PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
CNUCED preconiza envolvimento do Estado na economia em África
Paris- França (PANA) -- A Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (CNUCED) estabelece um balanço negativo dos Programas de Ajustes Estruturais (PAS) e preconiza o envolvimento do Estado como actor principal nas actividades económicas em África, segundo um estudo apresentado quinta-feira em Paris (França).
"Em todos os países onde eles foram executados, os PAS não estiveram à altura das expectativas.
Nós estimamos que o momento veio para os Países Menos Avançados (PMA) terem estratégias de desenvolvimento alternativas", disse o director da Divisão para África do CNUCED, Habib Ouane, ao apresentar as linhas mestras deste estudo.
Para o CNUCED, os PAS levaram os Estados africanos a desviarem dos sectores prometedores para o crescimento e concentrarem os seus esforços na educação e na saúde.
"É preciso doravante ir-se para um Estado vocacionado para o desenvolvimento, um Estado que consagre a sua energia à mobilização dos recursos internos e que participe na criação de riquezas", argumentou o director para África do CNUCED.
Ele criticou, por outro lado, a "dicotomia" entre o Estado e o mercado imposta pelos PAS e desejou que o Estado "vocacionado para o desenvolvimento" privilegiasse a economia mista.
"Os PAS levaram à privatização e ao desregramento sobremaneira.
É um erro.
Pelo contrário, estimamos que ele faz coexistir o Estado e o sector privado.
Trata-se de associar as empresas públicas às acções públicas", considerou Ouane.
O Estado desviou, quase em toda parte em África, dos sectores estratégicos, dos quais a energia, os transportes, a hotelaria, nos anos 90 devido às injunções do Banco Mundial (BM) e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
"Em todos os países onde eles foram executados, os PAS não estiveram à altura das expectativas.
Nós estimamos que o momento veio para os Países Menos Avançados (PMA) terem estratégias de desenvolvimento alternativas", disse o director da Divisão para África do CNUCED, Habib Ouane, ao apresentar as linhas mestras deste estudo.
Para o CNUCED, os PAS levaram os Estados africanos a desviarem dos sectores prometedores para o crescimento e concentrarem os seus esforços na educação e na saúde.
"É preciso doravante ir-se para um Estado vocacionado para o desenvolvimento, um Estado que consagre a sua energia à mobilização dos recursos internos e que participe na criação de riquezas", argumentou o director para África do CNUCED.
Ele criticou, por outro lado, a "dicotomia" entre o Estado e o mercado imposta pelos PAS e desejou que o Estado "vocacionado para o desenvolvimento" privilegiasse a economia mista.
"Os PAS levaram à privatização e ao desregramento sobremaneira.
É um erro.
Pelo contrário, estimamos que ele faz coexistir o Estado e o sector privado.
Trata-se de associar as empresas públicas às acções públicas", considerou Ouane.
O Estado desviou, quase em toda parte em África, dos sectores estratégicos, dos quais a energia, os transportes, a hotelaria, nos anos 90 devido às injunções do Banco Mundial (BM) e do Fundo Monetário Internacional (FMI).