PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
CIRGL “morreu” com fim da presidência angolana, diz analista
Luanda, Angola (PANA) - A Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL) “deixou de existir verdadeiramente” com a saída de Angola da sua presidência, admitiu o analista político angolano João Gomes Gonçalves.
Em entrevista à agência angolana de notícias (Angop), publicada neste sábado, o investigador e especialista em Relações Internacionais diz acreditar que "nenhuma instituição da dimensão da CIRGL pode continuar a funcionar sem dinheiro".
“A GIRGL só existiu verdadeiramente sob a presidência de Angola. Hoje, apenas ficou o nome, não existe mais”, realçou.
No entender de João Gomes Gonçalves, a organização regional deixou de existir de facto porque Angola constituía a sua principal contribuinte financeira, e que, com a sua saída da presidência, aquela estrutura “virou uma quimeira”.
Perante esse quadro, o analista assegurou que a alternativa viável para "substituir" a CIRGL, na questão, por exemplo, da resolução da crise na República Democrática do Congo (RDC), seria a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), cuja presidência é atualmente garantida pela Namíbia, desde agosto passado.
Isto porque, explicou, a CEEAC (Comunidade Económica dos Estados da África Central) é mais uma organização regional “que apenas funciona com mãos das grandes potências”.
“Não tem nada; apenas uma comunidade monetária, a CEMAC (Comunidade Económica e Monetária da África Central), cujo Banco Central está em Paris (França), realçou.
Angola assumiu a presidência rotativa da CIRGL até outubro de 2017, quando passou o testemunho à República do Congo, depois de dois mandatos consecutivos de dois anos cada.
Depois do primeiro iniciado em janeiro de 2014, Angola assumiu, em Fevereiro de 2016, um segundo mandato consecutivo à frente da CIRGL, por convite dos restantes Estados-membros e em virtude de o Quénia, a quem incumbia assumir o mandato, por força dos estatutos da organização, ter manifestado indisponibilidade para tal função.
Criada em 1994, esta organização integra, além de Angola e do Quénia, o Burundi, a República Centro-Africana (RCA), a República do Congo, a RDC, o Uganda, o Rwanda, o Sudão, o Sudão do Sul, a Tanzânia e a Zâmbia.
A diplomacia angolana estabeleceu como prioridade, no primeiro mandato à frente da CIRGL, a resolução dos conflitos armados na RCA e na RDC, mas que permanecem ativos e provocando instabilidade na região dos Grandes Lagos.
-0- PANA IZ 16set2018
Em entrevista à agência angolana de notícias (Angop), publicada neste sábado, o investigador e especialista em Relações Internacionais diz acreditar que "nenhuma instituição da dimensão da CIRGL pode continuar a funcionar sem dinheiro".
“A GIRGL só existiu verdadeiramente sob a presidência de Angola. Hoje, apenas ficou o nome, não existe mais”, realçou.
No entender de João Gomes Gonçalves, a organização regional deixou de existir de facto porque Angola constituía a sua principal contribuinte financeira, e que, com a sua saída da presidência, aquela estrutura “virou uma quimeira”.
Perante esse quadro, o analista assegurou que a alternativa viável para "substituir" a CIRGL, na questão, por exemplo, da resolução da crise na República Democrática do Congo (RDC), seria a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), cuja presidência é atualmente garantida pela Namíbia, desde agosto passado.
Isto porque, explicou, a CEEAC (Comunidade Económica dos Estados da África Central) é mais uma organização regional “que apenas funciona com mãos das grandes potências”.
“Não tem nada; apenas uma comunidade monetária, a CEMAC (Comunidade Económica e Monetária da África Central), cujo Banco Central está em Paris (França), realçou.
Angola assumiu a presidência rotativa da CIRGL até outubro de 2017, quando passou o testemunho à República do Congo, depois de dois mandatos consecutivos de dois anos cada.
Depois do primeiro iniciado em janeiro de 2014, Angola assumiu, em Fevereiro de 2016, um segundo mandato consecutivo à frente da CIRGL, por convite dos restantes Estados-membros e em virtude de o Quénia, a quem incumbia assumir o mandato, por força dos estatutos da organização, ter manifestado indisponibilidade para tal função.
Criada em 1994, esta organização integra, além de Angola e do Quénia, o Burundi, a República Centro-Africana (RCA), a República do Congo, a RDC, o Uganda, o Rwanda, o Sudão, o Sudão do Sul, a Tanzânia e a Zâmbia.
A diplomacia angolana estabeleceu como prioridade, no primeiro mandato à frente da CIRGL, a resolução dos conflitos armados na RCA e na RDC, mas que permanecem ativos e provocando instabilidade na região dos Grandes Lagos.
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