PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
CEA garante apoio a Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) – O Secretário Executivo da Comissão Económica para África (CEA) das Nações Unidas, Carlos Lopes, garantiu, na cidade da Praia, que a ONU vai ajudar Cabo Verde na implementação da agenda de transformação do Governo para alcançar novos patamares de desenvolvimento, soube a PANA na capital cabo-verdiana.
Depois de um encontro com o primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, o diplomata bissau-guineense, igualmente Secretário-Geral Adjunto da ONU, explicou que o apoio ao arquipélago nesta nova fase será concretizado com a elaboração de estudos económicos na sub-região oeste-africana.
Segundo ele, as autoridades cabo-verdianas devem aproveitar melhor as oportunidades de crescimento económico na sub-região da África Ocidental.
"Estivemos a analisar a possibilidade de apoio e de assistência aos debates sobre a economia do país”, afirmou Carlos Lopes, precisando que há a possibilidade de a CEA fazer estudos sobre a economia cabo-verdiana, já nos próximos meses, sobretudo “nas áreas dos transportes e integração sub-regional".
"Cabo Verde vai ter de aproveitar melhor as oportunidades de crescimento económico na sub-região, da mudança de paradigma preconizada pela CEA, pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e pela União Africana (UA), que passa por apostar muito mais nos recursos africanos", salientou.
Carlos Lopes, que está em Cabo Verde para participar no Fórum Amílcar Cabral, que decorre de sexta-feira até domingo na cidade da Praia, salientou o facto de a economia cabo-verdiana estar a sofrer neste momento as consequências “duma ancoragem muito próxima à União Europeia (UE)”, que, neste momento, está com um crescimento "muito débil, para não dizer quase nulo".
Ele considera "natural" que, devido à crise que afeta a Europa, “as ajudas internacionais de Cabo Verde e as possibilidades que estavam previstas com a parceria estratégica com a UE não tragam resultados mais positivos no plano financeiro”.
No entanto, ele é de opinião que o turismo em Cabo Verde, proveniente sobretudo do continente europeu, constitui uma "área com grande potencial", podendo transformar-se numa atividade "muito importante" para acelerar o crescimento económico no arquipélago.
O Secretário Executivo da CEA considera que, para isso, é preciso aproveitar o desvio de turistas afetados pela instabilidade da África do Norte para Cabo Verde para que se possa fazer a conversão para “um turismo de qualidade” por forma a que os visitantes tenham vontade de voltar ao arquipélago.
Carlos Lopes foi nomeado, em março do ano passado, para o cargo de Secretário Executivo da CEA, organismo que tem como vocação principal apoiar as estratégias de desenvolvimento de África.
Após a sua nomeação, o primeiro-ministro cabo-verdiano expressou o desejo de intensificar o diálogo e a cooperação com a Comissão Económica das Nações Unidas para África, designadamente no quadro do seu apoio à implementação da agenda de transformação económica de Cabo Verde.
Na ocasião, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, sublinhou que o sociólogo Carlos Lopes pertence a várias redes académicas e que "pretende focar-se na construção de consensos entre os diferentes atores para garantir que a Comissão será um "ator chave" na agenda de desenvolvimento económico e social para África.
Carlos Lopes nasceu em Canchungo, na região de Cacheu (litoral norte da Guiné-Bissau), há 52 anos. Ele é doutorado em História pela Universidade de Paris e especialista em desenvolvimento e planeamento estratégico.
Ele iniciou a carreira nas Nações Unidas em 1988 como economista do desenvolvimento e é autor ou organizador de mais de 20 livros, tendo ainda lecionado em várias universidades, como as de Lisboa (Portugal), de Zurique (Suíça), da Cidade do México (México), de São Paulo e do Rio de Janeiro (Brasil).
-0- PANA CS/TON 19jan2013
Depois de um encontro com o primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, o diplomata bissau-guineense, igualmente Secretário-Geral Adjunto da ONU, explicou que o apoio ao arquipélago nesta nova fase será concretizado com a elaboração de estudos económicos na sub-região oeste-africana.
Segundo ele, as autoridades cabo-verdianas devem aproveitar melhor as oportunidades de crescimento económico na sub-região da África Ocidental.
"Estivemos a analisar a possibilidade de apoio e de assistência aos debates sobre a economia do país”, afirmou Carlos Lopes, precisando que há a possibilidade de a CEA fazer estudos sobre a economia cabo-verdiana, já nos próximos meses, sobretudo “nas áreas dos transportes e integração sub-regional".
"Cabo Verde vai ter de aproveitar melhor as oportunidades de crescimento económico na sub-região, da mudança de paradigma preconizada pela CEA, pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e pela União Africana (UA), que passa por apostar muito mais nos recursos africanos", salientou.
Carlos Lopes, que está em Cabo Verde para participar no Fórum Amílcar Cabral, que decorre de sexta-feira até domingo na cidade da Praia, salientou o facto de a economia cabo-verdiana estar a sofrer neste momento as consequências “duma ancoragem muito próxima à União Europeia (UE)”, que, neste momento, está com um crescimento "muito débil, para não dizer quase nulo".
Ele considera "natural" que, devido à crise que afeta a Europa, “as ajudas internacionais de Cabo Verde e as possibilidades que estavam previstas com a parceria estratégica com a UE não tragam resultados mais positivos no plano financeiro”.
No entanto, ele é de opinião que o turismo em Cabo Verde, proveniente sobretudo do continente europeu, constitui uma "área com grande potencial", podendo transformar-se numa atividade "muito importante" para acelerar o crescimento económico no arquipélago.
O Secretário Executivo da CEA considera que, para isso, é preciso aproveitar o desvio de turistas afetados pela instabilidade da África do Norte para Cabo Verde para que se possa fazer a conversão para “um turismo de qualidade” por forma a que os visitantes tenham vontade de voltar ao arquipélago.
Carlos Lopes foi nomeado, em março do ano passado, para o cargo de Secretário Executivo da CEA, organismo que tem como vocação principal apoiar as estratégias de desenvolvimento de África.
Após a sua nomeação, o primeiro-ministro cabo-verdiano expressou o desejo de intensificar o diálogo e a cooperação com a Comissão Económica das Nações Unidas para África, designadamente no quadro do seu apoio à implementação da agenda de transformação económica de Cabo Verde.
Na ocasião, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, sublinhou que o sociólogo Carlos Lopes pertence a várias redes académicas e que "pretende focar-se na construção de consensos entre os diferentes atores para garantir que a Comissão será um "ator chave" na agenda de desenvolvimento económico e social para África.
Carlos Lopes nasceu em Canchungo, na região de Cacheu (litoral norte da Guiné-Bissau), há 52 anos. Ele é doutorado em História pela Universidade de Paris e especialista em desenvolvimento e planeamento estratégico.
Ele iniciou a carreira nas Nações Unidas em 1988 como economista do desenvolvimento e é autor ou organizador de mais de 20 livros, tendo ainda lecionado em várias universidades, como as de Lisboa (Portugal), de Zurique (Suíça), da Cidade do México (México), de São Paulo e do Rio de Janeiro (Brasil).
-0- PANA CS/TON 19jan2013