PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
CPJ denuncia detenção de jornalistas na Etiópia
Accra, Gana (PANA) – O Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) denuncia, num comunicado divulgado sábado, a detenção desde terça-feira passada pelas autoridades etíopes da jornalista Reeyot Alemu, colaboradora do semanário independente Feteh.
Segundo o CPJ, a jornalista deverá passar as próximas quatro semanas em detenção no quadro da aplicação da lei antiterrorismo.
Alemu é a segunda jornalista presa e detida sem culpa formada em menos de uma semana na Prisão de Maekelawi na capital, Addis Abeba.
A editora-chefe adjunta do semanário, Awramba Times, está igualmente detida desde domingo passado, segundo o CPJ.
Segundo o CPJ, as autoridades não deram as razões da detenção de Alemu, mas um advogado local, que guardou o anonimato por receio de represálias por parte do Governo, declarou ao CPJ que ela foi mantida em detenção preventiva para um período de 28 dias, enquanto esperar pelo fim do inquérito sobre ela.
Este é o período mínimo de detenção preventiva no quadro da lei etíope de 2009 contra o terrorismo, segundo peritos judiciais.
O código de procedimento penal etíope autoriza a detenção preventiva num mínimo de 14 dias.
Segundo o CPJ, o porta-voz do Governo etíope, Bereket Simon, declarou sexta-feira não poder comentar estes casos de imediato.
Segundo a imprensa local, a detenção de Alemu poderia estar ligada aos seus artigos críticos para o EPREDF (partido no poder).
O seu artigo de 17 de junho no Feteh criticava os métodos de angariamento de fundos do Governo para o projeto de barragem de Abay e comparava o primeiro-ministro, Meles Zenawi, ao guia líbio Muamar Kadafi, segundo a imprensa local.
« Condenamos a detenção sem inculpação de Reeyot Alemu », declarou o Coordenador de Advocacia para África do CPJ, Mohammed Keita.
« Já que Alemu criticava frequentemente o Governo, estamos preocupados com a possível utilização de disposições vagamente expressas da lei antiterroismo para intentar contra ela processos judiciais. Apelamos às autoridades de Addis Abeba a libertá-la imediatamente », disse.
Alemu foi pres num liceu de Addis Abeba onde ela ensina inglês, segundo a imprensa local. A Polícia revistou igualmente o seu domicílio.
Atualmente, seis jornalistas estão detidos na Etiópia, classificada apenas atrás da Eritreia, país onde há o maior número de jornalistas aprisionados.
Cerca de 17 profissionais da imprensa estão em prisões secretas na Eritreia, segundo o CPJ.
-0- PANA MA/FJG/JSG/SOC/MAR/TON 26junho2011
Segundo o CPJ, a jornalista deverá passar as próximas quatro semanas em detenção no quadro da aplicação da lei antiterrorismo.
Alemu é a segunda jornalista presa e detida sem culpa formada em menos de uma semana na Prisão de Maekelawi na capital, Addis Abeba.
A editora-chefe adjunta do semanário, Awramba Times, está igualmente detida desde domingo passado, segundo o CPJ.
Segundo o CPJ, as autoridades não deram as razões da detenção de Alemu, mas um advogado local, que guardou o anonimato por receio de represálias por parte do Governo, declarou ao CPJ que ela foi mantida em detenção preventiva para um período de 28 dias, enquanto esperar pelo fim do inquérito sobre ela.
Este é o período mínimo de detenção preventiva no quadro da lei etíope de 2009 contra o terrorismo, segundo peritos judiciais.
O código de procedimento penal etíope autoriza a detenção preventiva num mínimo de 14 dias.
Segundo o CPJ, o porta-voz do Governo etíope, Bereket Simon, declarou sexta-feira não poder comentar estes casos de imediato.
Segundo a imprensa local, a detenção de Alemu poderia estar ligada aos seus artigos críticos para o EPREDF (partido no poder).
O seu artigo de 17 de junho no Feteh criticava os métodos de angariamento de fundos do Governo para o projeto de barragem de Abay e comparava o primeiro-ministro, Meles Zenawi, ao guia líbio Muamar Kadafi, segundo a imprensa local.
« Condenamos a detenção sem inculpação de Reeyot Alemu », declarou o Coordenador de Advocacia para África do CPJ, Mohammed Keita.
« Já que Alemu criticava frequentemente o Governo, estamos preocupados com a possível utilização de disposições vagamente expressas da lei antiterroismo para intentar contra ela processos judiciais. Apelamos às autoridades de Addis Abeba a libertá-la imediatamente », disse.
Alemu foi pres num liceu de Addis Abeba onde ela ensina inglês, segundo a imprensa local. A Polícia revistou igualmente o seu domicílio.
Atualmente, seis jornalistas estão detidos na Etiópia, classificada apenas atrás da Eritreia, país onde há o maior número de jornalistas aprisionados.
Cerca de 17 profissionais da imprensa estão em prisões secretas na Eritreia, segundo o CPJ.
-0- PANA MA/FJG/JSG/SOC/MAR/TON 26junho2011