Agência Panafricana de Notícias

CPJ exige libertação de jornalista gambiana

Nova Iorque- Estados Unidos (PANA) -- O Comité para a Protecção dos Jornalistas (CPJ) exige a libertação da jornalista gambiana Augustine Kanjia, detida segunda-feira última quando cobria uma audiência antes do julgamento relativo a um caso de sedição que implica sete jornalistas, indica um comunicado da organização transmitido quarta-feira à PANA em Nova Iorque.
O CPJ precisou que a jornalista do diário privado The Point continua detida sem acusação terça-feira num Comissariado de Serrekunda, a maior cidade da Gâmbia, citando o seu advogado Assan Martin.
"Um agente civil de segurança deteve a jornalista segunda-feira depois de ter confiscado o seu máquina fotográfica", relatou o comunicado do CPJ.
Kanjia fazia parte das dezenas de jornalistas, incluindo uma equipa de operadores de câmara dos serviços da rádio e televisão gambianas, que se mobilizaram diante do Tribunal de primeira instância de Serrekunda.
"Esta detenção, que se inscreve na série de encarceramentos na semana passada de sete jornalistas gambianos, traduz uma antiga tendência de intimidação e criminalização do jornalismo independente", denunciou Tom Rhodes, coordenador do CPJ para África, pedindo às autoridades gambianas para libertar imediatamente Augustine Kanjia.
Kanjia, uma cidadã serraleonesa que fugiu do seu país durante a guerra civil, foi contratada pelo jornal The Point em 1994.
Os sete jornalistas são acusados de sedição por ter criticado o Presidente gambiano Yahya Jammeh pelas suas declarações indecorosas em relação à morte não esclarecida em 2004 do chefe de redacção do diário The Point, Deyda Hydara.
Desde 2001, pelo menos 10 jornalistas fugiram da perseguição e de abusos em curso na Gâmbia, segundo o CPJ.