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Agência Panafricana de Notícias
CPJ denuncia expulsão e ameaça de morte contra jornalistas na Guiné-Bissau
Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) - O Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) condenou a decisão tomada segunda-feira pela Guiné-Bissau de expulsar um jornalista português, Fernando Teixeira Gomes, do país, após a sua reportagem crítica ao Governo de transição.
O CPJ referia-se a uma carta, enviada pelo Ministério da Comunicação da Guiné-Bissau, a Gomes, chefe do gabinete da Rádiotelevisão Portuguesa (RTP) na Guiné-Bissau, ordenando-lhe a deixar o país esta semana.
"A expulsão de Fernando Teixeira Gomes é um golpe duro para a democracia nas vésperas das eleições presidenciais", denunciou Mohamed Keita, coordenador do CPJ para África.
"Estamos igualmente alarmados pelas informações que revelam intimidação oficial contra o jornalista free-lance António Aly Silva e atribuímos a responsabilidade pela segurança do mesmo às autoridades guineenses", acrescentou.
Segundo o diretor da informação da RTP, Nuno Santos, Teixeira Gomes deve chegar esta sexta-feira a Portugal, após ter sido acusado de divulgar "informações hostís" ao Governo guineense.
As relações entre Portugal e este país da África Ocidental, sua antiga colónia, degradaram-se desde o golpe de Estado militar de 12 de abril último perpetrado pelo general Antonio Indjai, nas vésperas da segunda volta das eleições presidencias que estavam previstas para 29 do mesmo mês.
Durante esta intentona, soldados colocaram em detenção António Aly Silva, um jornalista free-lance e blogger baseado em Bissau, a capital da Guiné-Bissau, durante nove horas por ter divulgado fotos do Exército quando cercavam a residência do então primeiro-ministro, Carlos Domingos Gomes Júnior.
No termo dum acordo político, a junta militar transferiu o poder em maio a um governo civil de transição, que acusou Portugal de ter orquestrado um "golpe de Estado abortado" em outubro.
Aly Silva declarou ao CPJ que soldados a bordo dum veículo banalizado visitaram a sua casa esta semana, ameaçando matá-lo e consequentemente ele fugiu para se pôr ao abrigo.
Fernando Gomes é o segundo jornalista da RTP expulso da Guiné-Bissau. Em 2002, a RTP tinha sido banida e João Pereira da Silva, o então chefe do escritório local, viu-se obrigado a deixar o país por ter divulgado "informações suscetíveis de manchar a boa imagem da Guiné-Bissau no estrangeiro".
-0- PANA SEG/NFB/JSG/IBA/MAR/DD 02nov2012
O CPJ referia-se a uma carta, enviada pelo Ministério da Comunicação da Guiné-Bissau, a Gomes, chefe do gabinete da Rádiotelevisão Portuguesa (RTP) na Guiné-Bissau, ordenando-lhe a deixar o país esta semana.
"A expulsão de Fernando Teixeira Gomes é um golpe duro para a democracia nas vésperas das eleições presidenciais", denunciou Mohamed Keita, coordenador do CPJ para África.
"Estamos igualmente alarmados pelas informações que revelam intimidação oficial contra o jornalista free-lance António Aly Silva e atribuímos a responsabilidade pela segurança do mesmo às autoridades guineenses", acrescentou.
Segundo o diretor da informação da RTP, Nuno Santos, Teixeira Gomes deve chegar esta sexta-feira a Portugal, após ter sido acusado de divulgar "informações hostís" ao Governo guineense.
As relações entre Portugal e este país da África Ocidental, sua antiga colónia, degradaram-se desde o golpe de Estado militar de 12 de abril último perpetrado pelo general Antonio Indjai, nas vésperas da segunda volta das eleições presidencias que estavam previstas para 29 do mesmo mês.
Durante esta intentona, soldados colocaram em detenção António Aly Silva, um jornalista free-lance e blogger baseado em Bissau, a capital da Guiné-Bissau, durante nove horas por ter divulgado fotos do Exército quando cercavam a residência do então primeiro-ministro, Carlos Domingos Gomes Júnior.
No termo dum acordo político, a junta militar transferiu o poder em maio a um governo civil de transição, que acusou Portugal de ter orquestrado um "golpe de Estado abortado" em outubro.
Aly Silva declarou ao CPJ que soldados a bordo dum veículo banalizado visitaram a sua casa esta semana, ameaçando matá-lo e consequentemente ele fugiu para se pôr ao abrigo.
Fernando Gomes é o segundo jornalista da RTP expulso da Guiné-Bissau. Em 2002, a RTP tinha sido banida e João Pereira da Silva, o então chefe do escritório local, viu-se obrigado a deixar o país por ter divulgado "informações suscetíveis de manchar a boa imagem da Guiné-Bissau no estrangeiro".
-0- PANA SEG/NFB/JSG/IBA/MAR/DD 02nov2012