PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
CPJ exige libertação de jornalista Eliezer Ntambwe na RD Congo
Abidjan, Côte d'Ivoire (PANA) - O Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) exige das autoridades da República Democrática do Congo (RDC) que libertem imediatamente o jornalista Eliezer Ntambwe, detido a 2 de abril corrente sem acusação nas instalações do Procuradoria-Geral em Kinshasa, a capital do país.
Segundo o seu conselheiro, Hervé Diakiese, e o Observatório para a Liberdade de Imprensa em África (OLPA), o jornalista Ntambwe, apresentador do canal de notícias privado "Tokomi Wapi", foi capturado terça-feira última de manhã pela polícia judiciária no seu escritório editorial e levado às instalações da Procuradoria geral da República.
A sua captura, sem acusação, deveu-se ao facto de este último ter acusado de difamação e extorsão do fundo o governador da província de Kasai-Oriental, Ngoyi Kasanji.
O governador Kasanji explicou que o jornalista Ntambwe havia tentado obter o seu dinheiro, ameaçando transmitir uma entrevista de 8 de março último na qual dois convidados o acusavam de ter a ver com a violenta apreensão de um diamante a um menor.
O jornalista Ntambwe teria lhe pedido dinheiro em troca do silêncio que ele se recusou a pagar.
Para a coordenadora do Programa para África do CPJ, Angela Quintal, nenhum jornalista deve ser privado de liberdade por simples acusações de uma figura pública potente, até que os factos sejam claramente estabelecidos.
"Eliezer Ntambwe deve ser liberto enquanto o processo judicial estiver em curso", reclamou Quintal.
No entanto, o governador Kasanji declarou ao CPJ que a detenção do jornalista Ntambwe foi justificada porque o procurador-geral prosseguia inquéritos sobre acusações contra si.
Porém, o advogado de defesa, Diakiese, contraria esta posição, defendendo que o processo de investigação pode ser conduzido sem que seu cliente esteja preso, apresentando consequentemente um pedido de soltura para o jornalista Ntambwe.
De acordo com o Código Processual e Penal, após a detenção do jornalista Ntambwe, o procurador tem cinco dias para conduzir as suas investigações, devendo, para além dos cinco dias, pedir ao juiz uma detenção preventiva de 15 dias adicionais.
Os jornalistas congoleses exigem a libertação do seu colega após a sua detenção durante uma manifestação fora das instalações do Procuradoria-Geral.
O advogado) Diakiese e dois jornalistas congoleses consideram que a detenção do seu colega Ntambwe visa intimidar a imprensa.
O CPJ diz estar a documentar, desde 2017, casos repetidos de detenção e de perseguição de jornalistas na República Democrática do Congo.
-0- PANA BAL/DIM/DD 05abril2018
Segundo o seu conselheiro, Hervé Diakiese, e o Observatório para a Liberdade de Imprensa em África (OLPA), o jornalista Ntambwe, apresentador do canal de notícias privado "Tokomi Wapi", foi capturado terça-feira última de manhã pela polícia judiciária no seu escritório editorial e levado às instalações da Procuradoria geral da República.
A sua captura, sem acusação, deveu-se ao facto de este último ter acusado de difamação e extorsão do fundo o governador da província de Kasai-Oriental, Ngoyi Kasanji.
O governador Kasanji explicou que o jornalista Ntambwe havia tentado obter o seu dinheiro, ameaçando transmitir uma entrevista de 8 de março último na qual dois convidados o acusavam de ter a ver com a violenta apreensão de um diamante a um menor.
O jornalista Ntambwe teria lhe pedido dinheiro em troca do silêncio que ele se recusou a pagar.
Para a coordenadora do Programa para África do CPJ, Angela Quintal, nenhum jornalista deve ser privado de liberdade por simples acusações de uma figura pública potente, até que os factos sejam claramente estabelecidos.
"Eliezer Ntambwe deve ser liberto enquanto o processo judicial estiver em curso", reclamou Quintal.
No entanto, o governador Kasanji declarou ao CPJ que a detenção do jornalista Ntambwe foi justificada porque o procurador-geral prosseguia inquéritos sobre acusações contra si.
Porém, o advogado de defesa, Diakiese, contraria esta posição, defendendo que o processo de investigação pode ser conduzido sem que seu cliente esteja preso, apresentando consequentemente um pedido de soltura para o jornalista Ntambwe.
De acordo com o Código Processual e Penal, após a detenção do jornalista Ntambwe, o procurador tem cinco dias para conduzir as suas investigações, devendo, para além dos cinco dias, pedir ao juiz uma detenção preventiva de 15 dias adicionais.
Os jornalistas congoleses exigem a libertação do seu colega após a sua detenção durante uma manifestação fora das instalações do Procuradoria-Geral.
O advogado) Diakiese e dois jornalistas congoleses consideram que a detenção do seu colega Ntambwe visa intimidar a imprensa.
O CPJ diz estar a documentar, desde 2017, casos repetidos de detenção e de perseguição de jornalistas na República Democrática do Congo.
-0- PANA BAL/DIM/DD 05abril2018