PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
CPJ insta Camarões a anular medida de suspensão da rádio Hot Cocoa
Abidjan, Côte d’Ivoire (PANA) – O Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), uma organização de defesa dos jornalistas sediada nos Estados Unidos, apelou às autoridades camanoresas para anular imediatamente a suspensão da estação de rádio independente Hot Cocoa 94 FM, que emite a partir de Bamenda (noroeste) e cujas instalações estão encerradas.
Segundo um comunicado transmitido à PANA, o governador da localidade, Adolphe Lele Lafrique, ordenou aos responsáveis da Hot Cocoa, a suspensão de qualquer atividade "até nova ordem".
A estação radiofónica é acusada de "incitação à desobediência civil", durante uma emissão aberta sobre as greves dos professores da região.
O representante do CPJ para a África Ocidental, Peter Nkanga, revelou que esta suspensão da rádio Hot Cocoa, encerrada desde terça-feira, é "parte integrante duma vontade permanente de censurar as manifestações de descontentamento dos Camaroneses anglófonos".
« As autoridades devem autorizar a retomada imediata das atividades da estação de rádio e cessar a censura », defendeu Nkanga.
O CPJ sublinha que o Ministério camaronês da Comunicação enviou, em dezembro último, às estações de rádio e de televisão privadas, uma circular que proíbe todos os debates sobre a situação sociopolítica na região anglófona.
Segundo o CPJ, a suspensão da Hot Cocoa representa a última duma série de tentativas de censurar as reportagens e os comentários sobre a crise política, a começar pela suspensão, desde dezembro de 2016, de 12 jornais e rádios, antes da proibição permanente da publicação de três jornais e do exercício da profissão de jornalista para os editores, e a sanção infligida individulamente a uma dezena de outros jornalistas.
A região anglófona dos Camarões foi abalada por manifestações de fúria dos habitantes que denunciam uma marginalização do poder central. Quatro pessoas foram mortas após a dispersão pela Polícia duma manifestação em Bamenda.
-0- PANA BAL/JSG/FK/IZ 12jan2017
Segundo um comunicado transmitido à PANA, o governador da localidade, Adolphe Lele Lafrique, ordenou aos responsáveis da Hot Cocoa, a suspensão de qualquer atividade "até nova ordem".
A estação radiofónica é acusada de "incitação à desobediência civil", durante uma emissão aberta sobre as greves dos professores da região.
O representante do CPJ para a África Ocidental, Peter Nkanga, revelou que esta suspensão da rádio Hot Cocoa, encerrada desde terça-feira, é "parte integrante duma vontade permanente de censurar as manifestações de descontentamento dos Camaroneses anglófonos".
« As autoridades devem autorizar a retomada imediata das atividades da estação de rádio e cessar a censura », defendeu Nkanga.
O CPJ sublinha que o Ministério camaronês da Comunicação enviou, em dezembro último, às estações de rádio e de televisão privadas, uma circular que proíbe todos os debates sobre a situação sociopolítica na região anglófona.
Segundo o CPJ, a suspensão da Hot Cocoa representa a última duma série de tentativas de censurar as reportagens e os comentários sobre a crise política, a começar pela suspensão, desde dezembro de 2016, de 12 jornais e rádios, antes da proibição permanente da publicação de três jornais e do exercício da profissão de jornalista para os editores, e a sanção infligida individulamente a uma dezena de outros jornalistas.
A região anglófona dos Camarões foi abalada por manifestações de fúria dos habitantes que denunciam uma marginalização do poder central. Quatro pessoas foram mortas após a dispersão pela Polícia duma manifestação em Bamenda.
-0- PANA BAL/JSG/FK/IZ 12jan2017