PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
CICV exorta Estados à proibição da utilização de armas nucleares
Abidjan, Côte d’Ivoire (PANA) - O Movimento Internacional da Cruz Vermelha e Crescente Vermelho reiterou, esta segunda-feira, o seu apelo aos Estados para iniciar negociações com vista a adotar um tratado para proibir a utilização das armas nucleares e chegar à sua eliminação total, em conformidade com os compromissos assumidos neste sentido.
Este novo apelo foi lançado por ocasião do Dia Internacional para a Eliminação Total das Armas Nucleares, num comunicado conjunto do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV).
A nota revela que, pela primeira vez em mais de 70 anos, a interdição das armas nucleares poderá tornar-se numa realidade após a convocação, para 2017, duma conferência para negociar um tratado que proíba as armas nucleares para culminar na sua eliminação total.
« Eu apelo a todos os Estados para aproveitar esta oportunidade sem precedentes. É chegado o tempo de os líderes mundiais tomarem a iniciativa sobre esta questão. Devemos livrar o mundo das armas nucleares para sempre”, declarou o presidente do CICV, Peter Maurer.
Ele acrescentou que, enquanto isto não for feito, continua o risco de estas armas serem intencional ou acidentalmente disparadas, o que terá consequências catastróficas e duradouras para a saúde humana, o ambiente, o clima, a produção alimentar e o desenvolvimento socioeconómico.
"Erradicar as armas nucleares da superfície do planeta representa um imperativo humanitário", defendeu.
Do seu lado, o presidente da FICV, Tadateru Konoé, sublinhou que mais de 70 anos após o lançamento das bombas atómicas sobre Hiroshima e Nagasaki, vários milhares de sobreviventes sofrem dos efeitos a longo prazo da irradiação e continuam a ser tratados nos hospitais que a Cruz Vermelha do Japão gere nas duas cidades.
« A maioria das armas nucleares atualmente armazenadas nos arsenais são muito mais poderosas e destruidoras do que as utilizadas em 1945. Seria praticamente impossível fornecer uma ajuda humanitária eficaz após uma explosão, e nenhum plano internacional parece ter sido criado para fazer face a uma tal eventualidade », acrescentou Konoé.
A sessão anual da Assembleia Geral das Nações Unidas que se realiza em Nova Iorque deve pronunciar-se sobre a realização duma conferência destinada a negociar um tratado que proíba as armas nucleares e que culmine assim na sua eliminação total, consecutivamente a uma recomendação de um grupo de trabalho da ONU sobre o desarmamento nuclear formulada em agosto último, e que recebeu um largo apoio dos Estados.
Em 2011, no seguimento de iniciativas similares lançadas desde 1945, o Movimento Internacional da Cruz Vermelha e Crescente Vermelho lançou um apelo histórico que visa proibir e eliminar totalmente as armas nucleares.
-0- PANA BAL/JSG/FK/IZ 26set2016
Este novo apelo foi lançado por ocasião do Dia Internacional para a Eliminação Total das Armas Nucleares, num comunicado conjunto do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FICV).
A nota revela que, pela primeira vez em mais de 70 anos, a interdição das armas nucleares poderá tornar-se numa realidade após a convocação, para 2017, duma conferência para negociar um tratado que proíba as armas nucleares para culminar na sua eliminação total.
« Eu apelo a todos os Estados para aproveitar esta oportunidade sem precedentes. É chegado o tempo de os líderes mundiais tomarem a iniciativa sobre esta questão. Devemos livrar o mundo das armas nucleares para sempre”, declarou o presidente do CICV, Peter Maurer.
Ele acrescentou que, enquanto isto não for feito, continua o risco de estas armas serem intencional ou acidentalmente disparadas, o que terá consequências catastróficas e duradouras para a saúde humana, o ambiente, o clima, a produção alimentar e o desenvolvimento socioeconómico.
"Erradicar as armas nucleares da superfície do planeta representa um imperativo humanitário", defendeu.
Do seu lado, o presidente da FICV, Tadateru Konoé, sublinhou que mais de 70 anos após o lançamento das bombas atómicas sobre Hiroshima e Nagasaki, vários milhares de sobreviventes sofrem dos efeitos a longo prazo da irradiação e continuam a ser tratados nos hospitais que a Cruz Vermelha do Japão gere nas duas cidades.
« A maioria das armas nucleares atualmente armazenadas nos arsenais são muito mais poderosas e destruidoras do que as utilizadas em 1945. Seria praticamente impossível fornecer uma ajuda humanitária eficaz após uma explosão, e nenhum plano internacional parece ter sido criado para fazer face a uma tal eventualidade », acrescentou Konoé.
A sessão anual da Assembleia Geral das Nações Unidas que se realiza em Nova Iorque deve pronunciar-se sobre a realização duma conferência destinada a negociar um tratado que proíba as armas nucleares e que culmine assim na sua eliminação total, consecutivamente a uma recomendação de um grupo de trabalho da ONU sobre o desarmamento nuclear formulada em agosto último, e que recebeu um largo apoio dos Estados.
Em 2011, no seguimento de iniciativas similares lançadas desde 1945, o Movimento Internacional da Cruz Vermelha e Crescente Vermelho lançou um apelo histórico que visa proibir e eliminar totalmente as armas nucleares.
-0- PANA BAL/JSG/FK/IZ 26set2016