PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
CPJ exige levantamento de suspensão de rádio da ONU na RD Congo
Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) - O Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) exortou o Governo da República Democrática do Congo (RDC) a levantar a suspensão imposta sábado à rádio Okapi, das Nações Unidas, na capital, Kinshasa.
A rádio Okapi, a estação de rádio mais popular do país, deixou de emitir sábado à tarde quando a sua frequência foi suspensa, noticia a estação no seu site na internet.
As emissões da rádio foram bloqueadas em Kinshasa, mas são difundidas em outras cidades do país.
O presidente do Conselho Superior do Audiovisual e da Comunicação, Jean-Bosco Bahala, declarou que a rádio Okapi foi suspensa por quatro dia por não conformidade administrativa, tendi sido acusada de não ter entregue à agência alguns documento que ela devia examinar.
Mas, a imprensa local declarou ao CPJ que esta suspensão deveria estar ligada com a divulgação quinta-feira duma entrevista de Jean-Marie Runiga, o líder dos rebeldes do Movimento de 23 de Março (M23), que controlam uma parte do leste da RD Congo.
Durante a entrevista concedida à rádio Okapi, Runiga criticou a gestão das negociações de paz com os rebeldes pelo Presidente Joseph Kabila, exigindo a detenção de John Numbi, o chefe da Polícia Nacional, no quadro do assassinato da ativista Floribert Chebeya.
Bahala rejeitou que a suspensão da rádio Okapi esteja ligada à entrevista de Runiga, reconhecendo que o CSAC pediu à rádio para censurar a sua cobertura de factos ligados aos rebeldes.
A Missão de Estabilização das Nações Unidas na República Democrática do Congo (MONUSCO) divulgou um comunicado domingo indicando que a suspensão da rádio Okapi teve lugar sem notificação.
O emissário especial do Secretário-Geral das Nações Unidas na RDC, Roger Meece, qualificou o momento escolhido para esta suspensão e a ausência de notificação de "perturbadores e deploráveis".
A rádio Okapi é um projeto comum da MONUSCO e da Fundação Hirondelle, sediada na Suíça. As suas emissões são divulgadas em francês e em quatro línguas nacionais. A sua audiência estima-se em 22 milhões de auditores em todo território da RD Congo.
"Condenamos as autoridades congolesas por esta censura da rádio Okapi, imposta depois de a estação divulgar uma cobertura independente do conflito entre o Governo e os rebeldes do M23", declarou o coordenador de advocacia para África do CPJ, Mohamed Keita.
"Convidamos as autoridades a levantar imediatamente esta suspensão, que priva milhões de Congoleses duma fonte fiável de informações e apelamos às Nações Unidas a exprimir mais forte o seu apoio à rádio Okapi", sublinhou.
-0- PANA SEG/FJG/TBM/IBA/MAR/TON 04dez2012
A rádio Okapi, a estação de rádio mais popular do país, deixou de emitir sábado à tarde quando a sua frequência foi suspensa, noticia a estação no seu site na internet.
As emissões da rádio foram bloqueadas em Kinshasa, mas são difundidas em outras cidades do país.
O presidente do Conselho Superior do Audiovisual e da Comunicação, Jean-Bosco Bahala, declarou que a rádio Okapi foi suspensa por quatro dia por não conformidade administrativa, tendi sido acusada de não ter entregue à agência alguns documento que ela devia examinar.
Mas, a imprensa local declarou ao CPJ que esta suspensão deveria estar ligada com a divulgação quinta-feira duma entrevista de Jean-Marie Runiga, o líder dos rebeldes do Movimento de 23 de Março (M23), que controlam uma parte do leste da RD Congo.
Durante a entrevista concedida à rádio Okapi, Runiga criticou a gestão das negociações de paz com os rebeldes pelo Presidente Joseph Kabila, exigindo a detenção de John Numbi, o chefe da Polícia Nacional, no quadro do assassinato da ativista Floribert Chebeya.
Bahala rejeitou que a suspensão da rádio Okapi esteja ligada à entrevista de Runiga, reconhecendo que o CSAC pediu à rádio para censurar a sua cobertura de factos ligados aos rebeldes.
A Missão de Estabilização das Nações Unidas na República Democrática do Congo (MONUSCO) divulgou um comunicado domingo indicando que a suspensão da rádio Okapi teve lugar sem notificação.
O emissário especial do Secretário-Geral das Nações Unidas na RDC, Roger Meece, qualificou o momento escolhido para esta suspensão e a ausência de notificação de "perturbadores e deploráveis".
A rádio Okapi é um projeto comum da MONUSCO e da Fundação Hirondelle, sediada na Suíça. As suas emissões são divulgadas em francês e em quatro línguas nacionais. A sua audiência estima-se em 22 milhões de auditores em todo território da RD Congo.
"Condenamos as autoridades congolesas por esta censura da rádio Okapi, imposta depois de a estação divulgar uma cobertura independente do conflito entre o Governo e os rebeldes do M23", declarou o coordenador de advocacia para África do CPJ, Mohamed Keita.
"Convidamos as autoridades a levantar imediatamente esta suspensão, que priva milhões de Congoleses duma fonte fiável de informações e apelamos às Nações Unidas a exprimir mais forte o seu apoio à rádio Okapi", sublinhou.
-0- PANA SEG/FJG/TBM/IBA/MAR/TON 04dez2012