiaram os estúdios das duas cadeias de rádio e televisão pró-governamentais em represália ao encerramento, pelo Governo do Presidente Ravalomanana, duma estação de televisão pertencente ao presidente da Câmara Municipal de Antananarivo.
Num comunicado transmitido quarta-feira à PANA, o CPJ declara que o homem morto, Ando Ratovonirina, de 26 anos de idade, era jornalista e operador de câmara da cadeia privada Radiotelevisão Analamanga (RTS).
Ele foi morto com um tiro na cabeça depois de os militares malgaxes terem disparado contra manifestantes desarmados da oposição que se dirigiam para o Palácio Presidencial, segundo testemunhas.
Ratovonirina tinha um micro na mão e tomava notas no seu bloco, segundo o repórter Mirindra Raparivelo, que filmava a cena para a estação.
Raparivelo lembra-se ainda do barulho dos tiros e do cheiro de pólvora quando se arrastava para sair indemne deste ataque, precisa o comunicado, acrescentando que Ratovonirina é o primeiro jornalista abatido no exercício das suas funções em Madagáscar desde que o CPJ começou a sua documentação pormenorizada sobre as mortes de jornalistas em 1992.
"Estamos chocados pela morte de Ando Ratovonirina e apresentamos as nossas sentidas condolências à sua família e aos seus colegas", declarou o director do CPJ para a Secção África, Tom Rhodes, que estima que o Governo do Presidente malgaxe, Marc Ravalomanana, deve "imediatamente" investigar sobre este homicídio perpetrado por membros da Guarda Presidencial e fazer com que os responsáveis respondam pelos seus actos.
Pelo menos 25 pessoas morreram e 166 outras ficaram feridas nos tiroteios, segundo a agência Associated Press, embora os jornalistas tenham declarado que o número de vítimas seria mais elevado.
A ministra malgaxe da Defesa demitiu-se para protestar contra estes tiroteios, ao passo que as Nações Unidas apelaram para a instalação dum "processo equitativo para julgar os responsáveis".
Por outro lado, o director da RTA, Andry Raveloson, declarou ao CPJ que Ratovonirina se distinguiu pela sua paixão pelo jornalismo desde que começou a trabalhar na estação em Outubro de 2008.
"Ele acabava de terminar os seus estudos em comunicação na Universidade e queria praticar a profissão", disse Raveloson, sublinhando que o jovem jornalista, cujas exéquias estão previstas para esta quarta-feira, trabalhou igualmente para um jornal local antes de integrar a RTA.
As manifestações de sábado passado decorreram no quadro dum braço-de- ferro entre o Presidente Ravalomanana e o seu adversário Andry Rajoelina, presidente da Câmara Municipal de Antananarivo.
Rajoelina, um político de 34 anos de idade com tom contestatário, acusa o Presidente Ravalomanana de má gestão e exige a sua demissão.
O opositor malgaxe foi até se autoproclamar Presidente e instalar um Governo paralelo.
Em Janeiro último, manifestantes da oposição malgaxe incendiaram os estúdios das duas cadeias de rádio e televisão pró-governamentais em represália ao encerramento, pelo Governo do Presidente Ravalomanana, duma estação de televisão pertencente ao presidente da Câmara Municipal de Antananarivo.