Burkina Faso considera seu sistema educativo resiliente à ameaça terrorista
Ouagadougou, Burkina Faso (PANA) - O Presidente burkinabe, Roch Marc Christian Kaboré, considerou o sistema educativo do seu país como "resiliente perante a ameaça terrorista" que, no entanto, impediu que mais de dois mil alunos de concluir o último ano letivo.
Falando por ocasião da Jornada da Excelência Académica, iniciada terça-feira, Kaboré salientou que diante da ameaça à segurança nas escolas em algumas partes do país, "o nosso sistema educativo está concebido para ser resiliente, fornecendo novas respostas e mecanismos inovadores".
"À semelhança do último ano, faremos com que os alunos das zonas de grandes desafios securitários ,afetadas pelo terrorismo beneficiem de uma base mínima de conhecimentos e de competências capazes de lhes permitir prosseguir a sua educação nas melhores condições", declarou Kaboré.
Lembrou que foram tomadas disposições para uma sessão especial de exames e concursos escolares, em setembro de 2019, visando permitir que os candidatos das quatro regiões afetadas pela insegurança passem nos exames e nos concursos para prosseguirem os seus estudos.
Esta medida abrange dois 233 alunos candidatos de 102 estabelecimentos primários, pós-primários e secundários, nas regiões do centro, do leste, do norte e do Sahel.
"Devemos os desempenhos atuais de nosso sistema educativo ao engajamento determinado do mundo da educação, e sobretudo dos professores", disse o Presidente, que prestou homenagem aos professores e alunos que sucumbiram às balas dos terroristas.
Mais de 500 pessoas foram mortas em ataques terroristas, no Burkina Faso, desde 2015, e mais de 200 mil outras ficaram deslocadas.
Várias províncias do país estão em estado de emergência desde janeiro de 2019.
-0- PANA TNDD/IS/DIM/IZ 08ago2019