Agência Panafricana de Notícias

CE concede $ mais de 31 milhões de ajuda humanitária a países do Sahel

Dakar- Senegal (PANA) -- A Comissão Europeia (CE) decidiu, quarta-feira, em Bruxelas (Bélgica), aumentar 24 milhões de euros (cerca de 31 milhões 440 mil dólares americanos) à sua ajuda a mais de sete milhões de pessoas vulneráveis vítimas da crise alimentar no Sahel, refere um comunicado transmitido à PANA.
Segundo a mesma nota proveniente do Escritório Regional para a África Ocidental da Direcção da CE encarregue da Ajuda Humanitária e Protecção Civil (ECHO), instalado em Dakar, no Senegal, este apoio financeiro destina-se ao Níger, ao Tchad, ao Burkina Faso e ao norte da Nigéria.
"Estes novos fundos permitirão financiar cada vez mais operações nos sectores da nutrição e da saúde e, nomeadamente, programas de alimentação complementar geral, a despistagem e o tratamento da desnutrição aguda das crianças, o acesso gratuito aos cuidados médicos em caso de urgência e serviços de saúde móveis para as populações pastoris", precisa o comunicado.
Ele relata que a comissária europeia para a Cooperação Internacional, Ajuda Humanitária e Reacções às crises, Kristalina Goergieva, prevê quinta e sexta- feiras uma visita ao Níger.
Citada na nota, a responsável europeia declarou que "a presença permanente na região de peritos de ajuda humanitária do ECHO permitiu detectar rapidamente os riscos de crise alimentar, determinar a sua amplitude possível e é claro doravante que a situação no Sahel está a deteriorar-se".
Georgieva indicou que este apoio financiará o fornecimento duma ajuda alimentar de emergência entre duas colheitas, durante o "período que precede as colheitas" e o transporte de sementes na perspectiva da principal estação agrícola de 2010.
A prioridade continuará a ir às crianças menores de cinco anos de idade gravemente subalimentadas, bem como às mulheres grávidas e lactantes.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) estima que, cada ano, no Sahel, 300 mil petizes menores de cinco anos de idade morrem de desnutrição, ao passo que a CE assinala cerca de 10 milhões de pessoas em geral que, no Níger e no Tchad, dependem da ajuda de emergência para sobreviver durante o actual período que precede as colheitas.
Desde finais de 2009, as crises alimentares que afectam várias famílias vulneráveis no Sahel, resultam muitas vezes da irregularidade das precipitações e das más colheitas registadas.
Assim, o défice de produção alimentar está avaliado em mais de 30 porcento no Níger e em mais de 34 porcento no Tchad.
Os Governos destes dois países declararam o Estado de emergência e apelaram para a ajuda internacional.