Burkina Faso lamenta morte de artista guineense Mory Kanté
Ouagadougou, Burkina Faso (PANA) – O ministro burkinabe da Cultura, Abdoul Karim Sango, declarou-se consternado pela morte esta sexta-feira de Mory Kanté, artista guineense falecido aos 70 anos por doença.
"É com tristeza que soubemos da morte de um ícone da música africana, Mory Kanté. Ele foi um grande embaixador da cultura africana pelo Mundo. Nesta dolorosa circunstância, apresentamos as nossas sinceras condolências à sua família, ao povo irmão da Guiné e a todos os artistas de África. Que a sua alma repouse em paz”, escreveu Sango.
Nascido em 1950 e autor de 13 álbuns, Kanté sofria de diabete há vários anos.
De origem maliana, de uma família de 40 filhos, Mory Kanté aprendeu a tocar balafão aos 15 anos de idade, com uma das suas tias, em Bamako, no Mali, onde ela cantava no Conjunto Instrumental do Mali.
Em 1971, juntou-se à banda "Rail Band" do Buffet Hotel Gare, em Bamako, ao lado do famoso Salif Keïta, antes de migrar, sete anos mais tarde, para Abidjan, na Côte d’Ivoire.
Instalou-se, em 1984, em França, onde produziu o famoso Yeké Yeké, quatro anos mais tarde, o álbum que lançou a sua carreira internacional com vendas de mais de um milhão de exemplares.
Em 1990, produziu o álbum Touma, declarado "Disco de Ouro". De 2002 a 2003, embarcou numa digressão europeia e participou em numerosos festivais, tendo dado 120 concertos em mais de 25 países.
-0- PANA NDDT/AC/BEH/SOC/MAR/IZ 23maio2020