PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
CEDEAO estuda medidas para dar tratamento especial a Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) – Uma comissão técnica da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) é esperada brevemente na cidade da Praia para estudar e propor medidas para dar tratamento especial a Cabo Verde, enquanto único membro ultraperiférico da organização sub-regional, soube a PANA de fonte oficial.
A chegada desta comissão foi anunciada terça-feira pelo primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, que participou na 44ª cimeira dos chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, realizada de 28 a 29 de março passado, em Yamassukro (Côte d’Ivoire).
Neves disse que, durante a cimeira, a CEDEAO prometeu dar um “tratamento especial” a Cabo Verde nos domínios da tarifa externa comum e da parceria económica, bem como apoios para fazer face à sua posição ultraperiférica.
O chefe do Governo cabo-verdiano lembrou que o arquipélago é um grande importador e tem uma economia basicamente de serviços, enquanto os restantes membros da CEDEAO são países exportadores de matérias-primas e de produtos manufaturados, o que, por si só, confere grandes especificidades ao arquipélago.
José Maria Neves considera, por isso, necessário fazer uma análise para se ver como Cabo Verde poderá estar na união aduaneira acordada entre os países da CEDEAO para vigorar a partir de 2015.
"Já estamos a construir estradas e caminhos-de-ferro para ligarmos os vários países (da região), mas Cabo Verde fica de fora por ser um país insular e ultraperiférico”, exemplificou, precisando que o arquipélago deve contar com uma forte contribuição da CEDEAO "porque a sua autoestrada é o mar, os barcos e os aviões".
“Temos de receber um apoio especial da CEDEAO, como por exemplo subsidiando as nossas linhas marítimas para podermos estar conetados com a região”, acrescentou.
Reconheceu, entretanto, que Cabo Verde pode tirar grandes benefícios, com realce para a possibilidade de importar muitos produtos dos países oeste-africanos sem pagar as imposições aduaneiras, por força da união aduaneira e da livre circulação de bens entre os Estados comunitários.
“Temos de poder fazer essa inserção na CEDEAO”, reiterou, argumentando ser este um processo muito difícil, desde logo devido a questões de convergência institucional, técnica e normativa.
“Ainda assim, pensamos que o futuro de Cabo Verde passa pela integração, pela sua inserção no espaço da CEDEAO e teremos de continuar a trabalhar nesta linha”, concluiu.
-0- PANA CS/IZ 09abril2014
A chegada desta comissão foi anunciada terça-feira pelo primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, que participou na 44ª cimeira dos chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, realizada de 28 a 29 de março passado, em Yamassukro (Côte d’Ivoire).
Neves disse que, durante a cimeira, a CEDEAO prometeu dar um “tratamento especial” a Cabo Verde nos domínios da tarifa externa comum e da parceria económica, bem como apoios para fazer face à sua posição ultraperiférica.
O chefe do Governo cabo-verdiano lembrou que o arquipélago é um grande importador e tem uma economia basicamente de serviços, enquanto os restantes membros da CEDEAO são países exportadores de matérias-primas e de produtos manufaturados, o que, por si só, confere grandes especificidades ao arquipélago.
José Maria Neves considera, por isso, necessário fazer uma análise para se ver como Cabo Verde poderá estar na união aduaneira acordada entre os países da CEDEAO para vigorar a partir de 2015.
"Já estamos a construir estradas e caminhos-de-ferro para ligarmos os vários países (da região), mas Cabo Verde fica de fora por ser um país insular e ultraperiférico”, exemplificou, precisando que o arquipélago deve contar com uma forte contribuição da CEDEAO "porque a sua autoestrada é o mar, os barcos e os aviões".
“Temos de receber um apoio especial da CEDEAO, como por exemplo subsidiando as nossas linhas marítimas para podermos estar conetados com a região”, acrescentou.
Reconheceu, entretanto, que Cabo Verde pode tirar grandes benefícios, com realce para a possibilidade de importar muitos produtos dos países oeste-africanos sem pagar as imposições aduaneiras, por força da união aduaneira e da livre circulação de bens entre os Estados comunitários.
“Temos de poder fazer essa inserção na CEDEAO”, reiterou, argumentando ser este um processo muito difícil, desde logo devido a questões de convergência institucional, técnica e normativa.
“Ainda assim, pensamos que o futuro de Cabo Verde passa pela integração, pela sua inserção no espaço da CEDEAO e teremos de continuar a trabalhar nesta linha”, concluiu.
-0- PANA CS/IZ 09abril2014