PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
CPJ e RSF exigem libertação imediata de jornalista Ghys Bemba detido no Congo
Abidjan, Côte d’Ivoire (PANA) - O Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) e Repórteres Sem Fronteiras (RSF) pediram ao Presidente congolês, Denis Sassou-Nguesso, para intervir a fim de libertar de imediato o editor do jornal privado Talassa, Ghys Fortune Dombe Bemba, detido sem inculpação desde 11 de janeiro último.
Numa correspondência enviada ao Presidente Nguesso, o diretor executivo do CPJ, Joël Simon, e o secretário-geral de RSF, Christophe Deloire, e os cossignatários da carta exprimiram « a sua profunda preocupação relativa ao encarceramento sem inculpação » de Ghys Bemba desde 11 de janeiro último.
Segundo estas duas organizações de defesa da liberdade da imprensa, « a detenção de Bemba, que dura há mais de oito meses, sem julgamento, é desumana e ressoa como uma intimidação contra todos os órgãos de comunicação no Congo.
Afirmaram que o Governo desrespeita os direitos fundamentais dos jornalistas de recolher e de difundir informações, avisando que eles próprios poderão ser aprisionados.
« Pedimos-lhe com insistência para usar a sua influência a fim de se certificar de que Ghys Fortuné Bemba esteja imediatamente liberto e que todos os inquéritos contra si sejam abandonados. A liberdade de imprensa na República do Congo depende dum clima no qual os jornalistas possam trabalhar sem medo de represália, o que depende da sua liderança”, defendem os responsáveis do CPJ e de RSF na carta enviada ao Presidente Sassou Nguesso.
Os serviços de segurança congoleses detiveram Bemba em Brazzaville a 11 de janeiro último, por acusação, segundo uma declaração do procurador da República, André Oko Ngakala, « por cumplicidade no atentado contra a segurança do Estado », relativamente à publicação duma declaração do ex-líder rebelde, Frédéric Bintsamou Pasteur Ntumi.
A detenção de Bemba ocorreu durante uma irrupção das forças de segurança congolesas pelas instalações de Talassa a 9 de janeiro último, a fim, segundo a imprensa congolesa, de impedir a publicação do jornal.
Segundo um fonte próxima do processo do jornalista, o pedido de liberdade condicional, enquanto se aguarda pelo seu julgamento, foi rejeitado e nenhuma data de audiência foi fixada para a sequência do caso.
O CPJ indica ter contactado em julho último Séraphin Ondele, o diretor de Gabinete do ministro congolês do Interior , que afirmou não estar ao corrente do caso de Bemba.
Le CPJ indique avoir contacté en juillet dernier Séraphin Ondele, le directeur de Cabinet du ministre congolais de l'Intérieur, qui a affirmé ne pas être au courant du cas de M. Bemba.
O CPJ acrescenta que não é pela primeira vez que Bemba e o seu jornal são visados pelas autoridades congolesas, tendo sido capturado em 2015, em relação a um artigo crítico à administração pública com a suspensão de Talassa durante dois meses em 2007 e durante quatro meses em 2013.
-0- PANA BAL/JSG/IBA/FK/DD 19set2017
Numa correspondência enviada ao Presidente Nguesso, o diretor executivo do CPJ, Joël Simon, e o secretário-geral de RSF, Christophe Deloire, e os cossignatários da carta exprimiram « a sua profunda preocupação relativa ao encarceramento sem inculpação » de Ghys Bemba desde 11 de janeiro último.
Segundo estas duas organizações de defesa da liberdade da imprensa, « a detenção de Bemba, que dura há mais de oito meses, sem julgamento, é desumana e ressoa como uma intimidação contra todos os órgãos de comunicação no Congo.
Afirmaram que o Governo desrespeita os direitos fundamentais dos jornalistas de recolher e de difundir informações, avisando que eles próprios poderão ser aprisionados.
« Pedimos-lhe com insistência para usar a sua influência a fim de se certificar de que Ghys Fortuné Bemba esteja imediatamente liberto e que todos os inquéritos contra si sejam abandonados. A liberdade de imprensa na República do Congo depende dum clima no qual os jornalistas possam trabalhar sem medo de represália, o que depende da sua liderança”, defendem os responsáveis do CPJ e de RSF na carta enviada ao Presidente Sassou Nguesso.
Os serviços de segurança congoleses detiveram Bemba em Brazzaville a 11 de janeiro último, por acusação, segundo uma declaração do procurador da República, André Oko Ngakala, « por cumplicidade no atentado contra a segurança do Estado », relativamente à publicação duma declaração do ex-líder rebelde, Frédéric Bintsamou Pasteur Ntumi.
A detenção de Bemba ocorreu durante uma irrupção das forças de segurança congolesas pelas instalações de Talassa a 9 de janeiro último, a fim, segundo a imprensa congolesa, de impedir a publicação do jornal.
Segundo um fonte próxima do processo do jornalista, o pedido de liberdade condicional, enquanto se aguarda pelo seu julgamento, foi rejeitado e nenhuma data de audiência foi fixada para a sequência do caso.
O CPJ indica ter contactado em julho último Séraphin Ondele, o diretor de Gabinete do ministro congolês do Interior , que afirmou não estar ao corrente do caso de Bemba.
Le CPJ indique avoir contacté en juillet dernier Séraphin Ondele, le directeur de Cabinet du ministre congolais de l'Intérieur, qui a affirmé ne pas être au courant du cas de M. Bemba.
O CPJ acrescenta que não é pela primeira vez que Bemba e o seu jornal são visados pelas autoridades congolesas, tendo sido capturado em 2015, em relação a um artigo crítico à administração pública com a suspensão de Talassa durante dois meses em 2007 e durante quatro meses em 2013.
-0- PANA BAL/JSG/IBA/FK/DD 19set2017