CEDEAO organiza cimeira extraordinária sobre Mali
Ouagadougou, Burkina Faso (PANA) - A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) iniciou, esta quinta-feira de manhã, por visioconferência, uma a cimeira extraordinária sobre a crise maliana, em Ouagadougou.
A cimeira abriu sob a presidência do chefe de Estado nigerino, Mahamadou Issoufou, atual presidente em exercício da organização su-regional.
Militares derrubaram terça-feira o regime do Presidente Ibrahima Boubacar Kéita e instauraram um Comité Nacional de Salvação do Povo (CNSP), que se comprometeu a organizar eleições livres e transparentes dentro de nove meses.
No seu discurso de abertura, o Presidente Mahamadou Issoufou notou que esta tomada de poder acontece num “contexto de segurança difícil para a nossa região, em geral, e para o Mali, em particular”.
O chefe de Estado nigerino lembrou "os esforços diplomáticos envidados pela CEDEAO para ultrapassar a crise política prevalecente no Mali, e que se deveu às controversas eleições legislativas de 19 de abril de 2020”.
"Esta situação grave cujas consequências de segurança na nossa região e no Mali são evidentes interpela-nos. Ela mostra-nos a via que resta por percorrer para a instalação de instituições democráticas fortes no nosso espaço”, afirmou.
Exprimiu contudo a esperança de que a esta cimeira extraordinária consiga "tomar decisões pertinentes e fortes à altura da gravidade da situação prevalecente no Mali”.
Os militares autores do golpe de Estado tomaram várias decisões das quais a criação de um colégio transitório composto de representantes das diferentes forças vivas da nação e a organização, em abril de 2021, de triplas eleições livres e transparentes (legislativas, presidenciais e referendárias).
A Comunidade Internacioal condenou no seu todo este golpe de Estado perpetrado num país já exposto ao terrorismo.
-0- PANA TNDD/JSG/FK/IZ 20agosto2020