PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Burkina Faso pede informações a Estados Unidos sobre suposta detenção de ministro
Ouagadougou, Burkina Faso (PANA) - O Governo burkinabe anunciou ter pedido às autoridades norte-americanas informações sobre o registo criminal do ministro das Infraestruturas, Moumini Diéguimdé, após alegações sobre a sua suposta detenção nos Estados Unidos.
"O Governo de transição indicou ter pedido às autoridades norte-americanas clarificações (sobre o encarceramento de Diéguimdé). Se as acusações contra o ministro forem confirmadas ele promete assumir as consequências", declarou o presidente do partido Faso Autrement, Ablassé Ouédraogo, no termo duma reunião com o Presidente interino, Michel Kafando.
Num artigo intitulado "Ex-prisioneiro no Governo de Zida", o jornal bimensal de investigação "Le Reporter", publicado em meados de dezembro último, afirma que "o ministro esteve detido nos Estados Unidos por falsificação e uso de documentos falsos".
"Moumouni Diéguemdé é criminoso. Numa outra vida nos Estados Unidos, nos anos 90, ele foi condenado a uma pena de prisão efetiva de quatro meses e meio e ao pagamento duma multa de cinco mil dólares americanos pela justiça norte-americana num caso de corrupção", escreve o jornal, publicando vários documentos que incriminam o ministro.
Moumouni Diéguemdé desmentiu, por sua vez, ter sido condenado nos Estados Unidos, reconhecendo apenas "ter sido preso depois liberto".
Numa declaração, 40 organizações da sociedade civil pediram ao primeiro-ministro, Yacouba Isaac Zida, para "demitir Diéguemdé das suas funções".
Os manifestantes tiveram o apoio de parte dos sindicatos e da sociedade civil, nomeadamente do movimento "Balai citoyen", que desempenhou um papel importante na destituição do Presidente Blaise Compaoré.
Desde a sua nomeação, Diéguimdé está a ser pressionado pelos manifestantes e a Polícia teve de proteger as instalações que albergam o Ministério das Infraestruturas.
Em novembro último, manifestações obrigaram o ministro da Cultura, Adama Sagnon, a pedir demissão depois de a sociedade civil denunciar o seu tratamento do caso do jornalista Norbert Zongo, cujo assassinato em 1998 chocou o país.
Na sua mensagem do Ano Novo, o Presidente interino, Michel Kafando, indicou que já não haverá lugar para contestações "injustificadas" que tendem a "intimidar" o Governo.
O Burkina Faso está a ser dirigido por um regime de transição após a destituição de Blaise Compaoré, destituído na sequência de uma insurreição popular a 31 de outubro último após 27 anos de poder.
-0- PANA NDT/JSG/IBA/FK/TON 08jan2015
"O Governo de transição indicou ter pedido às autoridades norte-americanas clarificações (sobre o encarceramento de Diéguimdé). Se as acusações contra o ministro forem confirmadas ele promete assumir as consequências", declarou o presidente do partido Faso Autrement, Ablassé Ouédraogo, no termo duma reunião com o Presidente interino, Michel Kafando.
Num artigo intitulado "Ex-prisioneiro no Governo de Zida", o jornal bimensal de investigação "Le Reporter", publicado em meados de dezembro último, afirma que "o ministro esteve detido nos Estados Unidos por falsificação e uso de documentos falsos".
"Moumouni Diéguemdé é criminoso. Numa outra vida nos Estados Unidos, nos anos 90, ele foi condenado a uma pena de prisão efetiva de quatro meses e meio e ao pagamento duma multa de cinco mil dólares americanos pela justiça norte-americana num caso de corrupção", escreve o jornal, publicando vários documentos que incriminam o ministro.
Moumouni Diéguemdé desmentiu, por sua vez, ter sido condenado nos Estados Unidos, reconhecendo apenas "ter sido preso depois liberto".
Numa declaração, 40 organizações da sociedade civil pediram ao primeiro-ministro, Yacouba Isaac Zida, para "demitir Diéguemdé das suas funções".
Os manifestantes tiveram o apoio de parte dos sindicatos e da sociedade civil, nomeadamente do movimento "Balai citoyen", que desempenhou um papel importante na destituição do Presidente Blaise Compaoré.
Desde a sua nomeação, Diéguimdé está a ser pressionado pelos manifestantes e a Polícia teve de proteger as instalações que albergam o Ministério das Infraestruturas.
Em novembro último, manifestações obrigaram o ministro da Cultura, Adama Sagnon, a pedir demissão depois de a sociedade civil denunciar o seu tratamento do caso do jornalista Norbert Zongo, cujo assassinato em 1998 chocou o país.
Na sua mensagem do Ano Novo, o Presidente interino, Michel Kafando, indicou que já não haverá lugar para contestações "injustificadas" que tendem a "intimidar" o Governo.
O Burkina Faso está a ser dirigido por um regime de transição após a destituição de Blaise Compaoré, destituído na sequência de uma insurreição popular a 31 de outubro último após 27 anos de poder.
-0- PANA NDT/JSG/IBA/FK/TON 08jan2015