Agência Panafricana de Notícias

Burkinabes chamados ao trabalho e à reconciliação

Ouagadougou, Burkina Faso (PANA) – O primeiro-ministro de transição no Burkina Faso, tenente-coronel Yacouba Isaac Zida, apelou quarta-feira à noite aos seus compatriotas para o trabalho, a reconciliação e contribuição de cada um sem cálculos egoístas.

«Vamos trabalhar com toda a humildade e num compromisso sacerdotal e patriótico de dar de novo confiança no nosso povo pelo nosso ardor no trabalho», garantiu o chefe de Governo burkinabe, nomeado algumas horas antes.

« Esta vasta empreitada interpela cada um de nós na união dos corações e na solidariedade citadina a fim de que disposições clarividentes inscritas na Carta de Transição e na Constituição sejam respeitadas e aplicadas em tempo útil », acrescentou o ex-número dois da guarda presidencial.

Prometeu anunciar, dentro de 72 horas, a sua equipa governamental.

O tenente-coronel Yacouba Isaac Zida foi nomeado, quarta-feira, novo primeiro-ministro pelo Presidente de Transição, Michel Kafando.

Tomando a palavra na ocasião, ele considerou que « esta escolha representa uma marca de confiança nas forças de segurança e de defesa (…) nesta fase da nossa história ».

« Eu avalio o peso desta responsabilidade que me foi confiada de liderar uma equipa governamental cujo objetivo primordial é organizar eleições transparentes, livres, justas e equitativas, bem como reformas importantes para o futuro da nossa nação », sublinhou Zida.

O novo primeiro-ministro garantiu que os 25 futuros membros do Governo terão como documentos básicos a Constituição de 1991 e a Carta de Transição elaborada e adotada por unanimidade após a demissão forçada de Blaise Compaoré após 27 anos no poder.

Ele tinha tomado o poder a 31 de outubro último, logo depois da demissão do ex-Presidente Blaise Compaoré, forçada por uma insurreição popular contra uma proposta de lei submetida ao Parlamento com o fito de negociar um novo mandato presidencial.

Porém, a comunidade internacional, nomeadamente a União Africana (UA), deram-lhe um ultimato de 15 dias para entregar o poder aos civis.

-0- PANA NDT/IS/JSG/FK/DD 20nov2014