PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Burumdi rejeita relatório de Human Rights Watch crítico aos seus serviços secretos
Bujumbura, Burundi (PANA) - O Governo burundês rejeitou em bloco esta segunda-feira um recente relatório da Human Rights Watch (HR) que acusa agentes de Estado de terem espancado, com martelos, opositores detidos, enfiando-lhes nas pernas barras de aço aguçadas, despejando sobre eles plástico fundido e atando-lhes cordas à volta das partes genitais e dando-lhes descargas elétricas.
De acordo com o tal relatório, estes "abusos graves" foram cometidos entre abril de 2015 e abril de 2016, frisou o Governo burundês e alguns detidos torturados foram privados de cuidados médicos e muitos dentre eles estão mantidos em celas malcheirosas e sem janelas.
«Agentes do serviço nacional de informação tratam alguns presumíveis opositores, arbitrariamente e de forma horrorosa pois eles podem assim maltratá-los impunemente em vez de o Governo fazer tudo para pôr fim à tortura imediatamente», pode ler-se nesta nota de 7 de julho corrente.
A HRW apelou consequentemente ao Conselho de Segurança das Nações Unidas para desdobrar no Burundi uma «força de polícia internacional munida de um sólido mandato de proteção bem como uma comissão de inquérito internacional sobre casos de tortura e outros abusos graves».
Retorquindo, o Governo, numa declaração oficial publicada esta segunda-feira, refutou estas "alegações mentirosas", frisando não estar surpreendido pela publicação dum tal relatório pela HRW pois, acrescentou, "não se trata do primeiro do género publicado por esta organização em circunstâncias bem precisas",
Para o Governo, estas «circunstâncias precisas » são a 42ª sessão da Assembleia Parlamentar da Francofonia prevista para 11 de julho de 2016 em Madagáscar, la 27ª Conferência ordinária e a Cimeira dos Chefes de Estados da União Africana que se realizam em Kigali, no Rwanda, de 10 a 18 julho de 2016, e a próxima sessão do diálogo Inter-burundês prevista para 12 a 15 julho corrente em Arusha, na Tanzânia.
O Governo burundês considera a HRW culpada de relatar abundantemente apenas « testemunhos anónimos » de presumíveis opositores alegadamente torturados falando pouco da « barbárie » de que foram vítimas as forças de segurança e outras pessoas suspeitas de estar próximos do poder instituído, particularmente membros da liga dos jovens do partido no poder, o CNDD.
O Governo burundês critica ainda a HRW por não mencionar em parte alguma os refugiados burundeses militarizados e treinados no Rwanda, «dos quais menores de idade», para atacarem o Burundi.
Pede finalmente a esta organização de defesa dos direitos humanos para pôr fim "a sua atitude hostil contra um povo empenhado na sua reconciliação e reconstrução do seu país assolado por várias décadas de de conflitos sangrenta e determinado a defender a pessoa humana sem discriminação».
-0- PANA FB/IS/DD 11julho2016
De acordo com o tal relatório, estes "abusos graves" foram cometidos entre abril de 2015 e abril de 2016, frisou o Governo burundês e alguns detidos torturados foram privados de cuidados médicos e muitos dentre eles estão mantidos em celas malcheirosas e sem janelas.
«Agentes do serviço nacional de informação tratam alguns presumíveis opositores, arbitrariamente e de forma horrorosa pois eles podem assim maltratá-los impunemente em vez de o Governo fazer tudo para pôr fim à tortura imediatamente», pode ler-se nesta nota de 7 de julho corrente.
A HRW apelou consequentemente ao Conselho de Segurança das Nações Unidas para desdobrar no Burundi uma «força de polícia internacional munida de um sólido mandato de proteção bem como uma comissão de inquérito internacional sobre casos de tortura e outros abusos graves».
Retorquindo, o Governo, numa declaração oficial publicada esta segunda-feira, refutou estas "alegações mentirosas", frisando não estar surpreendido pela publicação dum tal relatório pela HRW pois, acrescentou, "não se trata do primeiro do género publicado por esta organização em circunstâncias bem precisas",
Para o Governo, estas «circunstâncias precisas » são a 42ª sessão da Assembleia Parlamentar da Francofonia prevista para 11 de julho de 2016 em Madagáscar, la 27ª Conferência ordinária e a Cimeira dos Chefes de Estados da União Africana que se realizam em Kigali, no Rwanda, de 10 a 18 julho de 2016, e a próxima sessão do diálogo Inter-burundês prevista para 12 a 15 julho corrente em Arusha, na Tanzânia.
O Governo burundês considera a HRW culpada de relatar abundantemente apenas « testemunhos anónimos » de presumíveis opositores alegadamente torturados falando pouco da « barbárie » de que foram vítimas as forças de segurança e outras pessoas suspeitas de estar próximos do poder instituído, particularmente membros da liga dos jovens do partido no poder, o CNDD.
O Governo burundês critica ainda a HRW por não mencionar em parte alguma os refugiados burundeses militarizados e treinados no Rwanda, «dos quais menores de idade», para atacarem o Burundi.
Pede finalmente a esta organização de defesa dos direitos humanos para pôr fim "a sua atitude hostil contra um povo empenhado na sua reconciliação e reconstrução do seu país assolado por várias décadas de de conflitos sangrenta e determinado a defender a pessoa humana sem discriminação».
-0- PANA FB/IS/DD 11julho2016