PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
CEDEAO deplora envio por África do Sul de navio de guerra à Côte d'Ivoire
Lagos, Nigéria (PANA) – A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) reprovou sexta-feira o desdobramento pela África do Sul de um navio de guerra na Côte d'Ivoire, considerando este gesto como apoio unilateral ao Presidente cessante ivoiriense, Laurent Gbagbo, apesar dos apelos reiterados da comunidade internacional para este entregar o poder a Alassane Ouattara, reconhecido como Presidente eleito.
Segundo um comunicado da Comissão da CEDEAO, esta instituição mantém-se fiel à posição expressa pelo seu presidente, James Victor Gbeho, sobre a presença da fragata sul-africana na Côte d'Ivoire sem o conhecimento da organização regional.
O documento sublinha que a CEDEAO não foi informada do envio deste navio e que o seu uso para fins pacíficos também não foi clarificado junto das autoridades regionais.
« Enquanto principal organização regional implicada na busca duma solução para a crise na Côte d'Ivoire, a CEDEAO não pode ficar indiferente à presença deste navio na sua região e neste momento preciso », indica o comunicado.
Neste contexto, a nota defende para o futuro a instauração duma certa comunicação com a Comunidade Económica Regional (CER) numa situação similar, para permitir reconhecer e respeitar a competência desta CER em particular nas questões relativas à paz e à segurança na sua região e evitar qualquer "impressão infeliz de impunidade".
A África do Sul negou, por seu turno, ter enviado esta fragata para este país da África Ocidental com o objetivo de proteger Gbagbo.
O comunicado esclarece que a CEDEAO não tomou a decisão de invadir a Côte d'Ivoire por qualquer razão que seja, contrariamente a algumas especulações.
« A CEDEAO decidiu, no seu comunicado divulgado a 24 de dezembro de 2010, manter a opção da utilização da força, mas só depois de ter esgotado todos os outros recursos pacíficos de persuasão do Presidente cessante Laurent Gbagbo, de ceder o poder a Alassane Ouattara.
A CEDEAO precisa que, ao aceitar, ao mesmo tempo, a participação do Grupo de Alto Nível da União Africana recentemente instaurado, ela mostrou-se desfavorável à proposta de recontagem dos votos das eleições ivoirienses, « porque o Conselho de Paz e Segurança da UA rejeitou a mesma proposta na sua última reunião em Addis Abeba, na Etiópia".
A organização sub-regional indica que o principal desafio a enfrentar atualmente é saber « como entregar o poder ao verdadeiro vencedor destas eleições sem frustrar, de maneira nenhuma, a verdadeira escolha do eleitorado ivoiriense ».
« É uma posição de princípio à qual a CEDEAO está muito comprometida no interesse do seu próprio futuro coletivo », indica o comunicado.
-0- PANA SEG/FJG/JSG/MAR/IZ 12fev2011
Segundo um comunicado da Comissão da CEDEAO, esta instituição mantém-se fiel à posição expressa pelo seu presidente, James Victor Gbeho, sobre a presença da fragata sul-africana na Côte d'Ivoire sem o conhecimento da organização regional.
O documento sublinha que a CEDEAO não foi informada do envio deste navio e que o seu uso para fins pacíficos também não foi clarificado junto das autoridades regionais.
« Enquanto principal organização regional implicada na busca duma solução para a crise na Côte d'Ivoire, a CEDEAO não pode ficar indiferente à presença deste navio na sua região e neste momento preciso », indica o comunicado.
Neste contexto, a nota defende para o futuro a instauração duma certa comunicação com a Comunidade Económica Regional (CER) numa situação similar, para permitir reconhecer e respeitar a competência desta CER em particular nas questões relativas à paz e à segurança na sua região e evitar qualquer "impressão infeliz de impunidade".
A África do Sul negou, por seu turno, ter enviado esta fragata para este país da África Ocidental com o objetivo de proteger Gbagbo.
O comunicado esclarece que a CEDEAO não tomou a decisão de invadir a Côte d'Ivoire por qualquer razão que seja, contrariamente a algumas especulações.
« A CEDEAO decidiu, no seu comunicado divulgado a 24 de dezembro de 2010, manter a opção da utilização da força, mas só depois de ter esgotado todos os outros recursos pacíficos de persuasão do Presidente cessante Laurent Gbagbo, de ceder o poder a Alassane Ouattara.
A CEDEAO precisa que, ao aceitar, ao mesmo tempo, a participação do Grupo de Alto Nível da União Africana recentemente instaurado, ela mostrou-se desfavorável à proposta de recontagem dos votos das eleições ivoirienses, « porque o Conselho de Paz e Segurança da UA rejeitou a mesma proposta na sua última reunião em Addis Abeba, na Etiópia".
A organização sub-regional indica que o principal desafio a enfrentar atualmente é saber « como entregar o poder ao verdadeiro vencedor destas eleições sem frustrar, de maneira nenhuma, a verdadeira escolha do eleitorado ivoiriense ».
« É uma posição de princípio à qual a CEDEAO está muito comprometida no interesse do seu próprio futuro coletivo », indica o comunicado.
-0- PANA SEG/FJG/JSG/MAR/IZ 12fev2011