PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Burundi e Vaticano acordam sobre quadro de cooperação bilateral
Bujumbura, Burundi (PANA) – As negociações dos últimos 10 anos resultaram, quarta-feira, na assinatura de um acordo-quadro de cooperação nas relações bilaterais entre o Burundi e o Vaticano, soube a PANA de fonte diplomática em Bujumbura.
O Burundi torna-se assim no terceiro país africano, depois do Gabão e de Moçambique, e o 44º a nível mundial, a formalizar um tal acordo de cooperação com o Vaticano, segundo as partes signatárias.
O acordo foi conjuntamente assinado pelo ministro burundês das Relações Exteriores e Cooperação Internacional, Laurent Kavakure, e pelo núncio apostólico no Burundi, Monsenhor Franco Coppola.
Em virtude deste acordo, o chefe da diplomacia burundesa reafirmou o compromisso do seu país, um Estado constitucionalmente "laico", a respeitar a liberdade religiosa.
Em contrapartida, o Vaticano vai intensificar os seus esforços de cooperação com o Burundi nas áreas espiritual, educativa, sanitária e humanitária.
Do lado da Igreja católica do Burundi, que reivindica mais de 80 porcento de fiéis no seio da população burundesa, a satisfação foi igualmente grande na sequência da assinatura do acordo-quadro.
Para o presidente da Conferência dos Bispos Católicos do Burundi, Gervais Bnshimiyubusa, trata-se tão simplesmente de um "evento feliz".
As relações entre o Burundi e o Vaticano nem sempre foram boas e degradaram-se sobretudo nos anos 1980, sob o regime do coronel Jean-Baptiste Bagaza, que não hesitava em expulsar ou deter os religiosos cujo pecado era criticar durante os cultos os seus métodos musculados de governar.
O major Pierre Buyoya, que derrubou Bagaza, conseguiu, pelo contrário, aproximar-se rapidamente da igreja católica para consolidar o seu regime, restabelecendo largamente as liberdades de culto.
Foi sob o mesmo regime de Buyoya que o Burundi recebeu a primeira visita de um Soberano Pontífice em exercício, o Papa João Paolo II.
O Presidente atual do Burundi, Pierre Nkurunziza, iniciou igualmente o seu primeiro mandato, em 2005, sob o signo de forte consonância religiosa, declarando, no seu discurso de investidura, que era preciso daí em diante "trabalhar rezando e rezar trabalhando".
A Igreja católica do Burundi deve contar hoje com a concorrência forte das novas religiões que se multiplicam no infinito nos últimos tempos graças a crises multiformes.
Recorde-se que o Islão é a outra religião oficialmente reconhecida no país e que reivindica 10 porcento de fiéis entre a população total do Burundi.
-0- PANA FB/TBM/IBA/CJB/IZ 08nov2012
O Burundi torna-se assim no terceiro país africano, depois do Gabão e de Moçambique, e o 44º a nível mundial, a formalizar um tal acordo de cooperação com o Vaticano, segundo as partes signatárias.
O acordo foi conjuntamente assinado pelo ministro burundês das Relações Exteriores e Cooperação Internacional, Laurent Kavakure, e pelo núncio apostólico no Burundi, Monsenhor Franco Coppola.
Em virtude deste acordo, o chefe da diplomacia burundesa reafirmou o compromisso do seu país, um Estado constitucionalmente "laico", a respeitar a liberdade religiosa.
Em contrapartida, o Vaticano vai intensificar os seus esforços de cooperação com o Burundi nas áreas espiritual, educativa, sanitária e humanitária.
Do lado da Igreja católica do Burundi, que reivindica mais de 80 porcento de fiéis no seio da população burundesa, a satisfação foi igualmente grande na sequência da assinatura do acordo-quadro.
Para o presidente da Conferência dos Bispos Católicos do Burundi, Gervais Bnshimiyubusa, trata-se tão simplesmente de um "evento feliz".
As relações entre o Burundi e o Vaticano nem sempre foram boas e degradaram-se sobretudo nos anos 1980, sob o regime do coronel Jean-Baptiste Bagaza, que não hesitava em expulsar ou deter os religiosos cujo pecado era criticar durante os cultos os seus métodos musculados de governar.
O major Pierre Buyoya, que derrubou Bagaza, conseguiu, pelo contrário, aproximar-se rapidamente da igreja católica para consolidar o seu regime, restabelecendo largamente as liberdades de culto.
Foi sob o mesmo regime de Buyoya que o Burundi recebeu a primeira visita de um Soberano Pontífice em exercício, o Papa João Paolo II.
O Presidente atual do Burundi, Pierre Nkurunziza, iniciou igualmente o seu primeiro mandato, em 2005, sob o signo de forte consonância religiosa, declarando, no seu discurso de investidura, que era preciso daí em diante "trabalhar rezando e rezar trabalhando".
A Igreja católica do Burundi deve contar hoje com a concorrência forte das novas religiões que se multiplicam no infinito nos últimos tempos graças a crises multiformes.
Recorde-se que o Islão é a outra religião oficialmente reconhecida no país e que reivindica 10 porcento de fiéis entre a população total do Burundi.
-0- PANA FB/TBM/IBA/CJB/IZ 08nov2012