Agência Panafricana de Notícias

CEDEAO aborda situação na Guiné-Bissau

Praia- Cabo Verde (PANA) -- O Conselho de Mediação e Segurança da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) reúne- se quinta-feira em Bissau para analisar a situação na Guiné-Bissau, após os assassinatos do Presidente João Bernardo "Nino" Vieira e do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, o general Batista Tagmé Na Waié, soube a PANA de fonte oficial na Praia.
O ministro cabo-verdiano dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades, José Brito, vai representar o seu país na 26ª Reunião do Conselho de Mediação e Segurança da CEDEAO que vai discutir também sobre a situação nos outros 14 Estados membros da organização sub- regional.
Uma fonte diplomática cabo-verdiana indicou que nessa reunião estará em análise o relatório do representante especial da CEDEAO na Guiné- Bissau e as deliberações emanadas da reunião dos chefes dos Estados- Maiores das Forças Armadas da organização sub-regional, que teve lugar recentemente na Praia.
Em Janeiro passado, o chefe da diplomacia cabo-verdiana tinha participado em Abuja (Nigéria) numa reunião extraordinária do Conselho de Mediação e Segurança da CEDEAO que se debruçou sobre a situação na Guiné-Bissau e na Guiné-Conackry.
O Conselho de Mediação e Segurança da CEDEAO havia adoptado, no passado mês de Dezembro, medidas para reforçar o dispositivo de segurança na Guiné-Bissau.
Num comunicado publicado no termo da reunião realizada em Ouagadougou, capital do Burkina Faso, o Conselho havia sublinhado que estas medidas tinham como objectivo proteger o Presidente da Guiné- Bissau, João Bernardo "Nino" Vieira, e as instituições do país.
Estas medidas foram tomadas na sequência dum relatório do presidente da Comissão da CEDEAO, Mohamed Ibn Chambas, elaborado por uma missão de inquérito que a organização sub-regional enviou à Guiné-Bissau depois do ataque perpetrado a 23 de Novembro por militares contra a residência do Presidente Nino Vieira.
Entretanto, o Presidente da Guiné-Bissau viria a ser assassinado a 2 de Março durante um ataque à sua residência perpetrado por militares, horas depois dum atentado à bomba que causou a morte do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas.