Ouagadougou, Burkina Faso (PANA) - A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) disse estar "muito preocupada" com o período de três anos proposto pelas novas autoridades burkinabes após o golpe de Estado da 24 de janeiro último no Burkina Faso, soube a PANA de fonte oficial.
Segundo o comunicado final da cimeira extraordinária realizada sexta-feira em Accra, no Gana, a CEDEAO manifestou-se "muito preocupada" com a duração do período de transição (36 meses), considerando-a "demasiado longo".
No plano de segurança, a organização sub-regional sublinha que as autoridades de transição no Burkjna Faso estão a lutar para melhorar a situação de segurança no país e encontrar soluções para a situação humanitária.
A CEDEAO afirmou estar "profundamente preocupada com a detenção contínua do deposto Presidente burkinabe, Roch Kaboré, desde o golpe de Esta de 24 de janeiro último, apesar de vários apelos à sua libertação incondicional."
Exigiu a libertação do ex-Presidente Kaboré, bem como um cronograma preciso para a realização das eleições.
Para tal, a CEDEAO decide manter a suspensão do Burkina Faso de todas suas instâncias até que a ordem constitucional seja restabelecida.
Desde 24 de janeiro último, militares derrubaram o Presidente Roch Marc Christian Kaboré, julgando "ineficaz" a sua gestão da situação de segurança no país.
-0- PANA NTDD/JSG/SOC/DIM/DD 26março2022