Agência Panafricana de Notícias

Busto de Agostinho Neto inuagurado na ilha cabo-veriana de Santo Antão

Praia, Cabo Verde (PANA) - Um busto do primeiro Presidente de Angola, Agostinho Neto, é inaugurado esta segunda-feira, na cidade da Ponta do Sol, na ilha cabo-verdiana de Santo Antão, apurou a PANA de fonte autorizada.

Trata-se de uma iniciativa da Fundação Dr. Agostinho Neto (Angola), da Fundação Amílcar Cabral (Cabo Verde) e das câmara municipais locais da Ribeira Grande, Paul e do Porto Novo que representa, para evocar o período em que o também médico exerceu a sua profissão quando foi deportado para aquele local pelo Governo colonial português.

“É um gesto de reconhecimento pelos fortes laços de amizade e afeto que se estabeleceram entre o casal Neto e as gentes dessa ilha, particularmente as da Cidade de Ponta do Sol, onde Agostinho Neto teve a sua histórica permanência entre 1960 e 1961”, disse a fonte.

O ato de descerramento do busto vai ser presidido pelo primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, na presença de várias personalidades angolanas e cabo-verdianas, entre as quais os presidentes das duas fundações promotoras, a viúva do fundador da nacionalidade angolana, Maria Eugénia Neto, e o ex-chefe de Estado cabo-verdiano, Pedro Pires.

A jornada de homenagem a Agostinho conta também com a presença de delegações dos Governos de Angola e de Cabo Verde.

O descerramento de duas placas com dizeres evocativos dos consultórios do médico angolano, uma na Enfermaria da Ponta do Sol, outra no antigo Posto Sanitário da Ribeira Grande, onde está agora a Delegacia de Saúde desse concelho, faz também parte do programa.

O médico Agostinho Neto foi muito acarinhado quando exerceu a profissão durante os meses em que esteve exilado em Ponta do Sol, local onde foi obrigado a fixar residência pelas autoridades coloniais portuguesas.

Aquele que viria a ser o primeiro Presidente de Angola, após a independência, trabalhou também no hospital central da cidade da Praia que mais tarde viria a ser batizado com o seu nome.

Foi a partir da capital cabo-verdiana que Agostinho Neto viria a ser preso novamente pela Polícia política portuguesa (PIDE) e enviado com a família de volta para Lisboa de onde acabaria por fugir para o exílio e assumir a liderança do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA).

-0- PANA CS/IZ 22junho2015