PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Burundi disposto a receber apenas 20 polícias das Nações Unidas
Bujumbura, Burundi (PANA) - O Governo burundês comprometeu-se quarta-feira a tolerar uma presença limitada de ate 20 polícias estrangeiros desarmados, em vez da centena de homens propostos pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas para acompanhar a evolução da situação neste país dos Grandes Lagos, exposto a uma grave crise política e de direitos humanos há quase um ano. á
Na declaração oficial, o Governo burundês diz estar disposto a fazer as consultas necessárias com as Nações Unidas para fixar de comum acordo as modalidades práticas da chegada e do desdobramento de tais polícias destinados a reforçar a ação dos observadores decididos com a União Africana (UA) e cujas modalidades de envio estão em negociação.
A UA foi rejeitada pelo Burundi no seu projeto ainda mais ambicioso duma « Missão Africana de Prevenção e Proteção no Burundi » (MAPROBU) composta de cinco mil militares e polícias.
Paralelamente, os dois membros da comunidade internacional mais ativos pelo Burundi estão a trabalhar a favor dum diálogo entre o poder e toda a oposição para excluir as ameaças tornadas reais duma nova guerra civil, após a que continua ainda fresca nas memórias de 1993 a 2006 e nos seus milhares de mortos e de refugiados.
O conflito eleitoral mal resolvido desde abril último, no Burundi, já fez pelo menos 474 mortos e levou ao exílio forçado quase 260 mil outros cidadãos burundeses, segundo as Nações Unidas.
Sobre uma solução negociada para o problema burundês preconizado pela comunidade internacional, a declaração oficial edita algumas condições, incluindo o respeito pela soberania nacional que não está compatível com as forças de intervenção estrangeiras.
Por outro lado, a mesma fonte lembra que o Governo burundês já se envolveu num diálogo nacional e continua aberto ao apoio das Nações Unidas a este processo.
No entanto, o Governo do Burundi sublinha, mais uma vez, que este diálogo, por tão inclusivo que seja, não virá ocultar o trabalho da Justiça, nem consagrar a impunidade.
Neste sentido, a nova oferta de diálogo não inclui os opositores acusados de ter-se comprometido no « movimento insurrecional » dos meses passados contra a candidatura do atual Presidente, Pierre Nkunrunziza, a um terceiro mandato de cinco anos julgado contrário, pelos seus adversários políticos, à Constituição e ao Acordo de agosto de 2000, em Arusha, na Tanzânia, sobre a paz e reconciliação.
Uma abordagem ainda afastada das posições de alguns da comunidade internacional que não hesitaram em tomar sanções económicas contra o poder burundês com a esperança de obrigá-lo, um dia, a um diálogo inclusivo de todos os que têm reivindicações a fazer prevalecer das quais três movimentos rebeldes armados já declarados.
-0- PANA FB/BEH/IBA/FK/IZ 14abril2016
Na declaração oficial, o Governo burundês diz estar disposto a fazer as consultas necessárias com as Nações Unidas para fixar de comum acordo as modalidades práticas da chegada e do desdobramento de tais polícias destinados a reforçar a ação dos observadores decididos com a União Africana (UA) e cujas modalidades de envio estão em negociação.
A UA foi rejeitada pelo Burundi no seu projeto ainda mais ambicioso duma « Missão Africana de Prevenção e Proteção no Burundi » (MAPROBU) composta de cinco mil militares e polícias.
Paralelamente, os dois membros da comunidade internacional mais ativos pelo Burundi estão a trabalhar a favor dum diálogo entre o poder e toda a oposição para excluir as ameaças tornadas reais duma nova guerra civil, após a que continua ainda fresca nas memórias de 1993 a 2006 e nos seus milhares de mortos e de refugiados.
O conflito eleitoral mal resolvido desde abril último, no Burundi, já fez pelo menos 474 mortos e levou ao exílio forçado quase 260 mil outros cidadãos burundeses, segundo as Nações Unidas.
Sobre uma solução negociada para o problema burundês preconizado pela comunidade internacional, a declaração oficial edita algumas condições, incluindo o respeito pela soberania nacional que não está compatível com as forças de intervenção estrangeiras.
Por outro lado, a mesma fonte lembra que o Governo burundês já se envolveu num diálogo nacional e continua aberto ao apoio das Nações Unidas a este processo.
No entanto, o Governo do Burundi sublinha, mais uma vez, que este diálogo, por tão inclusivo que seja, não virá ocultar o trabalho da Justiça, nem consagrar a impunidade.
Neste sentido, a nova oferta de diálogo não inclui os opositores acusados de ter-se comprometido no « movimento insurrecional » dos meses passados contra a candidatura do atual Presidente, Pierre Nkunrunziza, a um terceiro mandato de cinco anos julgado contrário, pelos seus adversários políticos, à Constituição e ao Acordo de agosto de 2000, em Arusha, na Tanzânia, sobre a paz e reconciliação.
Uma abordagem ainda afastada das posições de alguns da comunidade internacional que não hesitaram em tomar sanções económicas contra o poder burundês com a esperança de obrigá-lo, um dia, a um diálogo inclusivo de todos os que têm reivindicações a fazer prevalecer das quais três movimentos rebeldes armados já declarados.
-0- PANA FB/BEH/IBA/FK/IZ 14abril2016