PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
CPJ condena expulsão de segundo jornalista do Congo
Dakar, Senegal (PANA) - O Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) condenou a expulsão dum segundo jornalista, Elie Smith, pelo Governo congolês num espaço de uma semana, indica um comunicado da referida entidade a que a PANA teve acesso.
« A Polícia deslocou-se, sexta-feira última, ao escritório de Smith na capital congolesa, Brazzaville, obrigando-o a deixar o país, invocando um acórdão de expulsão assinado pelo ministério do Interior que ainda assim o proibe de regressar ao Congo », indica a nota desta organização de defesa dos direitos da imprensa, sediada em Nova Iorque, nos Estados Unidos.
Segundo o CPJ, a Polícia acusou Smith, de nacionalidade camaronesa, de atos sediciosos, de comentários subversivos não especificados e de trabalhar contra os interesses do Governo congolês a favor de potências estrangeiras.
O jornalista, cuja expulsão se segue a um ataque perpetrado em setembro último contra a sua casa em Brazzaville, trabalha para a cadeia pró-governamental MNTV, pertencente a um irmão do Presidente congolês, Denis Sassou Nguesso, de acordo com o documento.
« Alguém tentou silenciar o jornalista Elie Smith atacando-o e a sua família mas isto não funcionou. As autoridades tentam agora impor-lhe o silêncio expulsando-o do país », sublinhou o representante do CPJ na África Ocidental, Peter Nkanga.
« Apelamos às autoridades para realizarem um inquérito aprofundado sobre o ataque contra Smith e a sua família e julgarem os culpados em tribunal, incluindo o mentor. Apelamos-lhes ainda para permitirem a Smith e a todos os outros jornalistas da República do Congo fazerem o seu trabalho sem receio de represálias”, lê-se no comunicado.
Segundo a organização de defesa dos direitos da imprensa revelou igualmente, Smith declarou aos jornalistas nos Camarões achar que tinha sido obrigado a deixar o Congo porque ele exigia que a Polícia congolesa continuasse o inquérito sobre o atentado de 10 setembro último contra ele e a sua família.
Ele disse ter sido informado que o ataque tinha sido provavelmente perpetrado em represália ao facto de ele ter coberto uma manifestação da oposição, referiu o documento.
Acrescentou que os assaltantes que tinham saqueado a sua casa, depois de o terem atacado, bem como a sua irmã, falavam por telefone com alguém durante o assalto.
Por outro lado, o CPJ revelou que a Polícia congolesa tinha detido mais tarde suspeitos, identificados como sendo membros do pessoal de segurança, mas sem deitar a mão ao mentor deste ataque.
A organização de defesa dos direitos da imprensa disse ter contactado por telefone o ministro congolês do Interior, Raymond Mboulou, pedindo-lhe esclarecimentos sobre a natureza dos atos sediciosos e subversivos específicos ou comentários imputados a Smith.
Todavia, lamentou o CPJ, o governante congolês pôs termo pura i simplesmente à comunicação telefónica uma vez evocada a questão.
A 23 de setembro último, a Polícia congolesa forçou uma jornalista independente, Sadio Kanté, a deixar o país, acusando-a de perturbar a paz, consumir droga e de estada irregular no Congo.
Negando estas alegações, Kanté sublinhou ter nascido em Brazzaville dum pai maliano e duma mãe senegalesa.
-0- PANA MLJ/AR/AKA/IS/FK/DD 2out2014
« A Polícia deslocou-se, sexta-feira última, ao escritório de Smith na capital congolesa, Brazzaville, obrigando-o a deixar o país, invocando um acórdão de expulsão assinado pelo ministério do Interior que ainda assim o proibe de regressar ao Congo », indica a nota desta organização de defesa dos direitos da imprensa, sediada em Nova Iorque, nos Estados Unidos.
Segundo o CPJ, a Polícia acusou Smith, de nacionalidade camaronesa, de atos sediciosos, de comentários subversivos não especificados e de trabalhar contra os interesses do Governo congolês a favor de potências estrangeiras.
O jornalista, cuja expulsão se segue a um ataque perpetrado em setembro último contra a sua casa em Brazzaville, trabalha para a cadeia pró-governamental MNTV, pertencente a um irmão do Presidente congolês, Denis Sassou Nguesso, de acordo com o documento.
« Alguém tentou silenciar o jornalista Elie Smith atacando-o e a sua família mas isto não funcionou. As autoridades tentam agora impor-lhe o silêncio expulsando-o do país », sublinhou o representante do CPJ na África Ocidental, Peter Nkanga.
« Apelamos às autoridades para realizarem um inquérito aprofundado sobre o ataque contra Smith e a sua família e julgarem os culpados em tribunal, incluindo o mentor. Apelamos-lhes ainda para permitirem a Smith e a todos os outros jornalistas da República do Congo fazerem o seu trabalho sem receio de represálias”, lê-se no comunicado.
Segundo a organização de defesa dos direitos da imprensa revelou igualmente, Smith declarou aos jornalistas nos Camarões achar que tinha sido obrigado a deixar o Congo porque ele exigia que a Polícia congolesa continuasse o inquérito sobre o atentado de 10 setembro último contra ele e a sua família.
Ele disse ter sido informado que o ataque tinha sido provavelmente perpetrado em represália ao facto de ele ter coberto uma manifestação da oposição, referiu o documento.
Acrescentou que os assaltantes que tinham saqueado a sua casa, depois de o terem atacado, bem como a sua irmã, falavam por telefone com alguém durante o assalto.
Por outro lado, o CPJ revelou que a Polícia congolesa tinha detido mais tarde suspeitos, identificados como sendo membros do pessoal de segurança, mas sem deitar a mão ao mentor deste ataque.
A organização de defesa dos direitos da imprensa disse ter contactado por telefone o ministro congolês do Interior, Raymond Mboulou, pedindo-lhe esclarecimentos sobre a natureza dos atos sediciosos e subversivos específicos ou comentários imputados a Smith.
Todavia, lamentou o CPJ, o governante congolês pôs termo pura i simplesmente à comunicação telefónica uma vez evocada a questão.
A 23 de setembro último, a Polícia congolesa forçou uma jornalista independente, Sadio Kanté, a deixar o país, acusando-a de perturbar a paz, consumir droga e de estada irregular no Congo.
Negando estas alegações, Kanté sublinhou ter nascido em Brazzaville dum pai maliano e duma mãe senegalesa.
-0- PANA MLJ/AR/AKA/IS/FK/DD 2out2014