PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
CEDEAO pode enviar tropas ao Mali sem acordo deste país
Lagos, Nigéria (PANA) - A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) poderá enviar tropas ao Mali com ou sem o consentimento deste país para conter a degradação da situação no norte, onde grupos armados separatistas continuam a cometer violações, pilhagens, roubos, massacres e destruições de sítios culturais, soube-se de fonte oficial.
Apesar de o desdobramento da força de alerta da CEDEAO no Mali ter sido aprovado há muito tempo pelos dirigentes da região, os três mil soldados necessários a esta operação ainda não foram estendidos pois a organização sub-regional espera um convite oficial das autoridades malianas, de acordo com a mesma fonte.
No entanto, isto poderá em breve mudar pois uma reunião consultiva oeste-africana sobre a situação no Mali convidou os Presidentes em exercício da CEDEAO e da União Africana, respetivamente o Ivoiriense Alassane Ouattara e o Beninense Yayi Boni, a obterem a aprovação do Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) para o desdobramento de tropas no quadro do capítulo 7 da ONU, "com vista a tomar todas as medidas necessárias para a restauração da integridade territorial do Mali, incluindo pela força".
O capítulo 7 da Carta da ONU autoriza sanções, bem como medidas económicas e um embargo de armas ou o uso da força militar, para manter a paz.
A decisão sobre um possível desdobramento previsto por este capítulo 7 foi tomada na sequência dum relatório feito durante a reunião consultiva, decorrida à margem da cimeira da União Económica Monetária Oeste-Africana (UEMOA) esta semana em Lomé, no Togo, pelo medianeiro da CEDEAO sobre a crise maliana, o Presidente Blaise Compaoré do Burkina Faso.
Este relatório sublinha a "violação flagrante dos direitos humanos, a gravidade da situação humanitária e as suas consequências sobre a paz e a segurança regional e internacional", segundo um comunicado divulgado no termo do encontro.
Os dirigentes da região, que participaram nesta reunião, convidaram igualmente o medianeiro a prosseguir com as negociações com os atores interessados, exceto grupos terroristas que ocuparam o Norte maliano.
Eles reafirmaram a recusa de reconhecimento pela CEDEAO do Comité Nacional para a Consolidação da Democracia e Restauro do Estado (CNRDRE) formado pela junta militar quando tomou o poder no Mali a 22 de março último, bem como o estatuto de chefe de Estado ou de ex-chefe de Estado concedido ao líder desta junta, o capitão Amadou Haya Sanogo.
Por outro lado, os chefes dos Estados-Maiores oeste-africanos devem reunir-se em Abidjan, na Côte d'Ivoire, a 16 de junho corrente para deliberar sobre a estrutura da força em alerta preparada para a Missão no Mali, soube a PANA de fonte oficial.
Esta reunião segue-se à conferência de preparação desta missão que decorreu em Abuja, na Nigéria, recentemente.
-0- PANA SEG/FJG/JSG/IBA/CJB/TON 10jun2012
Apesar de o desdobramento da força de alerta da CEDEAO no Mali ter sido aprovado há muito tempo pelos dirigentes da região, os três mil soldados necessários a esta operação ainda não foram estendidos pois a organização sub-regional espera um convite oficial das autoridades malianas, de acordo com a mesma fonte.
No entanto, isto poderá em breve mudar pois uma reunião consultiva oeste-africana sobre a situação no Mali convidou os Presidentes em exercício da CEDEAO e da União Africana, respetivamente o Ivoiriense Alassane Ouattara e o Beninense Yayi Boni, a obterem a aprovação do Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) para o desdobramento de tropas no quadro do capítulo 7 da ONU, "com vista a tomar todas as medidas necessárias para a restauração da integridade territorial do Mali, incluindo pela força".
O capítulo 7 da Carta da ONU autoriza sanções, bem como medidas económicas e um embargo de armas ou o uso da força militar, para manter a paz.
A decisão sobre um possível desdobramento previsto por este capítulo 7 foi tomada na sequência dum relatório feito durante a reunião consultiva, decorrida à margem da cimeira da União Económica Monetária Oeste-Africana (UEMOA) esta semana em Lomé, no Togo, pelo medianeiro da CEDEAO sobre a crise maliana, o Presidente Blaise Compaoré do Burkina Faso.
Este relatório sublinha a "violação flagrante dos direitos humanos, a gravidade da situação humanitária e as suas consequências sobre a paz e a segurança regional e internacional", segundo um comunicado divulgado no termo do encontro.
Os dirigentes da região, que participaram nesta reunião, convidaram igualmente o medianeiro a prosseguir com as negociações com os atores interessados, exceto grupos terroristas que ocuparam o Norte maliano.
Eles reafirmaram a recusa de reconhecimento pela CEDEAO do Comité Nacional para a Consolidação da Democracia e Restauro do Estado (CNRDRE) formado pela junta militar quando tomou o poder no Mali a 22 de março último, bem como o estatuto de chefe de Estado ou de ex-chefe de Estado concedido ao líder desta junta, o capitão Amadou Haya Sanogo.
Por outro lado, os chefes dos Estados-Maiores oeste-africanos devem reunir-se em Abidjan, na Côte d'Ivoire, a 16 de junho corrente para deliberar sobre a estrutura da força em alerta preparada para a Missão no Mali, soube a PANA de fonte oficial.
Esta reunião segue-se à conferência de preparação desta missão que decorreu em Abuja, na Nigéria, recentemente.
-0- PANA SEG/FJG/JSG/IBA/CJB/TON 10jun2012