PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
CEDEAO mantém opção militar na Côte d'Ivoire
Lagos, Nigéria (PANA) - O uso da força para destituir o Presidente ivoiriense cessante, Laurent Gbagbo, continua a ser uma opção, apesar das negociações em curso entre a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e o seu regime, anunciou quinta-feira o porta-voz da organização regional, Sunny Ugoh.
« Os chefes dos Estados-Maiores das Forças Armadas (da África Ocidental) que se reuniram em Abuja durante dois dias terminaram os seus trabalhos. Apenas falta validar esta opção militar », indicou Ugoh à PANA.
Ele rejeitou as especulações segundo as quais a CEDEAO abandonou ou atrasou a sua ameaça de utilizar a força legítima para fazer partir Gbagbo, se ele recusar-se a abandonar o poder e permitir a Alassane Ouattara, vencedor das eleições presidenciais de 28 de Novembro reconhecido pela comunidade internacional, assumir o poder.
Ugoh afirmou que a decisão da delegação da CEDEAO, que transmitiu o ultimato da organização a Gbagbo terça-feira, de voltar a Abidjan na próxima segunda-feira é uma boa coisa, aparentemente baseada na situação que encontrou a delegação na Côte d'Ivoire.
« Não é um jogo inútil. Se a delegação se desloca e que a pessoa a quem ela visita faz propostas, seria irresponsável não ter isto em consideração», disse, adiantando que « portanto não é verdade que a CEDEAO abandonou a decisão tomada durante a cimeira extraordinária de 24 de Dezembro sobre a Côte d'Ivoire ».
« Os resultados da cimeira são claros : Gbagbo deve partir ou fazer face ao uso da força legítima. Sabemos quem ganhou as eleições na Côte d'Ivoire. Indicamos claramente quais são os limites. A partida de Gbagbo não é negociável », indicou o porta-voz da CEDEAO.
Os Presidentes Yayi Boni do Benin, Pedro Pires de Cabo Verde e Ernest Bai Koroma da Serra Leoa, que compunham a delegação que se reuniu com Gbagbo, informaram quarta-feira em Abuja o presidente da CEDEAO e Presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, da sua missão em Abidjan.
O Presidente Jonathan qualificou de « positivo » o resultado da missão da delegação e anunciou que os Presidentes vão voltar a Abidjan segunda-feira.
Os chefes dos Estados-Maiores das Forças Armadas dos 15 países membros reuniram-se na sede da Comissão da CEDEAO em Abuja, segunda e terça-feiras.
Embora a reunião tenha sido realizada à porta fechada, fontes indicaram à PANA que os dirigentes finalizaram o plano para um eventual desdobramento de forças e da logística que permitirá aplicar a decisão dos dirigentes da CEDEAO de utilizar a força contra Gbagbo se ele recusar-se a deixar o poder.
Numa altura em que Gbagbo e Ouattara reivindicam a pasta presidencial, a tensão continua elevada neste país da África Ocidental rico em cacau.
Segundo observadores, a Côte d'Ivoire poderá voltar à guerra civil de 2002-2003 que dividiu o país em dois se a situação persistir.
A ONU indicou que 173 pessoas foram mortas e milhares de pessoas fugiram para os países vizinhos devido à instabilidade na Côte d'Ivoire.
-0- PANA SEG/JSG/MAR/TON 30Dez2010
« Os chefes dos Estados-Maiores das Forças Armadas (da África Ocidental) que se reuniram em Abuja durante dois dias terminaram os seus trabalhos. Apenas falta validar esta opção militar », indicou Ugoh à PANA.
Ele rejeitou as especulações segundo as quais a CEDEAO abandonou ou atrasou a sua ameaça de utilizar a força legítima para fazer partir Gbagbo, se ele recusar-se a abandonar o poder e permitir a Alassane Ouattara, vencedor das eleições presidenciais de 28 de Novembro reconhecido pela comunidade internacional, assumir o poder.
Ugoh afirmou que a decisão da delegação da CEDEAO, que transmitiu o ultimato da organização a Gbagbo terça-feira, de voltar a Abidjan na próxima segunda-feira é uma boa coisa, aparentemente baseada na situação que encontrou a delegação na Côte d'Ivoire.
« Não é um jogo inútil. Se a delegação se desloca e que a pessoa a quem ela visita faz propostas, seria irresponsável não ter isto em consideração», disse, adiantando que « portanto não é verdade que a CEDEAO abandonou a decisão tomada durante a cimeira extraordinária de 24 de Dezembro sobre a Côte d'Ivoire ».
« Os resultados da cimeira são claros : Gbagbo deve partir ou fazer face ao uso da força legítima. Sabemos quem ganhou as eleições na Côte d'Ivoire. Indicamos claramente quais são os limites. A partida de Gbagbo não é negociável », indicou o porta-voz da CEDEAO.
Os Presidentes Yayi Boni do Benin, Pedro Pires de Cabo Verde e Ernest Bai Koroma da Serra Leoa, que compunham a delegação que se reuniu com Gbagbo, informaram quarta-feira em Abuja o presidente da CEDEAO e Presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, da sua missão em Abidjan.
O Presidente Jonathan qualificou de « positivo » o resultado da missão da delegação e anunciou que os Presidentes vão voltar a Abidjan segunda-feira.
Os chefes dos Estados-Maiores das Forças Armadas dos 15 países membros reuniram-se na sede da Comissão da CEDEAO em Abuja, segunda e terça-feiras.
Embora a reunião tenha sido realizada à porta fechada, fontes indicaram à PANA que os dirigentes finalizaram o plano para um eventual desdobramento de forças e da logística que permitirá aplicar a decisão dos dirigentes da CEDEAO de utilizar a força contra Gbagbo se ele recusar-se a deixar o poder.
Numa altura em que Gbagbo e Ouattara reivindicam a pasta presidencial, a tensão continua elevada neste país da África Ocidental rico em cacau.
Segundo observadores, a Côte d'Ivoire poderá voltar à guerra civil de 2002-2003 que dividiu o país em dois se a situação persistir.
A ONU indicou que 173 pessoas foram mortas e milhares de pessoas fugiram para os países vizinhos devido à instabilidade na Côte d'Ivoire.
-0- PANA SEG/JSG/MAR/TON 30Dez2010