CEDEAO termina missão na Guiné-Bissau
Ouagadougou, Burkina Faso (PANA) - A Missão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental na Guiné-Bissau (ECOMIB) terminou oficialmente quinta-feira, 10 de setembro de 2020, anunciou nesta terça-feira, a organização regional num comunicado de imprensa enviado à PANA, em Ouagadougou.
A cerimónia de encerramento das atividades da Missão ECOMIB foi presidida pelo chefe de Estado da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embalo, na presença do presidente da Comissão da CEDEAO, Jean-Claude Kassi Brou, membros do corpo diplomático e das autoridades militares de alguns países africanos cujas tropas participaram nesta missão, refere o comunicado da CEDEAO.
Na ocasião, o presidente da Comissão da CEDEAO lembrou que o objetivo da Missão da ECOMIB, criada em 2021, era "contribuir para a estabilização do país e a sua pacificação".
“Ela trabalhou com grande empenho, sacrifício e determinação para cumprir os encargos do seu mandato inicial. Este trabalho foi realizado com método e profissionalismo por homens e mulheres fornecidos pelo Burkina Faso, pela Nigéria e pelo Senegal, primeiros países a contribuir com tropas para a Força ECOMIB ", aos quais viriam juntar-se o Togo e a Côte d´Ivoire, sublinhou Jean-Claude Kassi Brou, citado no comunicado de imprensa.
Este mandato inicial prolongou-se até à crise político-institucional, que surgiu em agosto de 2015 no Estado guineense.
Isto levou a CEDEAO a redefinir o mandato da sua missão, acrescentando à pacificação e estabilização geral do país, a secularização das instituições da República, a protecção das populações mais vulneráveis e de altos funcionários do Estado.
A ECOMIB viria a ter assim um papel de amortecedor até às eleições legislativas de março de 2019 e às presidenciais de dezembro de 2019, recordou o presidente da Comissão.
“A ECOMIB tem-se distinguido também pelas acções civis-militares no terreno, como a perfuração de furos em benefício das populações mais afetadas pela escassez de água em Bissau, a construção de mesas-bancos para escolas no interior do país e doações de alimentos a favor de orfanatos, as intervenções do hospital de nível 2, componente do contingente senegalês, que continou a prestar cuidados médicos em benefício da população bissau-guineense, operações cirúrgicas, assistência odontológica e também consultas gratuitas ”, precisou Kassi Brou.
O presidente da Comissão da CEDEAO agradeceu ao chefe de Estado da Guiné-Bissau o seu empenho pessoal e agradeceu à União Europeia o seu apoio financeiro, sem esquecer as Nações Unidas e os parceiros da CEDEAO reunidos no grupo P5 pelo apoio moral à Força ECOMIB.
Por fim, elogiou “o sentido de dever, de determinação e de profissionalismo de todos os que participaram na missão”.
-0- PANA TNDD/JSG/MAR/IZ 15set2020